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28/08/2020 às 13h55

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Eleições em Maceió: O embate começou

Para refletir:

Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos.(Nelson Rodrigues)

.Voltamos esta semana com a terceira entrevista com os pré-candidatos a Prefeitura de Maceió. Após Alfredo Gaspar e Ronaldo Lessa é a vez de JHC dizer de seus propósitos se eleito, para capital alagoana no quadriênio de sua administração.

JHC foi o Deputado Federal mais votado da história de Maceió em 2018. Está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados onde também já exerceu o cargo de Terceiro Secretário da Mesa Diretora. É o presidente da Frente Digital do Congresso Nacional com passagem também pela Frente Parlamentar de Cidades Inteligentes, Fundos de Pensão e Previdência e das 10 Medidas de Combate a Corrupção. Doou seu auxílio-paletó para a Universidade Estadual de Alagoas e é autor de projetos importantes como a venda direta do etanol, reconhecido recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro, e a recente vitória na aprovação de sua emenda sobre os precatórios do FUNDEF garantindo 60% para os professores. Mesmo com a pandemia, continuo atuando e conseguiu permitir o remanejamento das emendas parlamentares em todo o Brasil. Dessa forma, conseguiu colocar R$ 11,5 milhões diretamente para ações de saúde no combate a Covid19 em Maceió. Com trabalho também em Maceió, foi responsável por obter os fingers do aeroporto, além de ter atuado com medidas jurídicas na questão dos radares e da zona azul. JHC é advogado, mestrando em Administração Pública e especialista em Direito Digital, além de ter realizado cursos no exterior, inclusive representando a Câmara dos Deputados em missões internacionais. 

1) O que o motivou para encarar o desafio de uma pré-candidatura a prefeito de Maceió?

A minha trajetória política me preparou para esse momento. Foi chegada a hora. Tenho a experiência de 10 anos na vida política e pública e aprendi muito. Amadureci, convivi com opiniões diferentes, quebrei paradigmas aqui na Assembleia Legislativa e mesmo na Câmara dos Deputados, quando acharam que eu não ia me destacar, consegui ser extremamente atuante e relevante na Casa, sendo até Terceiro Secretário da Mesa Diretora. Agora, tenho certeza que tenho muito a contribuir para Maceió. Desde a campanha de 2016 venho desenvolvendo cada mais meu olhar como gestor, buscando referências de projetos em outras cidades, olhando alternativas e dialogando com diferentes atores da sociedade e sei que Maceió precisa de alguém que coloque os maceioenses em primeiro lugar, sem usar artifícios de acordos ou interesses próprios. Nunca utilizei atalhos e continuarei seguindo meu caminho com coragem, transparência e muito trabalho. Sou menos de falar e mais de fazer. E é isso que quero entregar para Maceió: um protagonismo que ela jamais teve.

2) Uma campanha política nem sempre é marcada por ações éticas e discussões propositivas. Como senhor irá reagir às provocações, ataques e até Fake News?

Venho acompanhando a discussão das fake news de maneira muito ativa, pois sou o presidente da Frente Digital do Congresso Nacional. É claro que condeno qualquer tipo de fake news, todos condenamos. Eu, inclusive, já fui vítima diversas vezes de fake news, inclusive agora na própria pandemia. Enquanto meu objetivo era trabalhar para salvar vidas, trazendo recursos e apresentando projetos que beneficiassem os maceioenses, fui vítima de um disparo maldoso que quis denegrir a minha imagem. E já deixo o recado: isso não me atinge. Sempre utilizei dos modos legais e acredito que esse tipo de situação deva ser resolvido na justiça. Recentemente, estive reunido com a Comissão da União Europeia e o case deles é interessante porque definiram políticas de privacidade e transparência de forma extra-legal, ou seja, sem a intervenção do Estado e sem margem para a censura. Sou contrário ao PL das Fake News que está em debate na Câmara justamente por acreditar que devemos garantir a transparência, privacidade e o direito fundamental à liberdade de expressão

3) Falando em pandemia, a campanha desse ano vai ser atípica, com muitas restrições. Como senhor tem se preparado para isso?

De fato será uma campanha diferente e desafiadora em muitos aspectos, mas estou preparado. Se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos, foi a me adaptar aos diferentes cenários. Acredito que isso é uma característica extremamente forte da minha geração e isso não me assusta. Lamento muito por não termos aquela energia tão comuns nas caminhadas pelas ruas, mas tenho certeza que encontraremos novas formas de interação, com respeito a todos os procedimentos, afinal, é o respeito pela saúde dos maceioenses. E, claro, as redes sociais irão ganhar ainda mais relevância. Elas sempre foram meu canal oficial de comunicação com as pessoas e agora não seria diferente. É através delas que recebo demandas e também o apoio para seguir esse caminho. E vamos trazer mais novidades na linguagem nesse período. Além disso, tenho percorrido muitos bairros, visto de perto as necessidades das comunidades, dialogado com segmentos de classe, tudo isso sempre com equipe reduzida e respeitando as medidas de proteção.

4) Estamos chegando próximo ao período das convenções partidárias e da montagem da chapa majoritária.  Qual o perfil de sua coligação e do seu candidato a vice-prefeito?

O perfil será o mesmo da minha trajetória política: independente, livre e com coragem. Quanto à composição para a chapa majoritária, também atenderá o que criamos até aqui: será feita em torno de ideias, valores e uma postura independente em relação à vida pública.

5) Uma vez eleito prefeito de Maceió, qual o maior desafio a ser enfrentado? Quais as prioridades?

Maceió deve ser encarada como uma cidade de oportunidades. Nosso povo tem uma capacidade incrível que precisa ser potencializada. É claro que a crise causada pela pandemia da Covid19 provocou consequências que impactaram diretamente a geração de emprego e renda, mas precisamos criar um ambiente amigável ao empreendedorismo, das maiores às menores empresas, negócios e atividades. E pensar nesse cenário também nas periferias. Por que não fomentar iniciativas público comunitárias, aceleração de cooperativas e associações? Isso é totalmente possível. Temos também um número ainda maior de pessoas em situação de vulnerabilidade social que não podem ser esquecidas. O Auxílio Emergencial (AE), que votei favorável na Câmara, foi essencial para esse momento de pandemia aos informais e trouxe também um diagnóstico importante sobre a economia da nossa cidade e, por isso, que propus um projeto para permitir o acesso dos dados do AE para criação de programas de renda locais. Só em Maceió, segundo dados do Ministério da Cidadania, foram mais de 76 mil famílias beneficiadas com o auxílio. Defendo uma gestão de oportunidades para os maceioenses e iremos trabalhar para isso.

6) Qual seria o perfil de uma eventual gestão de JHC na prefeitura?

Um JHC atuante e com capacidade de entregas concretas para os maceioenses. Sou um político que olha para os resultados. Acredito que planejamento, construção de ideias e referências são fundamentais, mas tudo isso precisa ser convertido em ações práticas na vida das pessoas. Minha gestão vai ser ativa, olhando para os grandes problemas da cidade, sem conversas e sim encarando o desafio e buscando a viabilidade. A questão do afundamento dos bairros de Maceió, por exemplo, venho atuando nesse assunto desde o início do problema. Propus a Comissão Externa na Câmara, venho participando de diversas reuniões no Conselho Nacional de Justiça e buscando a justiça material e moral para cada família e comerciante. São quatro bairros que fazem parte da história da capital e que não podem ser esquecidos. Muito pelo contrário, nós precisamos aprender com a história. E tenho certeza que os maceioenses já aprenderam que discursos falaciosos, como o De Frente Para a Lagoa, não levam a cidade para frente. E é para lá que nós queremos levar Maceió: para frente!

Calendário eleitoral Eleições 2020

A seguir o Calendário Eleitoral a ser cumprido por coligações, partidos e  candidatos até as eleições .

31 de agosto a 16 de setembro: Realização das convenções partidárias para definição de coligação e escolha dos candidatos. As convenções poderão ser por meio virtual. 

26 de setembro: Último dia para registro das candidaturas; início do prazo para que a Justiça Eleitoral convoque partidos e emissoras de rádio e TV para elaboração do plano de mídia. 

Após 26 de setembro: Início da propaganda eleitoral, inclusive na internet. 

9 de outubro: Início da propaganda gratuita em rádio e televisão.

27 de outubro: Divulgação de relatórios pelos partidos, coligações e candidatos discriminando os recursos recebidos do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e outras fontes, bem como os gastos realizados. 

15 de novembro: 1º turno das eleições 

29 de novembro: 2º turno das eleições


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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