O ex-presidente Lula elegível em 2022, o governador de São Paulo, João Dória, com a coronavac como cabo eleitoral de uma possível candidatura na terceira via, e uma CPI da Pandemia no Senado Federal mostram que já está sendo montado, de forma concreta, o palanque político adversário da reeleição de Bolsonaro.
Em contrapartida, o presidente Jair Bolsonaro não tem nada absolutamente positivo para mostrar ao Brasil como resultado de seu governo.
A economia vai mal, o desemprego cresceu, a pobreza aumentou e as políticas públicas de cidadania foram reduzidas. Uma ou outra obra na infraestrutura, mas nada que lhe dê o volume certo para as horas incertas de um debate eleitoral. A educação não avançou e as universidades públicas que não estavam bem, pioraram.
Até o discurso contra a corrupção, o presidente perdeu com as investigações de possíveis “rachadinhas” praticadas por um de seus filhos, Flávio Bolsonaro, quando foi deputado estadual no Rio de Janeiro, e depósitos mal explicados na conta da primeira-dama, Michele Bolsonaro.
O governo continua praticando o negacionismo da covid-19, muitos brasileiros ainda indo a óbito em decorrência do vírus, vacinação atrapalhada e uma briga desproposital com governadores e prefeitos que buscam nas medidas restritivas na pandemia, a prevenção à doença e mortes por coronavírus.
Brigou com a mídia, brigou com o Judiciário, não agrega (vide Moro), levou o Brasil a ter uma imagem negativa de gestão pública e política lá fora e aqui dentro faz piada da tragédia da covid-19 que consome e enluta os brasileiros.
Bolsonaro não admite publicamente, continua a circular como se fosse, de fato, um mito, mas nos bastidores está se borrando de medo de Lula como adversário, do PSDB na terceira via, e do senador Renan Calheiros (MDB-AL) na relatoria da CPI.
Ou seja, Bolsonaro, ainda sem partido, chegará à disputa de 2022 literalmente de calças curtas. Ou nu. Se chegar.
A depender, especialmente, da CPI da Pandemia no Senado.
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