Dólar com. 5.1589
IBovespa 0.58
26 de abril de 2024
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel Tribunal de Justiça de Alagoas integra Conselho Estadual do Alagoas Sem Fome
27/12/2021 às 16h40

Política

Câmara de Maceió realiza audiência pública da LOA 2022

Estimativa de orçamento para o próximo ano é de R$ 3,1 de acordo com dados do Executivo Municipal

Divulgação

A Câmara Municipal de Maceió realizou, na manhã desta segunda-feira (27), a Audiência Pública que debateu a Lei Orçamentária Anual (LOA) que prevê a estimativa de arrecadação para 2022. Além dos vereadores participaram do encontro sindicalistas, presidentes de associações comunitárias e representantes da população em geral. Conforme os dados apresentados pelo técnico da Secretaria de Finanças, Jaílton Nicácio, o Executivo Municipal tem previsão de arrecadar R$ 3,1. Os recursos são oriundos de impostos e também dos repasses constitucionais. A convocação da audiência foi feita pelo presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, vereador Brivaldo Marques (PSC) conjuntamente com a Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo vereador Chico Filho (MDB).

Durante a exposição Jaílton disse que a LOA é compatível com o que foi incluído e discutido na Lei de Diretrizes Orçamentárias e também no Plano Plurianual (PPA). "Conforme os dados que dispomos a maior parte da arrecadação, R$ 2,7 bilhões decorre da receita corrente, composta da - capitação de impostos e transferências constitucionais como o Fundo de Participação dos Municípios. Um outro detalhe é quanto ao valor referente as despesas correntes que somam R$ 1 bilhão de reais", explicou Jaílton. 

Entre os valores que serão aplicados pelo Executivo estão:  emendas cidadãs 12 milhões , R$ 143 milhões em Orçamento da Criança e do Adolescente, duodécimo da Câmara de Maceió R$ 77, 6 milhões, R$ 839 milhões para saúde, Educação 571 milhões, Previdência R$ 525 milhões, Infraestrutura R$ 248 milhões e Superintendência Municipal de Desenvolvimento R$ 184 milhões. 

Os representante da sociedade civil organizada fizeram várias cobranças aos vereadores. A principal feita pelos servidores foi para inclusão de reajuste para a categoria que ao longo dos anos ficaram com salários defasados. 

O servidor público, Tarsys Gama do Centro de Saúde e do Movimento Unificado dos Servidores cobrou também inclusão de débitos anteriores para os servidores. Segundo lembrou isso é uma forma de evitar superendividamento do município. 

"Precisamos saber também se está previsto o pagamento de débitos anteriores aos servidores. Precisamos lembrar que as políticas públicas chegam a população por meio dos servidores. Os maiores valores são para saúde e educação, mas não seriam executadas se não fossem os servidores", lembrou Tarsys. 

A presidente da  Fundação Cultural Cidade de Maceió, Mírian Monte, que pediu aos vereadores o direcionamento de emendas para a cultura ou mesmo para a própria fundação. Em sua avaliação a falta de equipamentos culturais na cidade é uma realidade que também precisa ser melhor discutida com os parlamentares. Além disso, se faz necessário uma atenção com os vários grupos folclóricos que preservam a memória cultural da da cidade.

"Gostaria de despertar nos vereadores a importância de apresentar emendas para a cultura, pois é uma ferramenta importante para a transformação social. Em uma década em Medelin, na Colômbia, foi a cultura e educação que ajudou a transformar aquela realidade. Não temos aqui equipamentos municipais como teatro e centro de convenções. É uma pealo que faço para que se envie emendas diretamente para a Fundação Cultural. Todos os grupos serão indistintamente serão contemplados", disse Mírian.

Vereadores

Quando os vereadores puderam se pronunciar não faltaram cobranças para que a LOA reflita as necessidades sociais da cidade. A vereadora Teca Nelma (PSDB) voltou a cobrar maior acessibilidade aos dados. Além disso, defendeu a regionalização dos recursos e criticou o fato de áreas como a atenção o idoso contar com poucos recursos. Por isso, irá incluir emendas para contemplar segmentos como este.

Para o vereador Valmir Gomes, os custos com a contratualização de saúde, em especial com hospitais irão diminuir se o planejamento incluir a prevenção e, consequentemente investimentos na atenção básica. 

"Melhorando a atenção básica se evita os internamentos e com isso os custos para isso. E assim vamos reduzindo os custos. Mas temos uma dificuldade já que a no momento a secretaria de saúde não tem isso como estratégia. Só contamos com 30% de cobertura e é preciso avançarmos nisso", defendeu Valmir. 

O presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, Brivaldo Marques, lembrou que como morador do Benedito Bentes, a rua em que cresceu ainda está no barro. 

"No inverno é lama e no verão é a poeira. Por isso, gostaria que a prefeitura também pudesse levar em conta essa situação. Os investimentos nas grotas também tem que acontecer porque as pessoas precisam de dignidade", disse Brivaldo. 

O presidente da CCJ, Chico Holanda, disse que a política pública para assistência psiquiátrica praticamente não existe na LOA. "Vivemos um momento delicado na humanidade por conta da pandemia e aqui em Maceió, mais ainda por conta do afundamento dos bairros provocados pela Braskem", disse Chico.

Depois da realização da audiência, os vereadores têm três dias para a inclusão de emendas. Sendo assim, o texto final será submetido a votação na próxima sexta-feira (31) às 11h.

Participaram da audiência, Joãozinho (Podemos), Gaby Ronalsa (DEM), Leonardo Dias (PSD) Silvânia Barbosa (PRTB), Alan Balbino (Podemos), Cal Moreira (PSC), Zé Márcio (PSD). Remotamente: Fábio Costa (PSB), Eduardo Canuto (Podemos) e João Catunda (PSD). 


Fonte: Dicom/CMM

Todos os direitos reservados
- 2009-2024 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]