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23/07/2021 às 10h40

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Voto impresso ou golpe militar?

 

Em nota, o Ministério da Defesa desmentiu a notícia de que o ministro Braga Neto enviara um interlocutor ao presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), para dizer que sem voto impresso, não haverá eleições em 2022. Mas o texto da nota reflete mais a defesa do Ministério à impressão do voto, do que mesmo nega a suposta ameaça de seu titular à democracia brasileira.

“Acredito que todo o cidadão deseja a maior transparência e legitimidade no processo de escolha de seus representantes no Executivo, no Legislativo em todas as instâncias”, diz o texto e segue mencionando que a discussão sobre o voto eletrônico auditável é legítima, defendida pelo governo federal, e está sendo analisada pelo Parlamento brasileiro, “a quem compete decidir sobre o tema”.

O texto é passível de interpretação de que as Forças Armadas estão fechadas com o voto impresso e com o que diz o presidente Jair Bolsonaro a respeito desse assunto. Ou seja, mesmo que Arthur Lira não tenha recebido nenhum recado de Braga Neto, ainda assim, as Forças Armadas seguirão com Bolsonaro na tese “ou há impressão do voto, ou não haverá eleições ano que vem”.

Segundo o blog da jornalista Denise Rothenburg, do Correio Braziliense, “no Congresso muita gente pensa que Bolsonaro está levantando a tese do voto impresso como forma de tumultuar a fim de gerar um clima de desconfiança e dar um golpe e não como forma de garantir eleições limpas e livres. Ele já disse diversas vezes que, se não houver voto impresso, não teremos eleições. Resta saber se os militares apoiam essa parte do discurso presidencial ou não. E isso nesta nota (do Ministério da Defesa) não ficou claro”.

Não ficou claro, mesmo.

Mas para quem entende do bordado sobre eleições e já fez os cálculos, e certamente o presidente Bolsonaro já os fez, não há tempo hábil para implantar impressoras em todas as urnas. Essas máquinas têm que ser especiais e testadas exaustivamente à prova de fraudes, e essa impossibilidade é o palanque encontrado pelo Planalto para criar insegurança na eleição presidencial do próximo ano. Qual a motivação? A própria insegurança da reeleição de Bolsonaro.

As Forças Armadas seguem nesse mesmo caminho? Eis a questão!


Ponto Final por Redação

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