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Quando vender mais vira um problema: o erro financeiro que todo empresário ignora

Quando vender mais vira um problema; O erro financeiro que todo empresário ignora 

Crescimento é o objetivo natural de qualquer empresa. Ver o faturamento subir, conquistar novos clientes e ganhar visibilidade no mercado são sinais de que o negócio está no caminho certo.

Mas, em determinado ponto, o sucesso pode se tornar o próprio inimigo — especialmente quando o crescimento vem mais rápido do que a estrutura financeira consegue acompanhar: o crescimento pode ser o início da crise se a gestão financeira não acompanhar o ritmo.

É comum ouvir empresários dizendo: “Estamos vendendo como nunca, mas o caixa não fecha.”

Esse é o primeiro sinal do erro financeiro mais comum nas pequenas empresas que crescem rápido demais: confundir aumento de faturamento com aumento de lucro.

Quando vender mais vira um problema

Imagine uma escola de idiomas que dobra o número de alunos em seis meses.
Para atender à nova demanda, ela contrata professores, aluga salas extras e investe em marketing.

As matrículas disparam — mas as mensalidades demoram a entrar.
Enquanto isso, os custos fixos já subiram.

O resultado?

O caixa fica negativo, mesmo com o faturamento nas alturas. Esse é o retrato do crescimento desorganizado: o negócio cresce na operação, mas não cresce em gestão.

Sem uma estrutura financeira sólida — com planejamento de fluxo de caixa, controle de prazos e análise de custos —, o empresário perde visibilidade sobre o próprio dinheiro.

É como dirigir um carro a 150 km/h com o painel apagado.

Crescimento sem gestão é ilusão

O problema não está no crescimento em si, mas na falta de previsibilidade. Cada nova venda traz novos compromissos financeiros: mais fornecedores, mais salários, mais despesas recorrentes.

E se o controle de caixa não estiver preparado, o dono vive apagando incêndios.

O pior é que, na correria, muitos passam a tomar decisões “de momento”:

·  Pagam o que está mais urgente.

·  Atrasam fornecedores “menores”.

·  Esquecem de separar o pró-labore.

E acham que o problema é “falta de dinheiro”. Mas, na verdade, o problema é falta de gestão.

Crescimento vs. Expansão: entender a diferença é o ponto de virada

Muitos empresários confundem os dois conceitos. Crescer é aumentar a rentabilidade e melhorar a eficiência da operação. Expandir é aumentar o tamanho da empresa, contratando mais, abrindo filiais, comprando equipamentos.

Uma empresa só deve expandir depois de crescer com consistência — ou seja, quando o lucro e o caixa estão saudáveis. Sem isso, cada passo à frente pode virar um tombo financeiro.

Antes de expandir, o empresário precisa olhar para indicadores simples, mas essenciais:

·  Margem de lucro líquido mensal.

·  Geração de caixa acumulada.

·  Ponto de equilíbrio operacional.

·  Índice de inadimplência.

Esses números mostram se a empresa está pronta para sustentar o próprio crescimento.

Como evitar o erro mais comum

A prevenção começa com organização financeira. Três pilares ajudam a equilibrar o crescimento com segurança:

1.  Controle de caixa real e projetado: saber quanto dinheiro entra, sai e vai entrar nos próximos 90 dias.

2.  Plano de contas gerencial: separar entradas e saídas por categoria para entender de onde vem e para onde vai o dinheiro.

3.  Revisão periódica de custos e precificação: garantir que o aumento de demanda não esteja corroendo a margem de lucro.

Com isso, o empresário deixa de “ver o financeiro como controle” e passa a usá-lo como ferramenta de decisão.

Agora reflita: o crescimento da sua empresa está se traduzindo em mais dinheiro no caixa e lucro real, ou você está apenas movimentando mais, sem ver o resultado esperado no final do mês?

Lembre-se: crescimento verdadeiro não é sinônimo de vender mais. É sobre extrair mais valor do que você já vende, com previsibilidade, clareza e uma estrutura sólida.

Até breve...


Negócios & Economia por Antonio Siqueira

Antonio Siqueira é alagoano, natural de Água Branca. Graduado em Administração de Empresas (UNIT) com especialização em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria, possui formação técnica em Gestão da Qualidade e em Gestão de Ativos e Investimentos para Empreendedores.

Atuando com gestão financeira há mais de10 anos, seu objetivo como Consultor é elevar os resultados financeiros a um patamar de excelência para empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar em ambientes desafiadores.

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