Ao participar ontem, quarta-feira, dia 09, de um culto evangélico em Anápolis, no estado de Goiás, Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce contra o coronavírus. E relatou uma conversa que teve recentemente com os índios tukanos e ianomâmis, no Amazonas.
“Perguntei se os índios haviam sido acometidos de covid nas duas etnias. Quase todo mundo, sim. E nas duas etnias, perguntei: ‘Quantos morreram? ’. ‘Nenhum’. ‘Tomaram o quê? ’ Citaram três nomes de chá de casca de árvore. Ah, não tem comprovação científica’. E eu pergunto: a vacina tem comprovação científica ou está em estado experimental ainda? Está em estado experimental”, destacou o presidente.
Não é verdade que a vacina esteja em estado experimental. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do governo federal, atestou a eficácia e a segurança de vacinas e as liberou para aplicação no país.
E como se isso não bastasse, Bolsonaro repetiu o que acredita piamente: “há supernotificação de casos de covid-19 no país. Se retirarmos as possíveis fraudes, teremos em 2020 o país como aquele com menor número de mortos por milhão de habitantes por conta da covid. Que milagre é esse? O tratamento precoce”.
E estamos chegando a quase meio milhão de óbitos por covid, não conseguimos sequer atingir 12% da vacinação com a segunda dose da população brasileira, e o Messias que conduz o poder político do Brasil continua acreditando que é o próprio Deus, num país onde a única verdade é a que ele acredita.
Pobre Brasil.
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