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21/04/2025 às 16h30

Geral

Ritual do Conclave define escolha do novo Papa após morte de Francisco

O processo, chamado de Conclave termo derivado do latim "cum clavis", que significa “fechado à chave” — é regulado nos mínimos detalhes pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, estabelecida por João Paulo II em 1996

Foto: FreePik

Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica entra em um processo tradicional e rigoroso para a escolha de seu novo líder. O futuro pontífice será eleito pelos 138 cardeais com menos de 80 anos que integram o Colégio Cardinalício, entre eles quatro portugueses.

O processo, chamado de Conclave  termo derivado do latim "cum clavis", que significa “fechado à chave” — é regulado nos mínimos detalhes pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, estabelecida por João Paulo II em 1996. O ritual é cercado de absoluto sigilo e tradição.

Isolamento total

Durante o Conclave, os cardeais ficam completamente isolados. É proibido qualquer tipo de comunicação com o exterior: nada de cartas, telefonemas, jornais, rádio ou televisão. A ideia é evitar qualquer tipo de influência externa. O sigilo se estende também aos funcionários do Vaticano que trabalham nos bastidores durante o processo. Quem quebrar essa regra pode ser punido com a excomunhão.

O início do Conclave ocorre entre 15 e 20 dias após a morte (ou renúncia) do Papa, para que todos os cardeais possam chegar a Roma. A abertura do processo é marcada pela Missa Pro Eligendo Pontifice (“Para a eleição do Pontífice”), na qual se pede orientação espiritual para a escolha do novo líder da Igreja.

Em seguida, os cardeais se dirigem em procissão até a Capela Sistina, onde ocorrerá a votação. Lá, entoam o cântico Veni Creator Spiritus (“Vem, Espírito Criador”) e juram, um a um, manter o segredo absoluto sobre tudo o que se disser e decidir no Conclave.

Após esse ritual, os que não participam da eleição, como o Mestre das Celebrações Litúrgicas, são retirados com a ordem “Extra omnes” (“Todos fora”), e as portas da Capela Sistina são fechadas, sob guarda da Guarda Suíça.

Como acontece a votação

A eleição acontece sob absoluto sigilo. Para ser eleito, o novo Papa precisa de dois terços dos votos. São realizadas até quatro votações por dia — duas pela manhã e duas à tarde. Após cada rodada, os votos são queimados em um forno especial, e a fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina indica o resultado: preta, se nenhum nome tiver atingido a maioria necessária, ou branca, quando há um novo Papa.

Se, após três dias de votações, nenhum candidato for escolhido, é feita uma pausa para oração e reflexão. Em seguida, os cardeais retomam a votação com até sete novas rodadas. Se ainda assim não houver consenso, pode-se adotar o critério de maioria absoluta.

Durante os dias que antecedem o Conclave, os cardeais se reúnem para discutir os desafios da Igreja e traçar o perfil ideal para o novo Papa — alguém que seja, ao mesmo tempo, pastor, teólogo, diplomata e poliglota, especialmente com fluência em italiano, a língua oficial do Vaticano.

Os cardeais não podem se candidatar explicitamente, nem firmar acordos ou promessas entre si. Também não é permitido votar em si mesmo.

A escolha do novo Papa

Ao final da eleição, o escolhido é questionado se aceita o cargo. A tradição diz que deve "submeter-se humildemente à vontade divina". Ele então escolhe o nome pelo qual será conhecido.

Foi assim que Jorge Mario Bergoglio, cardeal argentino e jesuíta, tornou-se o primeiro Papa da América Latina e escolheu o nome Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis, o santo dos pobres.

Após aceitar o cargo, o novo Papa se veste com a batina branca e é apresentado ao mundo na sacada da Basílica de São Pedro. O anúncio é feito com a tradicional frase “Habemus Papam” (“Temos um Papa”), seguida da bênção Urbi et Orbi (“à cidade e ao mundo”).

O sucessor de Francisco será o 267º Papa da história da Igreja Católica.


Fonte: Noticia Sao Minuto

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