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05/11/2025 às 14h26

Economia

Alagoas registra a maior produção de etanol do Nordeste em 2025

Levantamento da NovaBio mostra que o estado atingiu 416,4 milhões de litros do biocombustível este ano, o que corresponde a 21% de toda a produção da região

A produção de álcool na região Nordeste atingiu 1,9 bilhão de litros - Pei Fon / Agência Alagoas

A produção de etanol em Alagoas atingiu 416,4 milhões de litros na safra 2024/2025, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (5), pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio). Trata-se do maior volume entre os nove estados nordestinos. 

Somada, a produção na região atingiu 1,9 bilhão de litros. Desse total, 21% foram fabricados em Alagoas, que lidera o ranking, seguido da Paraíba, com 398,2 milhões de litros, Bahia (354,8 milhões) e Pernambuco (333,5 milhões).

Do total de etanol produzido em Alagoas, 163,5 milhões de litros são do produto anidro (sem água), enquanto outros 252,9 milhões se referem ao combustível hidratado.

Alagoas também aparece em primeiro lugar do Nordeste na produção de cana-de-açúcar, com um volume de 17,6 milhões de toneladas na safra 2024/2025. Os números alagoanos são maiores do que o registrado em Pernambuco, que aparece em segundo lugar com 13,5 milhões de toneladas.

Para a NovaBio, o Nordeste, conciliando a exploração de recursos naturais abundantes, conhecimento científico e atração de investimentos, caminha para se tornar um dos mais importantes centros brasileiros de inovações tecnológicas na área de energias renováveis.

“Nos últimos anos, o Nordeste tem expandido suas fronteiras rumo à bioeconomia, principalmente ao utilizar o tradicional biocombustível como indutor de inovações destinadas aos segmentos industrial, aéreo e marítimo, como vem ocorrendo com o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), o biometano, o biogás, o hidrogênio verde e o e-metanol”, ressaltou o presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha.

POLÍTICA DE PRIORIDADE

Para incentivar ainda mais o desenvolvimento sustentável e reduzir a poluição atmosférica, o Governo de Alagoas instituiu, em setembro deste ano, a Política de Prioridade no Abastecimento de Veículos Automotores com Etanol, que tem como objetivo a substituição gradual da gasolina pelo combustível derivado da cana-de-açúcar, no abastecimento de toda a frota do Poder Executivo Estadual.

O governador Paulo Dantas justifica a iniciativa com a necessidade de promover a transição energética e a redução da poluição atmosférica. Além disso, a nova política busca incentivar a produção agrícola local e a bioeconomia, fortalecendo a cadeia produtiva da cana-de-açúcar e do etanol, bem como garantir maior autonomia energética e a redução da dependência de combustíveis fósseis.

A Política de Prioridade estabelece que o abastecimento de veículos automotores do Estado – flex ou adaptados para operar com etanol – deverá ser feito, prioritariamente, com o biocombustível. Para isso, foram estabelecidos percentuais mínimos de abastecimento com etanol sobre o total de combustível consumido pelo Estado anualmente.

Neste primeiro ano de vigor da lei, o índice será de 5%, passando a 8% em 2026, 12% no ano seguinte, 15% em 2028, 25% em 2029 e finalmente 30% ao fim do sexto ano.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Para incentivar ainda mais a transição energética, recentemente o Governo de Alagoas teve R$ 4,2 bilhões aprovados em financiamento para projetos de neoindustrialização no estado, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Nordeste (BNB).

As propostas apresentadas por Alagoas contemplam projetos em áreas estratégicas, como a transição energética com foco em armazenamento – com uma demanda de crédito de R$ 4 bilhões. O projeto visa à migração de matrizes energéticas poluentes para fontes de energia renováveis, como hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassas.

 Além dela, foram aprovadas proposições na área de bioeconomia com foco em fármacos, com R$ 37,7 milhões em crédito; hidrogênio verde (R$ 21,1 milhões); data center verde (R$ 43,4 milhões); e setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas (R$ 109,2 milhões).


Fonte: Agência Alagoas

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