Na era dos absurdos, dois fatos atingiram o top das insanidades de todos os tempos no Brasil. A violenta prisão de um portador de esquizofrenia por policiais rodoviários federais, em Sergipe, que resultou na morte do jovem, e o veto do presidente Bolsonaro ao nome da alagoana Nise da Silveira no livro de Heróis da Pátria.
O primeiro, fruto do abuso de autoridade; o segundo, fruto da imbecilidade de um governo que aplaude Brilhante Ustra, um torturador, e renega Nise da Silveira, uma humanista.
Vejamos o que difere um do outro:
Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel do Exército brasileiro, entre 1970 e 1974 chefiou o DOI-Codi do 2º Exército, em São Paulo, período em que ficou conhecido como Major Tibiriçá. A história brasileira diz que, enquanto Ustra esteve à frente do órgão, houve 40 mortes em 40 meses, bem como uma denúncia de tortura a cada 60 horas.
Desde que começou a atuar na década de 1940, a psiquiatra Nise da Silveira foi pioneira na defesa de tratamentos humanizados para os transtornos mentais, em oposição aos métodos manicomiais mais comuns na época, como o eletrochoque, a lobotomia e o confinamento.
Vai vendo, Brasil, vai vendo!
O crime em Sergipe está sendo apurado e espera-se punição rigorosa para a gravidade do caso, já o veto ao nome de Nise da Silveira, quem lhe fará justiça?
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