Desde os primeiros dias de vida, todo ser humano desenvolve uma marca única e pessoal, que o acompanha por toda a sua existência. Essa identidade, que está presente nas palmas das mãos, é fundamental não só para a caracterização da pessoa, mas também para a sua identificação em diversas situações, incluindo em locais de crime.
O perito criminal Lincoln Machado da Sessão de Microvestígios do Instituto de Criminalística de Maceió explicou que impressão digital é única, o que torna impossível a duplicação ou confusão entre as marcas de diferentes indivíduos. Isso a torna uma ferramenta essencial na investigação criminal durante o trabalho do perito criminal no local do crime.
Ele explicou que por ser uma assinatura invisível do criminoso na cena do crime, não é fácil identificar, coletar, analisar e comparar essas impressões, um processo vital para a elucidação de crimes.
Por isso, a sessão está investindo em treinamentos de levantamento papiloscópico para os peritos que compõem as equipes de externa, a fim de tornar o combate à violência no Estado mais eficaz.
Inicialmente, o curso de levantamento papiloscópico foi direcionado para os peritos lotados no setor de crimes contra a vida, crimes contra o patrimônio e crimes de trânsito do ICM.
Mas, a ação educativa sobre aplicação de técnicas de revelação e coletas papiloscópicas e como identificar vestígios com qualidade técnica para confrontação no sistema ABIS também serão levadas para os peritos do IC de Arapiraca.
“Eu e o perito Nicolas Passos estamos apresentando para eles matchs realizados pela Seção de Microvestígios e o conhecimento acerca de áreas de interesse papiloscópico em locais de crime e veículos automotores. Essa teoria é colocada em prática, com os peritos revelando vestígios papiloscópicos em dezenas de suportes diferentes, que simulam objetos que foram tocados em locais de crime, como também simulamos um levantamento papiloscópico em veículo,” esclareceu Lincoln.
Preservação de local de crime
Com a realização dessa série de cursos, a Seção de Microvestígios do ICM espera potencializar os resultados de positivação papiloscópica em cenas de crime. Mas, eles ressaltam a importância do respeito da população ao isolamento e preservação dos locais de crimes. Intervenções podem prejudicar o trabalho do perito criminal na coleta das impressões digitais.
Fonte: Ascom Polícia Científica