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22/11/2014 às 13h18

Geral

Governador entrega Medalha do Mérito Marechal Deodoro a nove personalidades

Teotonio Vilela Filho presidiu, pela última vez em sua gestão, a entrega da Comenda da República que homenageia ilustres personalidades

Vilela ressaltou o merecimento de cada um dos prestigiados em receber a Comenda do Mérito da República Deodoro da Fonseca por suas contribuições para a cidadania

O governador Teotonio Vilela Filho presidiu, ao lado do secretário-chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado, a cerimônia de entrega da Medalha do Mérito da República Marechal Deodoro da Fonseca, na noite dessa sexta-feira (21), em solenidade no Memorial à República, no Jaraguá.

A condecoração é uma das maiores honrarias concedidas pelo Governo do Estado de Alagoas e, desde 2003, homenageia ilustres personalidades que se destacam por suas contribuições sociais e ao processo democrático brasileiro, no cenário não só estadual, mas também nacional.

Este ano, nove personalidades das áreas jurídica, política e social foram agraciadas. Receberam medalha e diploma os alagoanos André Luís Maia Tobias Granja, juiz federal, o ex- governador Divaldo Suruagy, a poetisa Maria Thereza Alves Jorge de Lima, filha de escritor Jorge de Lima, o empresário da rede de supermercados Palato, Paulo Cabús, o prefeito de Maceió, Rui Soares Palmeira, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Sérgio Rocha Cavalcanti Jucá e a secretária municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária de Maceió, Solange Jurema, além do senador por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira Filho e do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Durante seu discurso, o governador Teotonio Vilela Filho prenunciou sua última participação presidindo a solenidade como governador de Alagoas, em tom de orgulho e nostalgia.

"É um momento de grande responsabilidade, de enorme satisfação e de alguma nostalgia antecipada, pois agora me despeço dessa gigantesca honra que é, na condição de governador do Estado de Alagoas, em nome de um nossos conterrâneos mais ilustres, homenagear brasileiros e brasileiras notáveis", disse o governador.

Destacando momentos importantes da vida pública, política e social dos homenageados, o chefe do Poder Executivo estadual ressaltou o merecimento de cada um dos prestigiados em receber a Comenda do Mérito da República Deodoro da Fonseca por suas contribuições para a cidadania e a consolidação do espírito republicano.

"Por essa ótica, sob o mesmo céu que encimou o gesto de Deodoro da Fonseca, hoje Alagoas reconhece, nas senhoras e nos senhores aqui distinguidos por esta comenda, espíritos fortes, currículos marcantes, contribuições expressivas à cidadania – e, principalmente, exemplos a serem seguidos", destacou o governador.

Confira a íntegra do discurso do governador:

"Senhoras e senhores,
Boa noite.
 
Como cidadão, vivo um momento de felicidade e alívio. Estou encerrando meu período como Governador de Alagoas com plena consciência do dever cumprido, seguro – e mesmo orgulhoso – das decisões tomadas nesses oito anos de enormes desafios e dificuldades gigantescas.
 
Aliviado, mas saudoso.
 
Saudoso, confesso, em deixar de ter a honra e a felicidade de presidir momentos como este.
 
Esta é uma hora na qual tão-somente a sensação de bem-estar cidadão se manifesta.
 
Pois aqui, neste momento, Alagoas se ergue sobre seus próprios problemas, vários atávicos e de dificílima solução, e assume um pouco do protagonismo histórico que marca esta terra, seus filhos e suas filhas, ao longo de gerações de notáveis personalidades.
 
Esta terra alagoana é marcada também como sítio no qual aconteceram – e acontecem, e continuarão a acontecer – episódios que marcam a construção de nosso País.
 
Esta é a terra de Zumbi, de Calabar – lá no passado mais remoto da brasilidade.
 
Esta é a terra de Djavan, de Hermeto Pascoal, de Marta – agora, no momento presente.
 
Esta é a terra do Senador da Anistia, de quem me envaideço de ser filho, e de quem me esforço para seguir o exemplo político.
 
Esta é a terra de Floriano Peixoto e de Deodoro da Fonseca – este grande personagem que empresta seu nome à comenda que hoje estamos a entregar.
 
Durante oito anos, a cada novembro, aqui nos temos reunido para a cerimônia de entrega da Medalha do Mérito da República Marechal Deodoro da Fonseca.
 
Como já tive a satisfação de dizer, anos atrás, noutra solenidade como esta, é emblemático que a opção adotada de registrar, para sempre, o desenho das estrelas no céu do Brasil do dia 15 de novembro de 1889, possa nos fazer reunir, em Alagoas, todos os anos, sob as mesmas constelações, para celebrar o Proclamador da República.
 
Lá no alto, sobre nossas cabeças, – e acredito eu, como homem temente a Deus – sob os pés do Criador, estão posicionadas, na mesma forma, as estrelas e os astros que se posicionavam nas noites de novembro de 1889.
 
Lembro que a decisão pessoal, de certa forma autoritária, de Deodoro da Fonseca, foi o que garantiu o desenho definitivo de nossa bandeira nacional. Conforme registrado pelos historiadores, no dia 19 de novembro de 1889, uma nova bandeira foi levada até o proclamador.
 
O design, conforme diríamos hoje, lhe foi apresentado como fato consumado, já aceito pela maioria dos dirigentes do regime recém-instalado. E essa primeira bandeira do Brasil Republicano era uma cópia da bandeira dos Estados Unidos.
 
Deodoro da Fonseca não só discordou como se rebelou, se insurgiu contra a maioria de seus companheiros. E declarou o seguinte: “Senhores, mudamos o regime, não a Pátria! Nossa bandeira é reconhecidamente bela e não vamos mudá-la de maneira nenhuma!”.
 
Como preservar 100% da antiga bandeira era impossível, e Deodoro disso sabia, pois os símbolos monárquicos estavam no centro do pavilhão nacional, a solução para atender a ordem do proclamador era substituir apenas o brasão dos Bragança por outro símbolo, preservando as linhas e cores típicas do estandarte brasileiro.
 
Daí, a inclusão de um círculo no qual foi reproduzido o desenho astral do dia 15 de novembro de 1889.
 
Como convinha às determinações dadas pelo rigoroso Deodoro, a nova bandeira, seguindo suas determinações, foi refeita sem demora e, dizem os registros, oficializada no mesmo dia, 19 de novembro de 1889, no qual a caricatura do modelo gráfico americano foi recusada.
 
Desde então, o céu do Brasil, nos símbolos nacionais, reproduz essas noites de novembro. Cada novo estado que venha a se incorporar tem de ser representado segundo uma estrela real, em sua posição celeste no dia 15 de novembro de 1889, tal qual o nosso Estado de Alagoas é representado pela Teta do Escorpião.
 
Se as senhoras e os senhores olharem para o céu sobre nós, verão agora – com as pequenas diferenças características dos movimentos celestes nesses dias desde o dia 15 – o mesmo céu que viu, e abençoou, o gesto proclamador do nosso conterrâneo Deodoro da Fonseca, há 125 anos.
 
Por falar nisso, “fechamos” neste ano de 2014, mais uma data “redonda”: 25 lustros desde a Proclamação da República!
 
Como sabemos, um lustro corresponde a cinco anos, e a meia dezena é considerada uma referência mundial para as efemérides serem comemoradas de forma destacada.
 
Mas, retornando ao tema de antes, independentemente de lustros e décadas, para mim, como cidadão alagoano, este é um momento de grande responsabilidade, de enorme satisfação.
 
E de alguma nostalgia, antecipada, pois agora me despeço dessa gigantesca honra que é, na condição de Governador do Estado de Alagoas, em nome de um de nossos conterrâneos mais ilustres, homenagear brasileiras e brasileiros notáveis.
 
Aqui e agora, em nome – e no nome – do Proclamador da República, Alagoas homenageia personalidades que se destacam por suas atuações cidadãs e republicanas.
 
Nosso olhar, nosso critério, ao conceder esta comenda, foca não apenas os limites do Estado de Alagoas.
 
Antes, nosso olhar alagoano se estende para o Brasil, embora sem esquecer quem aqui, e daqui, contribui para a cidadania e para a consolidação do espírito republicano.
 
A partir dessa visão de mundo é que enxergamos os destaques merecedores de nossa Comenda do Mérito da República Deodoro da Fonseca.
 
Por essa ótica, sob o mesmo céu que encimou o gesto de Deodoro da Fonseca, hoje Alagoas reconhece, nas senhoras e nos senhores aqui distinguidos por esta comenda, espíritos fortes, currículos marcantes, contribuições expressivas à cidadania – e, principalmente, exemplos a serem seguidos.
 
 
ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO, em função de seu vastíssimo currículo, em decorrência do grande número de postos públicos nos quais seu nome brilhou e brilha, podemos dizer, verdadeiramente, que ESTÁ senador – depois de recentemente “bater na trave” para ser nosso Vice-Presidente da República – porque, antes de tudo, o senhor É um vocacionado ao protagonismo político. O senhor é um cidadão emblemático, representativo da coragem, da firmeza, da dedicação à causa pública.
 
Aloysio Nunes lutou e correu riscos como poucos no embate duríssimo contra o regime autoritário; viveu no exílio, no exílio complementou sua formação, retornou ao Brasil para atuar na linha de frente da redemocratização, destacando-se quer seja em postos no poder executivo, quer seja em mandatos legislativos.
 
Aloysio é um combatente incansável, é um cidadão que se renova na política sem abrir mão de seus princípios. Verdadeiramente, é uma voz que não se cala em defesa do que acredita como o melhor para o País e para a Democracia brasileira.
 
Aloysio Nunes Ferreira Filho, o senhor merece e Alagoas se orgulha em lhe outorgar esta Comenda Deodoro da Fonseca!
 
ANDRÉ LUÍS MAIA TOBIAS GRANJA: meu pai acompanhou os passos de seu pai, sendo meu pai mais velho que seu pai; Teotônio se orgulhando do sucesso do jornalista Tobias Granja. Seu pai foi o repórter enviado pelo saudoso Jornal de Alagoas para cobrir a entrevista na qual meu pai anunciava que fora diagnosticado com câncer, isto em 1982; no mesmo ano, meses mais tarde, seu pai era covardemente assassinado.
 
Eu, mais velho que você, passei a lhe acompanhar, de longe, e a me orgulhar de seu sucesso, de sua competência, de sua inteligência, de seu saber jurídico.
 
Orgulhamo-nos, eu e todos os alagoanos, de sua atuação como magistrado e de seu protagonismo, nas diversas áreas de gestão da Justiça Federal, em modernizar a prestação dos serviços jurisdicionais, levando e fazendo Justiça, de fato e de direito, a todos os cidadãos.
 
Oro a Deus para que me conceda vida longa para continuar a me orgulhar da trajetória de um jovem como você, e a cada destaque que projete seu nome, lembrar-me de seu pai, amigo de meu pai, e, do fundo de meu coração, dirigir-me a ele, na paz onde a alma dele está, dizendo: “Tobias, este mundo velho sem porteira a cada dia testemunha o sucesso e o exemplo de seu filho André Luís; parabéns, meu velho, você nos legou um gigante como magistrado e como ser humano”.
 
Tobias Granja Pai: seu filho André Luís merece esta comenda Deodoro da Fonseca!
 
 
DIVALDO SURUAGY, eterno governador de Alagoas: o senhor também é dono de uma biografia notável, desde quando, muito jovem ainda, assumiu postos de enorme responsabilidade pública como a titularidade da Secretaria da Fazenda. A juventude também foi seu trunfo quando da conquista da prefeitura de Maceió, pelo voto direto, ainda em 1968.
 
Deputado estadual, deputado federal e senador, o senhor honrou os votos recebidos, sempre se portando de forma irrepreensível. Como parlamentar soube exercitar, com maestria, a liderança através do diálogo, das costuras de composições tidas como impossíveis e solidificou seu nome como personagem de realce nacional.
 
Mas foi como governador de Alagoas que sua marca tornou-se indelével. Foram três mandatos, gestões durante as quais o Estado de Alagoas viveu fases de grande crescimento e de enfrentamento de grandes dificuldades. Seu espírito público, Divaldo Suruagy, sua humildade e responsabilidade, lhe conduziram a um gesto de grande desprendimento e sacrifício pessoal, ao se afastar do poder, voluntariamente, como forma de por fim a uma crise de grandes proporções, evitando tragédias em nosso Estado.
 
Saiba, Divaldo, que seus ensinamentos em fazer da Política a arte do bem comum, praticando-a com abnegação e altruísmo, são referenciais para todos os que, como eu, escolheram essa trajetória de atividade pública.
 
Divaldo Suruagy, o senhor é um gigante e merece esta Comenda Deodoro da Fonseca!
 
 
GILMAR  FERREIRA MENDES: Se alguém perguntar a quem conhece a sua trajetória pública, três referências de seu comportamento, a resposta será: Ética, Coragem e Competência.
 
É assim, meu caríssimo Ministro Gilmar Mendes, que o senhor tem sido um referencial, lá no egrégio Supremo Tribunal Federal, para todo o Brasil, nas questões jurídicas e nas mais relevantes causas cidadãs.
 
Desde cedo, quando Mato Grosso deu ao Brasil sua inteligência singular, o senhor se determinou a defender com conhecimento, com determinação e com garra, as causas em que acredita.
 
Na Advocacia Geral da União, no Conselho Nacional de Justiça, no Tribunal Superior Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal, tem se debruçado e trabalhado incansavelmente pela justiça e pela salvaguarda dos direitos da cidadania.  
 
É um estudioso e um Mestre na arte do Direito. Não é à toa que possui mais de 70 menções honrosas recebidas, em especial pelos serviços prestados à cultura jurídica, como defensor das garantias do Estado Democrático de Direito e da altivez do Poder Judiciário Brasileiro.
 
Alagoas se sente honrada, Ministro Gilmar Mendes, em lhe dar esta Comenda do Mérito da República, em lhe homenagear pelo brasileiro correto, pelo Ministro probo que o senhor tem sido em sua trajetória de vida.  O senhor a merece, sem nenhuma dúvida!  
 
 
MARIA THEREZA ALVES JORGE DE LIMA: é uma grande satisfação para Alagoas homenagear um dos maiores poetas em língua portuguesa de todos os tempos – o alagoano Jorge Matheus de Lima.
 
Como governador tenho a maior satisfação em também reconhecer o seu notável trabalho, Maria Thereza, pela preservação e pela valorização da obra imortal de seu pai, o grande poeta. A senhora realiza um trabalho impagável e a poesia brasileira lhe será eterna devedora.
 
Em verdade, não apenas a poesia, pois Jorge de Lima brilhou nacionalmente como artista plástico e como romancista. E foi um político exemplar, conforme reconhecido pelo eleitorado do Rio de Janeiro, então Capital da República.
 
E grande parte desse acervo, da memória das obras e da vida desse grande brasileiro, poderia ter se perdido se não fosse o denodo, a persistência, o trabalho sistemático da senhora, a guardiã dos tesouros culturais do criador dos populares versos de “Essa Nêga Fulô” e “O Acendedor de Lampiões” e do monumental e erudito “A Invenção de Orfeu”.
 
Graças à senhora, filha de Jorge, parte de seu acervo foi remetido e está resguardado em Alagoas, na Casa Jorge de Lima.
 
Por tudo isso, Maria Thereza Jorge de Lima, a senhora, sem sombra de dúvidas, merece a Comenda Deodoro da Fonseca!
 
 
PAULO CABÚS, desde cedo, se notabilizou por ser um empresário ousado. Pelo menos desde quando, na altura do Parque Gonçalves Lêdo, brotou a versão alagoana da franquia “Pão e Companhia”, primeira grande padaria diferenciada instalada em Maceió. A partir dali, a cidade soube que Paulo Cabús era um empreendedor destemido – e não faltou quem apostasse que aquela invencionice não duraria muito.
 
Em seguida, muito mais gente se impactou com o surgimento do inovador Palato, sob o céu da boca de Ponta Verde, como um moderníssimo mercado de especiarias. E algumas vozes se levantaram a dizer que “nem em São Paulo existe um supermercado com essa qualidade de produtos; não tá vendo que não vai dar certo?”.
 
Depois, foi quase um escândalo a abertura do Palato na avenida Fernandes Lima. Nem vou falar nas apostas...
 
E nem é preciso falar que quem apostou contra a ousadia do Paulo se deu mal. Os empreendimentos dele, todos, vão muito bem, empregando muita gente e garantindo aos alagoanos serviços e produtos da melhor qualidade.
 
Sucesso em cima de sucesso; lição em cima de lição.
 
Paulo Cabús, por tudo que você tem feito, pela sua louvável ousadia, por seu exemplo de sucesso, abnegação e competência, Alagoas lhe agradece e você merece a Comenda Deodoro da Fonseca!
 
 
RUI PALMEIRA: Sei bem o peso de um nome de prestígio ancestral; e você, além de ser “o neto do Rui” é “o filho do Guilherme”. É dupla responsabilidade, duplos ônus e bônus.
Mas já há algum tempo você é o Rui. Simplesmente Rui.
 
Muito rapidamente você se afirmou como liderança de luz própria, encarnando – como poucos em nossa história – a multiplicidade de ser jovem, estar eleito para posto importante, e estar vencendo desafios tão difíceis quanto importantes.
 
Ser prefeito de Maceió é um desafio e tanto, uma missão cujos detalhes não estão em pauta neste momento de festa.
Porém, se faz indispensável ressaltar a grandiosidade e a complexidade dos problemas vividos, historicamente, pela capital alagoana.
 
Excepcionalmente concentrador da economia, dos serviços e da população do Estado, Maceió sempre foi um município com problemas de difícil solução e que exige de quem queira lhe administrar boas doses de experiência, competência, paciência – e em alguns casos, de impaciência.
 
Rui tem dado marcantes demonstrações de redobrada competência, experiência – apesar da pouca idade – e do poder de alternar a paciência com a impaciência nos momentos certos.
 
Seu nome é, indiscutivelmente, uma das principais apostas de renovação das lideranças políticas alagoanas. E brasileiras, ouso dizer.
 
Por tudo isso, meu caro Rui Palmeira, você merece envergar, desde já, a Comenda Deodoro da Fonseca!
 
 
SOLANGE BENTES JUREMA, não é de hoje que você merece ter seu valor reconhecido em Alagoas. Antes mesmo de seu relevante papel na condução de mais de um posto importante na estrutura de Estado – e aqui falo no conceito mais amplo, no âmbito do poder público em qualquer esfera de governo –, você já se destacava nas lutas femininas e nas batalhas específicas pela afirmação das mulheres de carreira jurídica.
 
Sua capacidade de trabalho e alta formação profissional e intelectual a transformaram, rapidamente, numa expressiva liderança nacional.
 
Graças a esse destaque e à sua representatividade no cenário feminino brasileiro foi que nossa inesquecível Ruth Cardoso lhe foi buscar para o especialíssimo cargo ministerial dedicado às mulheres. Como era de se esperar, sua atuação comprovou o acerto da escolha e você fez escola na Esplanada dos Ministérios, sendo mais um belo exemplo de que as mulheres alagoanas decidiram se projetar no protagonismo nacional.
 
Posteriormente, como Secretária de Estado, você manteve a escrita e desenvolveu um trabalho magistral em Alagoas.
 
Daqui, da terra alagoana, você continua, em qualquer atividade e em qualquer posto que lidere, a irradiar exemplo e liderança para suas áreas de atuação, em particular, e para a cidadania, no geral.
 
Por tudo isso, minha querida Solange Jurema, você merece a Comenda Deodoro da Fonseca!
 
 
SÉRGIO ROCHA CAVALCANTI JUCÁ, falando no poder das personagens femininas de Alagoas, é bom lembrar que, antes de você ser o destaque que é no Ministério Público, você é filho de uma das irmãs Rocha, nossa querida Yêda. Como sabemos, as Rocha são a perfeita expressão do talento, da criatividade e da personalidade da mulher alagoana. Antes de saudá-lo, saúdo, como governador e como alagoano, a riqueza cultural das irmãs Rocha, que hoje tem em sua mãe, a grande continuadora dessa magnífica tradição.
Isto posto, tributo registrado, vamos à você, meu caro amigo.
 
Desde sempre sua atuação no Ministério Público tem qualificado seu nome. Para resumir sua rica trajetória no MP, destaco seu papel quando titular na área da infância e da juventude. Você fez história, mantendo Alagoas numa posição de vanguarda quando da introdução da legislação específica para a criança e para o adolescente.
 
Nos dias em curso, como líder do Ministério Público, sua atuação não tem sido diferente, você continua a fazer história, dando continuidade e ampliando o papel do MP junto à sociedade alagoana.
 
E, a cada quadra vital, você se mostra mais exemplar até para os mais próximos: sim, porque quando você assumiu, dois anos atrás, a chefia do parquet alagoano, muitos que conheciam apenas o Sérgio combativo e aguerrido, passaram também a conhecer o Sérgio sensato, medianeiro, que sem abrir mão, nem um pouco, de suas convicções pessoais e de seu ideário de civilidade, tem demonstrado que é possível se alcançar resultados mais sólidos quando se alia o destemor à ponderação.  
 
Por tudo isso, meu caro Sérgio Jucá, você merece a Comenda Deodoro da Fonseca!
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Senhoras e senhores – mais uma vez, repito, muito me envaideceu, nesses oito anos, o privilégio de presidir as solenidades de concessão da Comenda do Mérito da República Deodoro da Fonseca.
 
As lembranças destes momentos estão entre as mais felizes e recompensadoras que levarei para sempre em meu coração.
 
A Deodoro da Fonseca, meu tributo.
 
Aos agraciados desta noite, meu sincero reconhecimento.
 
A Alagoas, meus agradecimentos por tudo que tenho tido a honra de fazer como cidadão e como governador do meu querido Estado.
 
Muito Obrigado!"


Fonte: Agência Alagoas

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