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24/11/2025 às 10h20

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COP 30: Mais erros que acertos

Raimundo Pacco/COP30


PARA REFLETIR

“Onde o BRB e o Banco Master chegaram com seus tentáculos, aconteceram negócios sujos. Ainda temos muito a apurar.” (De um auditor da operação, sob anonimato).

COP 30: Mais erros que acertos

A tão aguardada COP 30, que deveria ser vitrine de organização, competência e liderança ambiental, acabou acumulando mais erros do que acertos. Logística falha, atrasos injustificáveis, discursos vazios e uma desconexão perigosa entre promessas e ações concretas. O evento, que poderia elevar o Brasil ao protagonismo mundial, transformou-se em vitrine de improvisos, disputas internas e decisões mal calibradas.

Enquanto autoridades disputavam holofotes, faltou o essencial: coordenação, planejamento e compromisso real com resultados. A COP 30 termina deixando uma impressão incômoda — a de que falhamos naquilo que mais defendemos: exemplo, responsabilidade e seriedade diante da crise climática.

Banco Master e o conto do vigário

O caso do Banco Master virou, para muitos investidores desavisados, o velho conto do vigário travestido de modernidade financeira. Promessas de rentabilidade fácil, garantias douradas, marketing agressivo e no final, quem colocou dinheiro ali se ferrou. É mais um capítulo da crônica nacional da esperteza institucionalizada, onde instituições “respeitáveis” vendem sonho e entregam pesadelo.

Agora, restam o prejuízo, a revolta e a sensação amarga de ter sido enganado por quem deveria oferecer segurança e transparência. No país do jeitinho, até banco aprende a contar história… e o cliente paga a fatura.

Voto vendido

Vender o voto é a mais perversa forma de empobrecer a própria cidadania. Quem troca seu direito por dinheiro, favores ou promessas rasas está, na prática, assinando um contrato de miséria permanente. O político que compra não deve nada ao eleitor, deve apenas ao próprio bolso e aos financiadores da barganha. É assim que se perpetua o atraso: uma população fragilizada aceitando migalhas e uma classe política explorando a vulnerabilidade com a frieza de quem sabe que a impunidade é regra.

O “todes” acabou

O governo sancionou o fim da chamada linguagem neutra nas comunicações oficiais e ainda bem. O Brasil já tem problemas demais para gastar energia com modismos linguísticos que não unificam nada, não resolvem nada e apenas criam ruído.

A língua portuguesa é patrimônio cultural, não laboratório ideológico. É viva, evolui, mas não pode ser violentada por invenções que nunca tiveram consenso social. A decisão devolve seriedade à comunicação pública e encerra uma polêmica artificial que só dividia opiniões e confundia a população.

Quem paga a conta?

O fechamento do Banco Master por fraudes deixou um rastro de insegurança e pânico entre servidores, aposentados e pensionistas de Maceió. A prefeitura havia feito um aporte superior a 100 milhões de reais no banco operação realizada sem o devido rigor técnico e agora colocada sob suspeita. Com a instituição encerrada e seus gestores envolvidos em investigação federal, cresce a preocupação sobre o destino desse investimento e o impacto direto no futuro do IPREV.A pergunta que ecoa é simples e angustiante: quem vai cobrir o rombo? Enquanto a prefeitura ainda não apresenta uma solução clara, milhares de segurados vivem dias de aflição, temendo pela integridade de suas aposentadorias e pelo risco real de perda patrimonial.

A facada rende

E como rende. Bolsonaro usou o atentado de Adélio como plataforma emocional para ganhar a eleição de 2018. Deu certo: virou vítima, virou mártir, virou presidente. Agora tenta repetir a dose. A mesma facada, reciclada, anos depois, surge como argumento derradeiro para evitar o que se avizinha: o cumprimento de pena, a responsabilidade pelos atos e pelos crimes atribuídos.

Mas desta vez, não cola. A sociedade mudou, o cenário político mudou, e a Justiça, pressionada, observada e cobrada, já não embarca na narrativa do “coitado ferido”. A facada que o elegeu não servirá como escudo para livrá-lo da prisão.

Alagoas na COP 30

Acompanhando o governador Paulo Dantas, o presidente do IMA, Gustavo Lopes, participou ativamente do evento, sempre ressaltando os resultados positivos do órgão ambiental e discutindo inovadoras políticas de preservação e parcerias nacionais e internacionais em busca de um meio ambiente preservado e cuidado.  Com o governador participou de eventos importantes no evento que acontece na cidade de Belém (PA).

Pílulas do Pedro

Vender o voto é barato demais para quem compra e caro demais para quem vende, porque o preço final é pago por toda a sociedade, com serviços públicos ruins, corrupção e falta de futuro.

O episódio da quebra do Banco Master revela, mais uma vez, a imprudência de colocar recursos públicos em operações de alto risco e deixa servidores e suas famílias à beira do desespero.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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