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26/07/2025 às 18h30

Geral

Profissionais da educação municipal compartilham suas trajetórias com a escrita

Mostrando que a literatura é um universo de descobertas e aprendizagens, servidores inspiram novas gerações

Ao dividir suas histórias, esses profissionais plantam sementes que florescem em novos talentos. - Edivaldo Florêncio/Ascom Semed

No mundo, há bilhões de pessoas, e cada uma delas carrega inúmeras histórias para contar. Na Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), diversos talentos se encontram e, em celebração ao Dia do Escritor, comemorado em 25 de julho, quatro profissionais compartilharam suas trajetórias e a forte ligação que mantêm com a literatura e a escrita.

A escrita, muitas vezes iniciada como um refúgio ou um hobby, tornou-se, para esses profissionais, uma extensão do seu compromisso com a educação. Entre planejamentos pedagógicos e rotinas escolares, encontraram na literatura um espaço para refletir sobre a vida, registrar memórias e provocar reflexões.

Professor da rede há anos, João de Oliveira Filho já publicou diversos livros com histórias fascinantes que remetem às suas vivências, especialmente de sua terra natal, Chã Preta.

“Eu tive minha vida transformada pelos livros. Minha mãe trabalhava como costureira, morávamos em uma casinha pobre, de taipa, e um dia ela chegou com uma enciclopédia de seis livros em casa. Ela comprou aquela enciclopédia mesmo com dificuldade financeira, e esses livros abriram minha visão de mundo e despertaram em mim o desejo pelo conhecimento”, relata.

Para João, escrever é uma forma de eternizar experiências e transmitir conhecimento de maneira leve, envolvente e acessível a todos. Ele conta que, durante seu percurso, produziu obras de diversos gêneros, algumas, inclusive, servindo como material de estudo.

“Durante o curso de Geografia na Ufal, desenvolvi um estudo sobre o espaço geográfico de Chã Preta, que até hoje é utilizado pelos alunos. E, na pandemia, revisitei minhas memórias de infância no interior, e delas nasceu o livro Memórias de um Menino do Interior, com 50 histórias cheias de afetos e vivências. Mais tarde, realizei um sonho antigo e escrevi um livro infantil, onde tudo é possível e os sonhos ganham vida. A inspiração nasceu da minha paixão pelas estrelas”, compartilha.

Vanessa Alencar, jornalista que atua na assessoria de Comunicação da Semed e autora de quatro livros, também se destaca como uma verdadeira artesã das palavras. Seguindo um caminho mais poético, ela expressa que a escrita e a literatura são, para si, formas de salvação.

“Minha paixão pela escrita e pelos livros começou na infância. Meus pais sempre foram leitores vorazes e, antes mesmo de aprender a ler, eu já gostava dos livros. Gostava de folhear, de sentir os livros, o cheiro deles. Sempre vi a literatura como um universo encantador, onde você pode passar horas com a realidade suspensa, mergulhado numa história completamente diferente da sua. Isso é enriquecedor para qualquer pessoa”, revela.

Ela complementa dizendo que, como comunicadora e escritora, acredita que a leitura e a escrita têm o poder de incentivar e transformar diversas gerações, especialmente crianças e adolescentes.

Inspiração e conhecimento

Entre palavras e experiências, é notório como a escrita pode despertar sonhos e ampliar horizontes. Ao dividir suas histórias, esses profissionais plantam sementes que florescem em novos talentos.

Cristina Maria Nolasco é professora há mais de vinte anos e conta que começou a escrever ao criar histórias para as crianças durante as aulas e eventos.

“Uns três anos atrás, enquanto contava histórias para as crianças do CMEI onde trabalho, percebi que, de tanto repetir as mesmas histórias, elas já conheciam todos os livros da biblioteca. Foi então que me pediram para inventar uma nova. Como gosto muito de borboletas, criei ali mesmo a história de A Borboleta Adormecida, que acabou se tornando meu primeiro livro. As crianças gostaram tanto que, assim que saí da sala de aula, fui direto para a sala dos professores e rascunhei tudo que havia contado”, explica.

Cristina destaca que a história fala sobre superação e amizade, sendo muito especial para ela, pois marcou o início de sua trajetória como escritora.

“Eu sempre digo que ser escritor é inspirar. Inspirar as crianças a lerem, a sonharem e, quem sabe, também se tornarem escritores. Sinto que essa é uma missão minha: tirar as crianças das telas e ajudá-las a adquirir conhecimento”, enfatiza.

Assim como os demais, Rosival Lourenço, também professor do município, revela que seu interesse pela escrita nasceu na infância, e desde então transformou sua vida.

“Minha relação com a escrita começou quando li Dinheiro do Céu, do Marcos Rey. Aquela leitura me marcou profundamente e despertou em mim o interesse não só por ler, mas também por escrever. A partir daquela experiência, comecei a me arriscar rascunhando ideias e descobrindo, aos poucos, o prazer da criação literária. Já publiquei vários livros, sendo um deles um livro de contos chamado Retratos de Maceió”, conta Rosival.

Ele acredita que, da mesma forma como foi cativado pela literatura, outros jovens também podem iniciar suas trajetórias, especialmente quando incentivados pelos educadores.

“Na nossa rede há escritores e artistas fantásticos, que refletem, através de seus talentos, conhecimento e esperança para os estudantes. Então, para mim, ser escritor é estar no extremo de mim mesmo”, conclui.


Fonte: Ascom Semed

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