Em 2023, segundo o Observatório da Criança e do Adolescente, o Brasil registrou 240.402 bebês com baixo peso ao nascer. No Nordeste, foram 62.825 casos (8,9%). Em Alagoas, 3.833 (8,2%) ocorrências. Com o objetivo de conscientizar acerca dos desafios dos nascimentos prematuros, foi criada a campanha Novembro Roxo.
A prematuridade ocorre quando um bebê nasce antes das 37 semanas de gestação, acarretando consequências graves para a saúde do recém-nascido. “Dependendo de quando nasce, ele é classificado como prematuro moderado (entre 32 e 37 semanas), muito prematuro (28 e 32 semanas) ou extremamente prematuro (menos de 28 semanas). Vários fatores podem levar a isso, incluindo gravidez múltipla, hipertensão, diabetes gestacional, infecções diversas e problemas com o colo do útero”, explica Julio Oliveira, coordenador do curso de Enfermagem da UNINASSAU Maceió.
De acordo com Oliveira, esse tipo de nascimento chega de surpresa para muitas famílias, mudando drasticamente a rotina e gerando incertezas sobre o futuro do bebê. “Os primeiros dias e meses de vida de um recém-nascido prematuro são críticos. Muitos enfrentam complicações respiratórias devido à imaturidade dos pulmões e necessitam de suporte ventilatório. Além disso, a suscetibilidade a infecções é maior, requerendo um ambiente controlado e vigilância constante”.
Bebês prematuros enfrentam riscos aumentados, como dificuldades respiratórias, infecções, problemas no desenvolvimento neurológico e na alimentação. “Requerem, ainda, cuidados especiais, como internações prolongadas em unidades de terapia intensiva. Contudo, a dedicação dos pais, uma rede de apoio consolidada e uma equipe de saúde preparada minimiza algumas dessas complicações”, enfatiza o coordenador.
Para reduzir o risco de parto prematuro, é crucial a gestante ter acompanhamento pré-natal adequado, manter um estilo de vida saudável, boa alimentação e hidratação, assim como realizar exercícios leves, evitar álcool, cigarro e drogas e controlar o estresse. “Manter condições clínicas preexistentes ou adquiridas na gestação, como diabetes e hipertensão, sob controle, prevenir infecções de um modo geral e planejar adequadamente o intervalo entre gestações também são importantes”, finaliza Julio Oliveira.
Fonte: Assessoria UNINASSAU Maceió