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06/11/2025 às 15h00

Geral

Alunos e educadores da Semed lançam livros em mais um dia de Bienal

Projetos literários da rede municipal transformam estudantes e professores em autores e protagonistas das próprias narrativas

Foto: Ascom Semed

É com imaginação e criatividade que as histórias que nascem nas salas de aulas ganham forma. No estande da Secretaria Municipal de Educação de Maceió(Semed), na 11ª Bienal do Livro de Alagoas, estudantes e professores da rede municipal apresentaram seis novas obras literárias, resultados de projetos que estimulam a escrita, a leitura e o protagonismo dos alunos.

Na tarde dessa quarta-feira(5), o espaço recebeu o lançamento de seis obras literárias que refletem o potencial criativo da rede municipal. Entre elas, o projeto 'Pequenos Autores", com textos produzidos por alunos Centro de Educação Infantil Municipal(CMEI) João XXIII, e também o projeto "Escritores Nascem na Escola – Maceió: Um olhar para a cultura local", reunindo obras dos estudantes da Escola Municipal Paulo Bandeira e da Escola Brandão Lima, frutos de ações que incentivam o gosto pela leitura e pela escrita desde a infância.

Outros títulos como Lobinho, o Cão Sem Teto, Um Metro e Sessenta e Oito, Frederico: Um Burrinho Sabido e A Festa no Castelo do Alfabeto foram lançados por professores da rede, reafirmando o talento e o compromisso dos educadores com a literatura e a formação de novos leitores.

Estiveram presentes o secretário municipal de Educação, Luiz Rogério; a subsecretária de Gestão Pedagógica, Tânia Almeida e a subsecretária de Gestão Educacional da Semed, Marina Toledo, que acompanharam de perto cada lançamento e destacaram a importância de valorizar a produção literária dentro das escolas.

“É um dia muito especial para a educação de Maceió. Estamos aqui com nossos pequenos autores e com educadores que também lançam suas obras, celebrando o talento e o compromisso com a literatura. Além disso, nossos alunos estão recebendo o Vale-Livro, uma iniciativa que estimula o acesso à leitura e fortalece o vínculo das crianças com o universo literário”, ressaltou o secretário.

Protagonismo estudantil

O estudante João de Oliveira, do 8º ano da Escola Municipal Paulo Bandeira, participou do projeto Escritores Nascem na Escola e teve seu poema Sonho Levado pela Água publicado na coletânea de textos produzidos pelos alunos.

“Foi uma forma de colocar em palavras o que eu via e sentia naquele momento. Estar aqui hoje, lançando o livro, é uma grande honra. Espero que as pessoas leiam e também se inspirem a escrever mais poemas, crônicas e outros gêneros”, contou.

“A minha crônica eu escrevi quando tinha 12 anos, inspirada em uma viagem que fiz com meu pai para a praia. Foi uma experiência muito especial, que me fez querer colocar em palavras o amor pela minha cidade. Estar aqui hoje, lançando esse texto, é uma sensação muito boa. Eu gosto muito de escrever redações e histórias, e cada vez que escrevo sinto vontade de continuar”, compartilha Lethycia Maria, de 15 anos, estudante do 9° ano na escola municipal Padre Brandão Lima.

Cristiane Guedes é professora do CMEI João XXIII há 18 anos e conta que o projeto Pequenos Autores nasceu do desejo de tornar as crianças protagonistas de suas próprias histórias. “São alunos do segundo período, com apenas 5 anos, que criam narrativas cheias de imaginação e sentimentos. Nós professores atuamos apenas como escriba, registrando as palavras deles. Com o tempo, surgiram histórias encantadoras, dignas de qualquer autor. São relatos que falam de família, brincadeiras, meio ambiente e laços afetivos. Um verdadeiro tesouro construído pelos nossos pequenos autores”.

Dentro das escolas

A professora Adda Pereira, que atua há 24 anos na rede municipal e hoje é coordenadora pedagógica da Escola Municipal Luiz Pedro da Silva II, compartilhou como a experiência em sala de aula foi o ponto de partida para sua trajetória como escritora.

“Eu só sou escritora porque, primeiro, fui professora. Minha vivência alfabetizando, coordenando e dirigindo escolas me inspirou a escrever livros que dialogam com o universo da alfabetização. Hoje estou aqui lançando mais um título, A Festa no Castelo do Alfabeto, que celebra a importância das letras e da imaginação. Escrever para as crianças é meu maior prazer, porque é uma forma de continuar ensinando e de ver o aprendizado se transformar em encantamento”, contou.

Islan Lisboa é professor da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) na Escola Municipal Jaime de Altavilla, e também compartilhou como a docência influencia sua escrita. “As experiências em sala de aula e o contato com os alunos sempre me inspiraram a escrever. Um bom escritor precisa ser, antes de tudo, um bom ouvinte, e é ouvindo essas histórias que encontro material para criar as minhas.”

Trazendo o lançamento da sua terceira obra para a Bienal, o livro Um Metro e Sessenta e Oito, ele expressa gratidão pela oportunidade: “Estar aqui, com o apoio da Semed, é uma sensação de acolhimento e valorização. É muito importante ver a rede abrindo espaço para os professores-autores e para as vozes que nascem dentro da própria escola”.


Fonte: Ascom Semed

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