Seu nome é Endy Mesquita, empresária de joias artesanais, digital influencer, mãe de Otto, previsto para nascer em dezembro, e esposa de Gustavo. É também arquiteta e bailarina. Filha de Dorinha e Assis, irmã de Tayná e Diego. Tem três lojas físicas e uma online. Nesta pandemia da Covid-19, manteve os empregos de 18 funcionários e de 20 colaboradores e tenta, nesta retomada gradual, recompensar as perdas financeiras, ainda incalculáveis, deste período de longos quatro meses com mais criatividade, inovação e investimento nas vendas por delivery.
Por Redação
Em março deste ano, mesmo antes dos decretos estadual e municipal serem publicados determinando o fechamento do comércio, a empresária Endy Mesquita adotou essa medida em suas três lojas, duas em Maceió e uma em Arapiraca. “Preocupei-me com os clientes e com os meus colaboradores”, justifica Endy, que manteve aberta apenas a loja online, intensificando as vendas por delivery. “Não foi fácil e nem está sendo agora na retomada, os prejuízos ainda estão sendo calculados pela minha consultoria financeira, mas, graças a Deus, não demitimos ninguém e espero não ter que fazer isso”, diz a empresária.
“O delivery funcionou bem porque era um trabalho que a gente já vinha fazendo para Maceió e outros estados, só tivemos que intensificar o atendimento às demandas, mas tínhamos a dinâmica pronta”, acrescenta, acreditando que o “normal” na economia deve demorar a voltar e que o investimento do futuro vai ser mesmo o online. “Agora é trabalhar mais para melhorar as vendas virtuais”, destaca, assegurando que adotou todas as medidas de segurança preventiva ao coronavírus em suas lojas físicas nesta reabertura. “Estamos cumprindo todas as determinações e muito mais para que clientes e colaboradores se sintam seguros em nossas lojas”, enfatiza.
Mas, como nasceu a marca Endy Mesquita? Segundo a empresária, essa é uma história que tem origem no dom de sua mãe, Dorinha, como costureira e figurinista de escolas de ballet em Maceió. Endy ajudava a mãe e aprendeu com ela algumas habilidades, como bordar pontos de cruz e fazer acessórios para as roupas das bailarinas. “Eu fazia coroas, bordados, e comecei a gostar desse tipo de trabalho, então, um dia, ao postar na internet colares que fiz, um para mim e outro para minha irmã, para irmos a uma festa, muita gente começou a perguntar onde tínhamos comprado. Comecei a fazer bijouterias para vender e chegamos até aqui”, conta.
“Quando terminei meu curso de arquitetura, e já fazia ballet, meu pai me perguntou se eu iria ser arquiteta, bailarina ou vendedora de bijouterias. E eu respondi que era vender minhas peças que me fazia feliz”, lembra Endy, que começou sozinha a construir seu empreendimento. “Foi difícil no começo porque eu não tinha capital de giro, não tive patrocínio, então, era vendendo uma peça e pegando o dinheiro para comprar mais material. Hoje eu acredito que isso tenha sido muito bom, porque eu comecei a valorizar mais cada centavo que entrava na minha empresa”, afirma a empresária, que tem hoje como sócios na parte administrativa dos negócios, o marido Gustavo e a irmã Tayná Mesquita.
A criação das peças é resultado do trabalho de Endy e de uma equipe contratada por ela, própria para isso. Em 2019, a empresária lançou uma coleção em homenagem ao Sururu, Patrimônio Imaterial de Alagoas, mas treinou e pagou a um grupo de mulheres do Vergel do Lago, indicadas pela ONG Instituto Mandaver, com sede nesse bairro, para a montagem das peças. Hoje, duas delas trabalham no Ateliê Endy Mesquita e outras se tornaram colaboradoras, mas ela quer levar adiante esse tipo de projeto social: “Além de ajudar socialmente essas pessoas, estamos incentivando o empreendedorismo local”.
Leia mais:
Mais de 250 mil seguidores no Instagram (pessoal e empresarial)
Fonte: Painel Alagoas