Você já tentou trabalhar sentindo cólicas tão fortes que mal consegue ficar de pé?
Ou passou o dia com dor de cabeça, fraqueza e vontade de se esconder do mundo mas mesmo assim teve que fingir que estava tudo bem?
Pois é. Essa é a realidade de muitas mulheres, mês após mês.
Mas parece que, finalmente, o assunto começou a ser levado a sério.
A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para um projeto que cria a licença menstrual um direito que permitiria às mulheres se afastar do trabalho por até dois dias por mês, quando estiverem com sintomas intensos durante o ciclo.
O que o projeto diz
A licença vale apenas para casos comprovados com atestado médico, e a relatora do projeto, deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), destacou que ainda será preciso definir os critérios para essa comprovação.
Segundo ela, a proposta “não cria um privilégio”, mas reconhece algo óbvio: existem dias em que o corpo feminino precisa de pausa.
A deputada também lembrou que muitas trabalhadoras enfrentam cólicas, enxaquecas e fadiga intensa, o que afeta o desempenho profissional e que garantir esse direito é, na verdade, promover igualdade de gênero e saúde no ambiente de trabalho.
Um avanço que divide opiniões
De um lado, a medida é vista como um ato de empatia.
Afinal, para quem sofre com dores severas ou doenças como endometriose, trabalhar nesses dias é um desafio real.
Reconhecer isso é reconhecer que saúde e produtividade andam juntas.
Mas há quem se preocupe com o outro lado: o medo de que isso possa reforçar estigmas ou dificultar a contratação de mulheres.
Por isso, o debate precisa ser feito com cuidado garantindo o direito, mas também educando a sociedade para entender que respeitar o corpo feminino não é fraqueza, é respeito.
E o que isso muda em lugares como Maceió - AL ?
Se virar lei, a licença menstrual vai valer em todo o Brasil e pode influenciar estados como Alagoas, onde já existem ações voltadas à dignidade menstrual, como a distribuição gratuita de absorventes e campanhas educativas.
Mas ainda não há nada parecido com a licença remunerada.
Essa nova proposta pode abrir portas para políticas locais, tanto no serviço público quanto em empresas privadas, e provocar uma conversa importante sobre como o trabalho pode ser mais humano e inclusivo para as mulheres.
Pra pensar
Menstruar nunca foi escolha.
E ignorar o que o corpo sente, mês após mês, também não pode continuar sendo a regra.
Permitir que a mulher pare por um ou dois dias quando precisa não é preguiça é autocuidado.
E talvez o maior avanço esteja justamente aí: entender que cuidar de si também é uma forma de lutar por igualdade.
Porque o futuro é feminino e ele começa quando a gente aprende a respeitar o próprio corpo.
Beijos de poder
 Entre Nós Mulheres
          
          por Mical Rocha
        
          Entre Nós Mulheres
          
          por Mical Rocha
          Sou uma mistura de entusiasmo pela comunicação, amor por café, doces e pessoas inteligentes, uma pitada mágica para transformar problemas em soluções digitais incríveis.
“Aqui quem fala é a Consultora Digital de sorriso no rosto e estratégias na manga!”
Mical Rocha
Alagoana, mãe de 3 filhos, jornalista, escritora, autora do livro “Mostre o Seu Poder”, direcionado ao público feminino. Sua primeira experiência na comunicação foi como radialista em uma Rádio Comunitária (2003-2005), e nessa função, apresentou vários programas atuando também em outro estado na Rádio Atalaia – Aracaju-Se (2005-2006) e Rádio Farol FM em Maceió-AL, por um período de 3 anos. Já foi compositora e cantora gospel. Atualmente é consultora digital feminina e realiza alguns projetos em assessoria na área da comunicação.
Contato: 82 99691-7755