Professor e pesquisador Pierre Escodro (C) com sua equipe do Grupequi no evento em São Paulo
A ozonioterapia como tratamento eficaz para a saúde animal foi destacada e premiada no 7° Encontro Científico Internacional de Ozonioterapia, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ozônio e suas Aplicações, realizado em São José dos Campos (SP), na última semana de abril. A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foi uma das instituições apontadas como referência na área por meio dos trabalhos desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Equídeos e Saúde Integrativa (Grupequi), vinculado ao curso de Medicina Veterinária.
O evento, voltado tanto para a saúde humana quanto para veterinária, reuniu especialistas, pesquisadores e profissionais de diferentes áreas, promovendo um ambiente de troca de experiências, apresentação de novas pesquisas e rede de contatos de alto nível. A Ufal conquistou espaço e honrarias com a apresentação de nove trabalhos científicos em formato oral e quatro banners expondo pesquisas de destaque, todos apresentados por alunas e alunos da graduação. Ao final do evento, foram premiados três relatos de casos e três trabalhos de pesquisa. A Ufal ganhou metade de todos os prêmios.
O professor Pierre Escodro ainda ministrou a palestra Ozonioterapia na Medicina Veterinária do Coletivo, conectando todo o uso da ozonioterapia na condição de cães em abrigos e pós-cirúrgicos; e a pesquisadora do Grupequi, Juliana Bernardo, ministrou uma palestra sobre a ozonioterapia como uma perspectiva no controle de mastite bovina.
Pesquisas premiadas já são referências
O Grupequi da Ufal tem ganhado cada vez mais notoriedade nacional na área de ozonioterapia veterinária. E uma das suas pesquisas apresentadas no evento em São Paulo, intitulada Validação do uso da água ozonizada na sanitização e prevenção de mastite em bovinos leiteiros, conquistou o 2° lugar na categoria de Trabalho Científico.
Instituições como Embrapa e outros órgãos voltados para a saúde animal já demonstraram interesse na implantação da técnica utilizada pelo Grupequi. “Os trabalhos da ozônio na mastite subclínica e na prevenção de mastite podem revolucionar toda a questão sustentável do combate a essa afecção, que é uma das mais importantes da bovinocultura leiteira do mundo. Pensando numa técnica que não tem resíduo e que não tem resistência antimicrobiana, realmente, a gente passa com interesse internacional, a partir dos trabalhos da Ufal”, destacou Pierre.
Segundo o pesquisador, a técnica pode ser implantada de maneira comercial, buscando sustentabilidade e eficácia nessa problemática terapêutica da bovinocultura leiteira. A Capes e a Fapeal também estão apoiando as pesquisas do grupo nessa área.
O encontro científico premiou ainda, os trabalhos Manejo clínico de glaucoma e úlcera de córnea com uso de ozonioterapia em paciente cardiopata, com o 3° lugar na categoria Reato de Caso, e Autohemoterapia maior ozoniada em anidrose termogênica, que alcançou o 1° lugar da mesma categoria.
“Saber que estamos contribuindo para o desenvolvimento da ozonioterapia e da ciência é profundamente gratificante. É a certeza de que estamos no caminho certo. Esse prêmio vai além de uma conquista acadêmica. Ele mostra que todo cuidado, dedicação e sensibilidade realmente fazem a diferença. Ter contribuído para um bom resultado já foi gratificante e ser reconhecida por isso tornou tudo ainda mais especial”, reforçou Larissa Meneses, uma das autoras do trabalho eleito como melhor relato de caso do evento internacional.
Novas conquistas
Já neste mês de maio o Grupequi participou do Simpósio Internacional do Cavalo Atleta, promovido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), levando seis trabalhos. Um dele se destacou como o 4° melhor do evento na área de Fisiologia do exercício, treinamento e bem-estar.
A estudante Juliana Calixto apresentou o trabalho no Simpósio, intitulado Avaliação da escala Grupequi-Ufal em equídeos de tração urbana, tema de atuação da pesquisadora que também lhe rendeu o prêmio de Excelência Acadêmica no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) da Ufal.
Fonte: Ascom Ufal