*Ricardo Leal
“Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina” ,sétimo álbum de estúdio dá nome ao show que chega a Maceió no próximo dia 9 de novembro, é integralmente autoral e produzido pela própria Vanessa e está, segundo ela, "sendo aclamado como um dos seus melhores discos, porque reúne todas as delicadezas mais peculiares da sua personalidade musical, reggaes, música brasileira africana, romance, letras impactantes e poéticas, mais maduras que antes”. Além das canções do novo álbum, o show está recheado dos grandes hits de sua carreira. Confira a entrevista de Vanessa para o Painel Notícias
PAINEL NOTICIAS – Vanessa, você está trazendo para Alagoas o show “Quando deixamos nossos beijos na esquina”. O que isso significa? E como você classifica o seu repertório nesse espetáculo? Bem vinda a Maceió.
Significa eu vamos trazer para os fãs um show inteiro novo. Esse repertório anuncia o disco “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina”, mas ele também é generoso com o público. Ele tem todos os outros sucessos, “Ai, Ai, Ai”, “Amado”, “Caixinha de Música”, “Gente Feliz”, “Boa Sorte”, entre outros.
PAINEL NOTICIAS – “Quando deixamos nossos beijos na esquina”, é seu sétimo álbum de estúdio. É verdade que ele é mais autoral do que os outros? Como foi se aventurar pela primeira vez como produtora musical?
Sim, sem
dúvida é o mais autoral dos meus trabalhos. Sempre acreditei que pudesse
produzir o meu próprio disco. Foi uma experiência desafiadora, justamente por
não ter a praticidade de um produtor ao meu lado. Fiz a produção, propus
arranjos diretamente aos músicos, criei a dinâmica sonora do álbum como
captação de voz, mixagem, acentuando ou reduzindo as intenções dos instrumentos
em função de cada canção. A liberdade de criar foi total.
PAINEL NOTICIAS – Vanessa, compor com Chico César, ter composições suas interpretadas por Maria Bethânia, sair do Mato Grosso, passar pelas Minas Gerais e desembarcar no carnaval de Salvador, o que representa tudo isso para você? Sua carreira lhe define?
Pois é, eu tive
a sorte de realizar esses sonhos muito cedo. Eu cantei uma música minha e de
Chico César com Maria Bethânia aos 21 anos. Em seguida, com 22, cantei com
Caetano Veloso e Maria Bethânia. Eu tenho verdadeiro orgulho de tudo o que eu
já fiz na minha carreia.
PAINEL NOTICIAS – A atual música brasileira, para você, avançou ou retrocedeu na qualidade nessas últimas décadas? É possível dizer que letras e músicas que fazem sucesso hoje em rádios e shows representam a cultura brasileira?
Nesse
momento, acho que o cenário brasileiro é um entreposto entre cansaço e muito
investimento de apenas um dos lados. A MPB, por exemplo, perdeu muito público
jovem e precisa ser reconquistado. Não adianta dizer que a música no Brasil é
como a política, a cultura ou as outras coisas que nos revoltam. É preciso
procurar os artistas e saber que eles existem. Promover seu artista, divulgá-lo
e chamar os amigos para mantê-lo.
PAINEL NOTICIAS – Chegar em São Paulo os 17 anos de idade para tentar a vida artística foi uma ousadia da menina lá de Alto Garças (MT)? O que a fez trocar o sonho da medicina pelo sonho da música? A música, enfim, lhe provou que é preciso e possível sonhar?
A música me provou que tudo é possível. Desde muito pequena já dizia que iria ser cantora. A música, o esporte e a educação salvam pessoas de lugares de risco.
PAINEL NOTICIAS – Menina, de uma cidade do interior, correndo atrás de um sonho numa cidade como São Paulo... Houve medo? Decepções? Incentivos? Preconceitos? Como olhar para trás hoje com o sucesso já alcançado até agora?
Muitos medos. Me lembro de momentos muito difíceis, de incertezas, de caminhos que se fecharam, de quando eu me via sem nenhuma perspectiva de futuro. Mas também me lembro de quando as coisas começaram a dar certo, quando Maria Bethânia cantou minha música, cuja letra era minha e de Chico César. Isso foi um marco! Eu tenho orgulho, é claro.
PAINEL NOTICIAS – Sons, instrumentos, sentimentos e Brasil das mais diversas culturas... Como juntar tudo isso numa composição, para quem cresceu ouvindo de samba à lambada? É mais fácil quando se teve uma educação musical diversificada?
Ter essas frentes que eu trabalho, o romântico, o amoroso, o reggae jamaicano e californiano e os ritmos brasileiros mais variados, me rendem canções e composições interessantíssimas. Diversificar é bom. Eu tento ouvir de tudo e escolho, logicamente, músicas que cuidam melhor das letras.
SERVIÇO
Show: Vanessa da Mata – turnê “Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina”Local:Spazio Gatti – Serraria
Data: 09 de novembro
Abertura da casa: 21h
Ingressos:Pista: R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00 (inteira)
Lugar à mesa mesa: R$ 150,00
Pontos de venda:
Erva Doce Doce Erva – Rua Mário de Gusmão, 530 – Ponta Verde
Acesso Vip – Parque Shopping- térreo
Acesso Vip – Unicompra Farol
Vendas on line: www.suechamusca.byinti.com
Info: 82 3235-5301 / Whats: 82 99928-8675
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