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08/04/2020 às 17h45

Economia

Em Alagoas, devolução de carros alugados para aplicativos chega a 80%

Locadoras desejam autorização estadual para atender inclusive situações de emergência e necessidades inevitáveis de deslocamento

Em Alagoas, os contratos de aluguel de frotas para o setor público, principalmente nas áreas da segurança, saúde e serviços sociais, não têm sido cancelados e/ou suspensos neste período de restrições de circulação em função do coronavírus. No estado, conforme a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), a devolução de veículos se destaca em relação aos motoristas de aplicativos, aluguéis para empresas privadas e também nas locações para pessoas físicas, nichos de mercado que têm tido retração diária desde o início da crise.

O diretor regional da ABLA em Alagoas, Lusirlei Albertini, diz que "até o momento, estimamos em aproximadamente 25% a quantidade de contratos com empresas privadas que já foram suspensos e, no pior dos cenários, esse volume pode saltar para até 40% no curto e no médio prazo", avalia. Em relação ao aluguel de longa duração para pessoas físicas, que vinha crescendo antes da pandemia, "agora se tornou um nicho com encolhimento de praticamente 60% em termos de devoluções de veículos".

O cenário mais desafiador em Alagoas, porém, é aquele referente aos motoristas de aplicativos, cujas devoluções de veículos já superam a marca de 80%, "por causa do crescimento do home office e até de demissões", avalia Albertini. "É preciso ter em mente que o automóvel reduz o risco das aglomerações em modais coletivos de transporte e isso faz diferença no combate à rápida proliferação do vírus".

São Paulo, Espírito Santo e o Distrito Federal já decretaram a locação de veículos como atividade essencial em meio à quarentena. Em Alagoas, as locadoras permanecem com portas fechadas, na medida em que o setor ainda não foi incluído entre as atividades essenciais. "Pode haver laboratórios e hospitais que, devido à crise, necessitem aumentar temporariamente o número de veículos para transporte de exames e pacientes" diz Albertini. "Embora em menor escala, seria importante manter a prestação do serviço inclusive para atender, com a devida segurança e higienização, as situações de emergência e aqueles que tenham necessidades inevitáveis de deslocamento no nosso estado".

Albertini reforça que o setor de aluguel de carros não está ligado à aglomeração de pessoas, conforme as restrições sanitárias. "Estamos preparados para flexibilizar o atendimento, respeitando todas as normas de saúde e segurança para clientes e funcionários. Basta a autorização". O diretor da ABLA diz ainda que "o que nos ajuda a manter um certo otimismo é que, logo após esse período passar, a retomada seja rápida". Para Albertini, a demanda reprimida tende a fazer com que 'todos corram atrás do prejuízo' e, assim, "acreditamos que isso possa gerar uma resposta satisfatória não só para o nosso setor, mas para toda a economia alagoana e brasileira".

Conforme o mais recente Censo do setor de aluguel de veículos, organizado pela ABLA e com informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ao final de 2019 o Brasil contava com 10.812 empresas de locação de veículos. Juntas, essas empresas mantêm 75.104 empregos diretos no país. Em Alagoas, são 179 locadoras, com 1.213 colaboradores.


Fonte: Em Foco Comunicação Estratégica

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