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18/06/2022 às 06h45

Política

"O Brasil não pode desprezar o povo pobre", diz Lula em Maceió

"Se pudesse, proporia um casamento coletivo para o mudar a história e o país voltar a ser feliz"

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Em ato público no Centro de Convenções na sexta-feira (17), em Maceió, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil não merecia voltar a ter problemas que foram superados nos governos petistas, como desemprego, fome e desnutrição, e que, se pudesse, proporia um casamento coletivo com a população brasileira para mudar a história de retrocessos e fazer o país voltar a ser feliz de novo.

“O Brasil não precisa passar pelo o que está passando, não precisa ter desemprego, não precisa ter fome, não precisa ter desnutrição, não precisa ter a quantidade de analfabeto que tem. Esse país não pode ter o desprezo que tem com o povo pobre. (…) Se eu pudesse, estaria propondo um casamento coletivo com o povo brasileiro para a gente mudar a história desse país e para a gente voltar a ser feliz”.

O ex-presidente afirmou que, em quatro anos, é possível fazer a economia crescer, gerar empregos de qualidade com proteção social e dar condições de vida digna para a população. “Quero voltar porque quero provar que o povo brasileiro não precisa ficar no açougue esperando osso ou comendo carcaça de frango. Quero voltar porque quero provar que o povo pode voltar a comer carne de qualidade, coxa e sobrecoxa, e não só pé e osso. (…) Quero fazer em quatro anos, o que a elite brasileira não fez em quatrocentos anos nesse país”.

Inclusão social

Lula lembrou o legado dos governos petistas, com a criação de programas de inclusão social, como a construção de universidades e escolas técnicas, que passou a receber jovens pobres e negros, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, a construção de cisternas para resolver problema de água em residências e pequenas produções e da Transposição do São Francisco, que estava planejada desde os tempos de Dom Pedro, mas que só saiu do papel no governo dele.

Ele lembrou também de programas de estimulo à pequena e média agricultura e disse que quem põe comida na mesa do brasileiro é a pequena agricultura. “É muito importante que o Brasil tenha grandes propriedades e seja exportador de commodities, mas não é o exportador que planta o tomate, a beterraba, a cenoura, a galinha caipira que a gente come. Isso é produzido por quase 4,4 milhões de pequenas propriedades”, afirmou, se mostrando muito indignado com as notícias de que o Brasil tem hoje mais de 30 milhões de pessoas passando fome e de que, em São Paulo, oito mil pessoas dormem na rua. “Fazia tempo que eu não via uma mulher pedindo esmola, uma mulher com seus filhos pedindo comida. A gente tinha acabado com isso. As pessoas estavam comendo. As pessoas estavam trabalhando”.

Melhor safra de governadores

A um auditório lotado, no Centro de Convenções de Maceió, Lula lembrou da relação de anos que tem com o Estado de Alagoas e com o senador Renal Calheiros, reconheceu a diferença que a gestão do ex-governador Renan Filho fez no Estado e disse que o Nordeste tem a melhor safra de governadores.

Os Calheiros, pai e filho, por sua vez, reconheceram a importância dos governos Lula e Dilma para o Estado e para reduzir as desigualdades no Brasil. “O Brasil teve muitos avanços nos períodos dos dois governos do presidente Lula. Nossa economia cresceu, gerou emprego, prosperidade, melhorou a vida das pessoas e garantiu direitos. Como presidente do Senado, tive a oportunidade de colaborar e ajudar substancialmente o presidente Lula”, disse Calheiros, acrescentando que o Lula é um estadista e conhece como ninguém o significado da palavra liberdade.

O senador afirmou que, nas eleições deste ano, o Brasil vai decidir não apenas sobre programas de governo, propostas para desenvolvimento ou ideário econômico. “Vamos decidir é entre o desconhecimento e a ciência, é entre o negacionismo e a ciência, entre a verdade e a mentira, entre o bem e o mal, entre a democracia e os pendores autocráticos e tirânicos de Jair Bolsonaro. É isso que nós vamos ter que combater”.

Reconstrução do Brasil

Representantes de partidos que integram o movimento Vamos Juntos pelo Brasil também discursaram alertando para os retrocessos e defendendo a necessidade de reconstrução do país.

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o Brasil não pode ficar nas mãos de alguém como Bolsonaro que não entende das necessidades e do que afeta o povo brasileiro. Não podia estar sentado na cadeira de presidente. “Não podemos deixar o Brasil continuar com esse homem. Um homem que tem as mãos sujas do sangue do Dom e do Bruno. Um homem que não sabe o que falar e que dar o golpe no Brasil. Vamos dizer para eles que quem vai dar o xeque-mate é o povo brasileiro.

O ex-governador Geraldo Alckmin destacou os avanços de Alagoas com a gestão Renan Filho e também lembrou do protagonismo internacional que o Brasil tinha nos tempos de Lula e perdeu no governo Bolsonaro. Bolsonaro tirou o Brasil do mapa do mundo e colocou no mapa da fome. O Brasil tem pressa, presidente. É preciso recuperar a democracia e fazer o Brasil voltar a crescer”, afirmou.


Fonte: Redação com Assessoria

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