Além do acesso a estudo e trabalho, os reeducandos do Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) também estão sendo impactados positivamente no tocante ao processo de ressignificação promovido pela analista comportamental e neurocoach Rita Diaz. Nesta sexta-feira (31), às 18h, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) recebe o projeto “Produtiva Mente” para a entrega de certificados do primeiro curso destinado à formação em coach. A profissional atua há mais de dois anos no complexo penitenciário, contribuindo com as práticas ressocializadoras desenvolvidas no sistema prisional alagoano.
Oito reeducandos receberão os certificados que os tornam aptos a seguir carreira como coach, caso desejem. “O intuito principal desta formação é permitir que eles trabalhem com os demais reeducandos ainda durante o cumprimento da pena no regime fechado. O projeto busca também trazer uma nova perspectiva de vida para aqueles que irão sair do sistema, para que não voltem a praticar delitos”, disse a neurocoach Rita Diaz, responsável pelo projeto.
Sobre quem pode participar, Diaz explica. “O projeto contempla todos os que desejem participar, inclusive aqueles que não querem a formação. A diferença é que, quanto aos que desejam seguir carreira, houve avaliações semanais nos últimos seis meses de curso. Neste caso, todos entregaram um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Os demais, por sua vez, podem simplesmente assistir às palestras sem almejar o certificado”, destaca a especialista, acrescentando que uma nova turma será iniciada no próximo mês de março.
Documentário
E o trabalho desenvolvido no sistema prisional já rende muitos frutos. Um deles é o documentário “Além das Grades”, que será exibido aos reeducandos durante a formatura desta sexta-feira. O curta foi produzido pelo estúdio Nato e ressalta a importância das práticas ressocializadoras implantadas no Núcleo, onde todos os reeducandos estudam e trabalham.
“O filme mostra que, por meio do projeto Produtiva Mente e da neurociência aplicada ao coach de uma forma clara e transparente, podemos ter os resultados que desejamos, ou seja, mudar a forma que esses reeducandos se vêem na sociedade e até mesmo no contexto prisional. O documentário mostra o início do nosso trabalho, as nossas palestras e o que eles [reeducandos] sentem de diferente no comportamento depois das aulas”, relata Rita Diaz.
Fonte: Ascom Seris