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10/04/2012 às 19h45

Geral

Antônio Albuquerque e Marcelo Cabeção têm bens bloqueados pela Justiça

Motivação é a Operação Taturana

A Justiça bloqueou os bens do deputado Antônio Albuquerque, do ex-deputado Dudu Albuquerque, do empresário Marcelo Cabeção e do servidor público José Roberto Menezes, todos envolvidos nas investigações da Operação Taturana. A determinação do bloqueio é para bens móveis e imóveis até R$ 700 mil.

A decisão foi motivada pela compra de uma casa no luxuoso condomínio Aldebaran, em Maceió, por Dudu Albuquerque, suspeito de pagar o imóvel com recursos públicos da Assembleia Legislativa de Alagoas.

Por causa dessas investigações, o deputado Antônio Albuquerque e mais 12 parlamentares chegaram a ser afastados dos mandatos na legislatura anterior. A Justiça também bloqueou recentemente as contas bancárias do deputado federal Artur Lira, outro denunciado na Operação.

Veja texto da decisão dos magistrados André Avancine, Alexandre Machado de Oliveira e Gustavo de Souza Lima:

No presente caso, observa-se que os elementos de convicção até então colhidos e colacionados aos autos, dão conta da suposta compra de um imóvel residencial pelo requerido Edwilson Fábio de Melo Barros, em um condomínio de luxo, com o dinheiro destinado à Gratificação de Apoio Parlamentar – GAP, dirigida a seu gabinete, como deputado estadual, negócio, cujo valor, R$ 700.000,00 (setecentos mil reais), à época, seria incompatível com a sua renda.
Nesse sentido, compulsando-se os autos, há diversos trechos de diálogos telefônicos realizados entre o referido imputado e um dos vendedores do imóvel, o empresário Marcelo José Martins dos Santos Filho, onde eles tratam da referida venda, com o pagamento a ser realizado com a verba da GAP, em 14 (catorze) parcelas, no valor unitário de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), inclusive com detalhes relativos aos valores a serem destinados a cada um deles. Tal ocorrência é corroborada pelo próprio empresário, ao afirmar, em depoimento prestado à Polícia Federal, que recebida as parcelas, em dinheiro, diretamente de um servidor da Assembleia Legislativa, mais precisamente José Roberto Firmino de Menezes, então Diretor de Recursos Humanos da referida casa, o que causa grande estranhamento, na medida em que contas pessoais de um deputado são pagas por um servidor encarregado apenas de cuidar da gestão de pessoal do órgão, demonstrando, assim, a plausibilidade da acusação que pesa contra eles, relativo a prática de atos de improbidade administrativa. No mesmo sentido, pode-se enquadrar a conduta do imputado Antônio Ribeiro de Albuquerque, pois, segundo os diálogos telefônicos realizados entre diversos envolvidos e interceptados pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, ele não somente teria conhecimento da suposta origem ilícita do dinheiro para o pagamento do imóvel, como foi um dos arquitetos do plano para efetuar a sua quitação com a verba da GAP, inclusive, na qualidade de Presidente da Assembleia Legislativa, em várias ocasiões, teria se apoderado da verba, mesmo sem o consentimento dos demais agentes da negociata.


Fonte: Redação com Tudo na Hora

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