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26/04/2021 às 07h10

Geral

O “divino” poeta Dante Alighieri

Homenagens marcam os 700 anos da morte do símbolo universal da cultura italiana

Divulgação

Por Dora Nunes, de Milão, Itália

2021 marca o 700° aniversário de morte do poeta Dante Alighieri, autor da mundialmente conhecida “Divina Comédia”. Vinte e cinco de março foi instituído como o Dantedì - dia nacional dedicado ao culto e à memória de Dante. O artista, que nasceu em Florença em 1265, foi obrigado a deixar a cidade por ques­tões políticas, exilando-se primeiro em Verona, e em seguida em Ra­vena, onde morreu de malária, na noite entre 13 e 14 de setembro de 1321, aos 56 anos de idade. O fu­neral do artista foi celebrado na Basílica de San Francesco e ao lado, erguida sua tumba, cujos arredores são conhecidos até a atualidade como “Zona Dantesca”. 

Em toda Itália um intenso ca­lendário de eventos presta homenagem ao símbolo universal da cultura do país. Na Catedral de Milão, de 7 de abril a 15 de julho, será realizado o “Dante in Duomo”, espetáculos que apresentarão “100 Canções em 100 Dias”, ou seja, a leitura completa da Divina Comédia. Sob a direção ar­tística de Massimiliano Finazzer Flory, com a colaboração dos músicos do Tea­tro alla Scala e dos alunos do Piccolo Teatro di Milano, será encenada diariamente a leitura de um Canto de Dante. As exibições seguem as restrições impostas pela emergência sanitária. A entrada é gratuita, com reserva obrigatória.

A vida do poeta Dante Alighieri foi marcada por intenso ativismo po­lítico e também muita produção ar­tística. Casado com Gemma, com quem teve 4 filhos, foi o amor intenso por Beatrice, morta em 1290, que o jogou em uma profunda crise exis­tencial da qual se recuperou dedicando-se à teologia e à poesia.  No poe­ma “A Divina Comédia”, Dante descreve uma viagem feita por sua alma por um itinerário dividido em três estágios bastante simbólicos: O Inferno, O Purgatório e O Paraíso. A viagem dura 3 dias e começa na Sexta-Feira Santa do ano 1300 que no calendário então utilizado era precisamente o dia 25 de março. O Poeta volta à vida terrena na Páscoa, consciente de novas perspectivas diante da sua existência.

Considerada a obra-prima de Dante Alighieri, a Divina Comédia ainda é compreendida muitos séculos depois, tornando-se protagonista da cultura pop e inspiraração para várias obras literárias, gráficas e até filmes. A obra consiste em 14.233 versos hen­decassílabos (com 11 métricas) e está subdividida em 100 cantos, agrupados em 3 cantigas: 34 cantos compõem o Inferno, que tem mais um prefácio, 33 para o Purgatório e 33 para o Paraíso. A cronologia histórica considera, aproximadamente, o Inferno sendo iniciado por volta de 1306-1307, o Purgatório concluído antes de 1316 e o ​​Paraíso estendido entre 1316 e 1321. 

Por meio das 3 passagens, Dan­te fará a jornada que o levará do co­nhecimento do mal à aquisição do Bem Supremo, que é a visão de Deus. A obra descreve a longa jor­nada simbólica feita pelo artista aos trinta e cinco anos, em um mundo imaginário baseado na concepção cristã da vida após a morte da sua época. Durante o  trajeto, o escritor encontra muitas figuras históricas e as suas idéias sobre a situação política contemporânea e a evolução do seu estilo e poética emergem. 

No INFERNO, o protagonista passará pela visão das almas dos condenados, fortemente perturbadas por seus sofrimentos. As faltas são distribuídas nos nove círculos pro­por­cionais à sua gravidade e são punidas pontualmente de acordo com a lei da retaliação. 

No PURGATÓRIO, os dois poe­tas, Dante e Vírgilio, continuam sua jor­nada e sobem em direção à mon­ta­nha do Purgatório: aqui as almas pe­cadoras podem expiar seus pe­ca­dos. Somente no final desta expiação eles serão capazes de ascender ao céu.

No PARAÍSO, na parte final do Pur­gatório, Virgílio é substituído por Beatrice, que a partir daí, conduzirá Dante, que continua sua jornada de pu­rificação chegando ao Paraíso, onde encontrará as almas que podem desfrutar da paz eterna.


Fonte: Painel Alagoas

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