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27/11/2025 às 15h00

Geral

Negócios de Impacto transforma o sururu em referência nacional em economia circular

Modelos como o “Sururu: Conchas que Transformam” geram oportunidades, promovem inclusão produtiva e fortalecem comunidades

Foto: Ascom Sedics

Alagoas tem avançado de forma consistente na agenda de desenvolvimento sustentável, impulsionando Negócios de Impacto que geram oportunidades, promovem inclusão produtiva e fortalecem comunidades em todo o estado. Sob a liderança da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), o Governo de Alagoas tem buscado estruturar políticas que estimulam a economia circular e valorizam iniciativas inovadoras, criando um ambiente favorável para que iniciativas como “Sururu: Conchas que Transformam” ganhem escala e se consolidem como referência nacional em impacto socioambiental.

Símbolo da identidade alagoana e sustento de centenas de famílias no Vergel do Lago, o sururu sempre ocupou lugar central na cultura local. Mas, por décadas, suas conchas, descartadas nas ruas e às margens da lagoa, representaram um problema ambiental e um desafio para a cidade. Foi a partir dessa realidade que surgiu uma solução inovadora, um modelo de economia circular capaz de transformar toneladas de resíduos em design, renda e oportunidade.

Desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), em parceria com a Portobello, empresas privadas, designers e artesãos alagoanos, o projeto “Sururu: Conchas que Transformam”, criou uma cadeia produtiva que reaproveita as cascas do molusco para a fabricação de revestimentos e cobogós. A iniciativa une tecnologia, tradição e criatividade, valorizando o material que antes era descartado e levando o nome de Alagoas para vitrines nacionais e internacionais.

Economia que gira dentro da comunidade

O impacto social é um dos pilares da iniciativa. Entre os mecanismos inovadores está a compra das conchas de marisqueiras cadastradas, gerando dessa forma um complemento de renda para essas mulheres. O pagamento é feito por meio da Sururote, uma moeda social equivalente ao real, utilizada exclusivamente em estabelecimentos credenciados no Vergel do Lago, garantindo que os recursos movimentados pelas marisqueiras fortaleçam o comércio local e impulsionem o desenvolvimento da própria comunidade. Toda a operação ocorre por meio do Banco Laguna.

A Superintendência de Desenvolvimento e Sustentabilidade da Sedics acompanha e fortalece iniciativas como esta, que combinam inovação, geração de renda e proteção ambiental. Para a secretária Alice Beltrão, o Projeto Sururu representa exatamente o tipo de impacto que o Governo de Alagoas deseja ampliar. “A Sedics tem trabalhado para fortalecer Negócios de Impacto que valorizem nossa cultura, promovam inclusão produtiva e apontem caminhos para um desenvolvimento mais sustentável e justo para todos”.

Além de gerar renda e reduzir impactos ambientais, o projeto tem expandido sua visibilidade institucional. Já foi apresentado em eventos especializados e reconhecido como um dos principais cases de economia circular do país, demonstrando potencial de escalabilidade e inspiração para políticas públicas.

Por meio da Superintendência de Desenvolvimento e Sustentabilidade, a Sedics tem liderado o Conselho Estadual de Investimento e Negócios de Impacto Socioambiental (Ceinisa), que busca parcerias para o desenvolvimento da política pública e agendas voltadas ao fortalecimento do ecossistema de impacto. Além disso, o conselho segue o plano de ações que compõem o acordo de cooperação técnica sobre o Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A superintendente Camila Marinho explica que mais do que um formato empresarial, os Negócios de Impacto são uma visão de futuro. “Para que algo seja considerado um Negócio de Impacto, é preciso ter como missão gerar transformação social ou ambiental, possuir um modelo financeiramente viável, ter o comprometimento com o monitoramento do impacto gerado e pode estar em qualquer estágio de desenvolvimento, desde uma ideia inicial até iniciativas já consolidadas”.

Ela reforça que não existe um “modelo único” de Negócio de Impacto, mas sim o compromisso com soluções que combinam economia, sustentabilidade e qualidade de vida.

Ao fortalecer negócios que unem tradição, inovação e compromisso social, Alagoas demonstra que o desenvolvimento econômico do futuro passa, necessariamente, pela valorização das pessoas e pelo cuidado com o meio ambiente.


Fonte: Ascom Sedics

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