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29/09/2025 às 15h00

Geral

Mais de duas mil estudantes participam da Olimpíada Quimeninas em Alagoas

Pela Rede Estadual, 362 alunas de 19 escolas se submeteram à prova, que busca empoderar jovens estudantes e ampliar a presença feminina nas áreas de ciências da natureza

Fonte: Reprodução

Duas mil e noventa e cinco estudantes alagoanas participaram da edição 2025 da Olimpíada Quimeninas — a Olimpíada Feminina de Química do Programa Nacional de Olimpíadas de Química (PNOQ). A iniciativa visa incentivar e empoderar meninas no estudo da Química, promovendo a igualdade de gênero nas ciências e despertando o interesse das jovens por carreiras científicas. Pela Rede Estadual, 362 alunas de 19 escolas se submeteram às provas que foram aplicadas nos dias 25 e 26 de setembro.

Criado para ser um espaço de estímulo e formação, o programa é exclusivo para alunas do ensino médio que desejam se preparar para olimpíadas científicas e aprofundar seus conhecimentos na disciplina. A proposta é promover igualdade de gênero na ciência, oferecendo às participantes atividades que vão muito além das aulas tradicionais.

Entre as ações do programa estão aulas preparatórias, simulados, palestras com pesquisadoras, mentorias individuais e projetos práticos, que aproximam as estudantes do universo científico. Além disso, as meninas têm acesso a oportunidades de bolsas, programas de extensão e contatos com redes de apoio que fortalecem sua trajetória acadêmica.

“A Quimeninas é muito mais que uma competição: é um movimento de empoderamento, visibilidade e incentivo à participação das meninas nas ciências, não somente na Química. Em 2025, o público participante se manteve em números totais o mesmo do ano passado — mesmo assim, é um sinal de engajamento — onde esperamos que fortaleça e inspire futuras cientistas e mostrar que a Química é, sim, um campo para todas. Cada menina que participa está reescrevendo narrativas, quebrando barreiras e construindo um futuro onde a ciência é feita por quem tem paixão — independentemente do gênero”, frisa o coordenador da olimpíada em Alagoas, professor Demetrius Morilla, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal).

Impacto nas alunas

A Escola Estadual Moreira e Silva, no Cepa, foi uma das instituições que participaram da olimpíada, com 35 alunas inscritas. Durante a aplicação das provas, alunas da 1ª série do ensino médio destacaram a relevância da experiência. Maria Gabriela dos Santos, por exemplo, contou que decidiu participar por acreditar na importância de ampliar a presença feminina na Química.

“Achei interessante e decidi fazer porque poucas meninas participam. Acho que é um bom jeito de aprender química e treinar, porque quando a gente se prepara, a gente aprende melhor”, explicou.

Já Cecyllia Santana ressaltou que a iniciativa trouxe conteúdos que não são vistos diariamente em sala de aula: “Achei interessante porque teve assuntos novos e é muito bom poder realizar a prova. A Quimeninas é um tipo de experiência que incentiva as meninas na área das ciências, e isso faz toda a diferença”.

Por outro lado, a estudante Ana Clara Calixto Borges destacou o caráter desafiador da prova: “Gostei bastante. A Quimeninas incentiva as meninas a estudarem mais e apresenta questões que vão além do nível básico, com conteúdos mais avançados do que costumamos ver na escola. É realmente uma forma de testar nossa capacidade”.

Professor das três, Jonathan Augusto da Silva fala que a Quimeninas rompe com estereótipos de que as carreiras das exatas e das ciências da natureza não são para o público feminino, promovendo o despertar e descoberta de talentos na área.

“A Quimeninas foi criada exatamente para quebrar essa barreira. Ao apresentar a competição como uma olimpíada pensada para incentivar e dar protagonismo às meninas na ciência, mesmo alunas inicialmente resistentes à ideia de competir nesta área se sentiram mais motivadas e acolhidas. O resultado prático é visível, pois o número de inscritas para a Quimeninas em nossa escola superou o de participantes que conseguimos para a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Química este ano. Esse engajamento é uma prova concreta de que o interesse existe e floresce quando há o incentivo correto e um espaço seguro. E o resultado esperado vai além de medalhas: a Quimeninas é uma ferramenta poderosa de empoderamento. Nossas estudantes já são extremamente capazes e brilhantes; o que essa olimpíada faz é oferecer um espaço”, avalia Jonathan.

A Olimpíada

O Quimeninas é realizado em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Associação Brasileira de Química (ABQ). Conta ainda com o apoio de importantes instituições como CNPq, CFQ, ABICLOR, ABIQUIM, MEC e MCTIC, além do envolvimento de institutos de ensino superior de todo o país.


Fonte: Ana Paula Lins e Yasmin Henrique

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