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16/11/2017 às 09h59

Cultura

Milão celebra Maria Callas no 40° aniversário de sua morte

Foto: Divulgação

O célebre Teatro La Scala de Milão homenageia a maior personalidade lírica do século XX, a soprano Maria Callas, com um evento imperdível: "Maria Callas em cena - os anos no La Scala".  A exposição que marca o 40º aniversário de sua morte, conta a vida artística da cantora e sua evolução interpretativa no lugar considerado fundamental em sua trajetória para o reconhecimento mundial. A mostra que vai até 31 de janeiro de 2018 reúne, de um lado, os figurinos de seus shows, e de outro, as reuniões artísticas mais importantes de sua carreira.

De 1950 a 1961, o Teatro Scalla foi palco de interpretações memoráveis da cantora em obras assinadas por nomes Visconti ou Zeffirelli, dirigido por Serafin, Karajan, Giulini. A exposição destaca a importância dos anos vividos em Milão, em especial o papel do Teatro Scala como lugar de treinamento em um período que influenciou fortemente a carreira, o canto e o estilo de interpretação imortalizados pela artista. Pinturas, esboços e instalações multimídia também ajudam a descrever o período vivido na cidade italiana pela soprano que posteriormente se tornaria um verdadeiro mito.

Callas estudou profunda e dedicadamente o belo canto da tradição romântica italiana (Donizetti, Rossini, Puccini) e foi capaz de interpretar tais repertórios sem recorrer a nenhum truque que facilitasse suas execuções. No La Scalla viveu Eurídice (Jacopo Peri), Violeta de “La Traviata” e Elena em “Vespri Siciliani” (Giuseppe Verdi), Lady Macbeth (Shakespeare), Lucia di Lammermoor e Anna Bolena (Gaetano Donizetti), Fedora (Umberto Giordano), além de outros personagens, afirmando-se como “prima donna” indiscutível da ópera e atriz de excepcional capacidade vocal, de expressividade e passionalidade.

Contubarda vida de artista

Nascida Anna Maria Cecilia Sophia Kalogero­poulos em Nova York em 1923, Maria Callas é até hoje considerada a maior soprano que o mundo co­nheceu, denominada “A Diva” ou “A Divina”. Formada em canto e piano forte, a sua biografia, a exemplo de muitas do mundo das artes, teve sucessivos episódios dramáticos, desilusões amorosas e sofrimento, presentes nas personagens que intrepretava. Um dos aspectos que mais contribuiu para a lenda em torno do seu nome foi, sem dúvida, o seu romance com o armador grego Aristóteles Onassis, iniciado quando ambos eram casados e que durou de 1959 até 1968.

O romance pôs fim ao casamento de 10 anos com Giovanni Battista Menegghini, que era também seu empresário. Callas e Onassis foram protagonistas de escândalos e objetos de muita especulação pela imprensa sensacionalista em todo o mundo. Em 1960, Callas teria iniciado a depressão que a acompanhou até o fim da vida, depois que o filho prematuro que teve com Onassis morreu horas no dia se­guin­te ao parto. Em 1968, Onassis a abandonou para casar-se com Jacqueline Keneddy, viúva  do presidente americano John Kennedy.  A desilusão amorosa teria acentuado a sua depressão. Callas morreu de ataque cardíaco em 1977 em sua casa em Paris. Suas cinzas foram jogadas no Mar Egeu, segundo sua vontade.

Serviço:

Local: Museu Teatro La Scala - Largo Ghiringelli 1- Milão

Curadoria: Margherita Palli

Horario: todos os dias das 9h às 17h30. 

Preço: Entre 6 e 9 Euros. 


Fonte: Dora Nunes de Milão

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