Em parceria com o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET Saúde GraduaSUS Ufal, a Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal) promoveu este mês, no auditório da Escola de Enfermagem e Farmácia (Ensenfar, antigo CSAU/Ufal), o I Seminário de Convivência Intercultural e Interdisciplinar para Alteridade nas Políticas Afirmativas em Saúde.
Realizado com o objetivo de construir uma rede interligando os diversos atores sociais alagoanos comprometidos com a implementação de políticas de saúde baseadas no princípio da equidade e no respeito às diferenças, o evento contou com mais de cem participantes, entre eles, estudantes dos cursos de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Enfermagem, Fonoaudiologia e Medicina.
A abordagem e discussão do tema do Seminário reuniu ainda pesquisadores de temas afins, gestores, professores e uma grande diversidade de representantes como os de povos de terreiros, indígenas, do NEAB/UFAL, do Movimento de Educação Popular em Saúde (MOPS) e dos Coletivos Bee (LGBTTI) e Afro (UNCISAL), do cordel, da capoeira, do Cine Axé/UFAL, da superintendência de Direitos Humanos e Igualdade Racial de Maceió e da Gerência de Políticas Transversais da SESAU/AL.
“Eventos plurais como esse ampliam olhares, sentidos de existência e localizam os participantes em sua realidade local, seus direitos e modos diferentes para produção de vida. Saúde como valor social interessa a todas as pessoas”, enfatizou Emilene Donato, professora da Uncisal e coordenadora do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET GraduaSUS UFAL.
De acordo com Sandra Bonfim de Queiroz, professora da Uncisal e organizadora do evento, outro aspecto enfatizado no Seminário foi a potência em trocas na parceria do PET com a UNCISAL para compartilhamento das experiências já realizadas de integralização dos cursos de graduação e de conteúdos de políticas afirmativas, revelando o compromisso ético-político das duas maiores instituições públicas de Alagoas formadoras para a saúde.
“Mergulhados na rica diversidade desse evento, tivemos a oportunidade de ouvir pesquisadores falando sobre a necessidade de inclusão das políticas afirmativas, de forma obrigatória, nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em saúde e em educação, como determinam as legislações em vigor. Além disso, a iniciativa foi colocada como sendo o início de muitas articulações entre diversos atores sociais em nosso Estado”, destaca a professora Sandra.
Outro momento de grande emoção para os alunos foi a mostra dos vídeos produzidos e apresentados pelos acadêmicos das matérias afins. Neles, foi dado o destaque merecido à realidade das marisqueiras da comunidade Sururu de Capote, aos desafios da população LGBTTI e à luta contra a intolerância religiosa dos povos de terreiro, marcando assim mais uma vez a diversidade das temáticas abordadas durante o Seminário.
Fonte: Ascom SMS / com informações da Uncisal.