O assassinato do vereador Neguinho Boiadeiro, de Batalha, mostra que o crime de mando, por questões políticas ou não, ainda está, infelizmente, em voga em nosso estado. Em poucas horas, um morto, dois feridos e duas famílias atingidas gravemente por uma rixa histórica, tenha sido ela ou não a causa do crime. A cena não é estranha a muitos, testemunhas de um passado recente, onde era fácil a contratação dos pistoleiros de aluguel para tirar a vida em nome do poder político ou/e econômico em Alagoas. Tantos tombaram sob a ordem dos poderosos, impunes na lei! Investigar crimes de pistolagem há cerca de 20 anos, aqui no estado, era apenas para inglês ver. Havia até intermediário para se contratar os matadores, havia conlu
io para se escolher as “vítimas” em troca de votos, suplentes matando titulares, fazendeiros avançando em terras alheias e mandando matar quem se queixasse, policiais civis e militares (até oficiais) sob o comando dos quem se achavam acima do bem e do mal. Alagoas era terra de ninguém, dizia a imprensa nacional e temiam os alagoanos por suas próprias vidas. Falava-se em sindicato do crime, davase nome aos mandantes, mas ninguém tocava neles. Nem a polícia, nem a Justiça. Espera-se que o caso de Batalha não seja um retrocesso na história de Alagoas, que prendam os culpados, que se faça justiça ao morto, mas, especialmente, que não se permita mais o retorno da pistolagem em nossa Alagoas. Nossa solidariedade ao povo de Batalha.
Fonte: Redação
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