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06/11/2021 às 22h40

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Procura-se um governador

PARA REFLETIR

A corrupção política é apenas uma consequência das escolhas do povo.


Procura-se um governador

Não são poucos os políticos que desejam governar o estado de Alagoas, alguns até com candidaturas próprias, se lançando ou se oferecendo como candidatos ao cargo. Dos muitos, poucos serão os escolhidos. E estes estariam prontos para fazer um bom governo? Afirmo, sem medo de errar, que quase nenhum dos que se colocam na lista preferencial. Qualquer um que assumir terá imensa dificuldade de superar o atual mandatário Renan Filho, o que mais realizou nas últimas décadas à frente do Palácio, que marca uma revolução da administração pública deixando uma marca numérica difícil de se bater. O estado totalmente interligado por boas estradas, uma rede hospitalar  dotada de quase uma dezena de novos hospitais, a educação com investimentos nunca antes alocados, além de ajuda substancial a todos os municípios, independente de ideologia ou cor partidária. Com muito dinheiro em caixa, fruto de uma política tributária eficiente, Alagoas se coloca no protagonismo nacional em setores antes nunca alcançados.

Qual o melhor nome?

Dos pretendentes atuais ao governo qual estaria mais preparado para disputar o cargo de governador?  Mais uma vez assistimos um pecado cometido durante  nossa história política. Não conheço um governador sequer que tenha se preocupado em preparar alguém para lhe suceder. Ai quando chegam as eleições é aquele desespero à procura de um nome, que termina descambando em alguém bem avaliado, mas que sempre enfrenta dificuldade diante dos adversários. Como não se investe em determinado nome, ninguém com densidade suficiente surge entre os prováveis candidatos.

Outro fator é a “maldição do vice”, que sempre atrapalha por se achar o natural sucessor, quando na verdade geralmente não possui estatura suficiente aí joga lama no ventilador.

Para ser governador

Dos que se apresentam como candidatos ao governo quem reúne mais estatura para ser eleito? Alagoas amadureceu com o passar dos tempos em relação às eleições de tempos passados. Na cadeira de governador precisa sentar alguém com responsabilidade e preparo, além de história digna. Já não cabe na cadeira alguém com envolvimento com violência, com crimes ou com passado ligado a qualquer tipo de conduta criminosa. Para governar o estado não é suficiente ter desempenhado de deputado ou mesmo senador. Tem que ter experiencia e competência suficiente para gerir o estado e fazer com que consigamos continuar essa caminhada de administração exitosa com a qual nos deparamos. Haveria alguém capaz? O eleitor vai dizer.

Abrindo as pernas

Ameaçado de perder a votação da PEC dos precatórios, com o presidente da Câmara, Arthur Lira, perdendo o controle sobre os parlamentares da base aliada e o Palácio do Planalto apavorado, o governo foi ao extremo da negociação em busca de votos suficientes para aprovar.

As tratativas nas alcovas do poder chegaram ao limite da pauta suja, onde se compra deputados com “mimos” do dinheiro do povo, que vive na miséria e morrendo de fome.

Mesmo assim a aprovação mostra um grande número de bravos resistentes, que não se dobraram aos encantos do poder, capaz de negociar, corromper e roubar para atingir suas metas.

Com a aprovação da PEC dos precatórios, sai perdendo o Brasil e a vergonha nacional.

Concurso anulado

Não vejo nenhuma necessidade em convidar o secretário de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques, para comparecer à Assembleia Legislativa, e falar sobre “possíveis falhas nas estratégias de segurança adotadas pelo Governo de Alagoas na realização dos concursos mais recentes da Secretaria de estado da Segurança Pública (SSP), que foram cancelados. São eles: Polícias Civil (PC) e Militar (PM) e Corpo de Bombeiros (CBM)”, como propôs o deputado Davi Maia, que tem se mostrado atuante em sua missão parlamentar.

O governo do estado fez o que deveria ser feito. Cancelou o concurso e instaurou investigação para apurar os fatos.

É lamentável que muitas pessoas tenham sido prejudicadas, mas não havia outro caminho, para buscar a lisura do concurso.

A secretaria de Planejamento e Gestão, deve ter consigo as justificativas da anulação, onde o deputado poderia ir buscar “in loco”, com o secretário Fabrício Marques, para não perder tempo.

Tem que denunciar

O procurador-geral da República, Augusto Aras, está na mira da CPI da Covid e de senadores que deram suporte às investigações. Com um histórico de decisões favoráveis a Jair Bolsonaro. Aras recebeu o relatório final da comissão, com o pedido de indiciamento do presidente, por nove crimes, e de outras autoridades responsabilizadas pelo colegiado. O futuro de Bolsonaro passa pelas mãos do procurador-geral da República. Mas o futuro de Aras também está em jogo. Uma das protagonistas das investigações, mesmo não fazendo parte da CPI, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) aprovou o discurso feito pelo chefe do Ministério Público Federal ao receber o relatório. Mas faz uma advertência: “O procurador-geral foi muito firme em relação à noção que ele tem do dever constitucional e da responsabilidade que tem. Ele sabe o que tem de fazer e sabe as consequências de sua omissão”.

Cabo cientista

Observamos que alguns deputados, eleitos geralmente por fenômeno eleitoral momentâneo, buscam, a todo custo aparecer na tribuna da Assembleia Legislativa, para ressaltar temas sem a menor importância, apenas para buscar visibilidade midiática. Esta semana foi o caso do Cabo Bebeto que protocolou um Projeto de Lei propondo “uso facultativo de máscaras de proteção em ambientes públicos não confinados”. A justificativa seria que a pandemia tem sofrido uma redução expressiva, devido a vacinação em todo o país.

Gostaria de saber o que esse rapaz entende de ciência ou mesmo medicina, para fazer tal proposição?

Pílulas do Pedro

Judiciário alagoano na mira da corrupção. Outras operações estão por vir.

A eleição começou com duelos entre governo e prefeitura de Maceió. Espera-se não descambe para a baixaria


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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