"São Paulo Fashion Week" - Melhores Momentos Parte 1

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ISAAC SILVA

Isaac Silva estreou no SPFW, numa sala coberta de folhas de arrudas e sal grosso para desfilar uma coleção 100% de roupas brancas em uma reverência a Oxalá. O estilista baiano partiu da frase “Acredite no seu axé”, filosofia de vida que levou para sua marca por acreditar na união de forças para atravessarmos dias conturbados. Na passarela, lindos looks de laise e bordados de búzios na alfaiataria luxuosa e descompromissada, perfeita para o dia a dia na cidade - ou para relaxar com elegância num fim de tarde à beira-mar. 

NERIAGE

Inspirada por uma trilha que percorreu no Brasil e nas poesias de Manoel de Barros no livro “Menino do Mato”, Rafaella Caniello faz do seu inverno 2020 uma ode ao nosso país e suas curvas e texturas. Fiel a identidade da Neriage , a estilista segue com belo estudo de cores e precisão de shapes e proporções. Tudo é sutil em sua moda. É preciso ver e rever cada look para perceber um novo detalhe e ter uma surpresa a cada vez, uma camada inesperada sob um top, um foulard delicado no pescoço e as lindas ponteiras de palha franjada que acabavam as tranças. 

Handred

O estilista André Namitala "embarcou" numa viagem por Cadaqués, onde Salvador Dali tinha uma casa, para criar a coleção “La Gràcia”. Nas roupas, a inspiração se reflete em estampas surrealistas, detalhes ricos como as franjas em madeiras e patchworks, que compõem a moda despretensiosa e sempre elegante da grife.  A Handred opta pelo formato see now, buy now, disponibilizando as peças nas lojas logo após o desfile. 

Free Free

Plataforma criada por Yasmine Sterea que enxerga a moda como ferramenta de liberdade, autoconhecimento e empoderamento, o Free Free arma pela primeira vez uma apresentação no SPFW. “Quis trazer o Free Free para o local mais tradicional de moda e mostrar que a nossa ideia é unir as pessoas”, conta ela sobre o projeto, que também se transformou em Instituto. As roupas apresentadas foram doadas por marcas e ressignificadas por artesãs de comunidades parceiras. Na passarela, um casting diverso que contou com Fluvia Lacerda, Mariana Goldfarb, Stella Yeshua e  Sophia Abrahão. Ao fim do desfile, o Ilú Obá De Min iniciou um cortejo super alto astral que ocupou o Pavilhão das Culturas Brasileiras!

AMAPÔ

Um encontro de fé, Cariri e Amapô.

Um fala o outro dança, um pede o outro canta, um voa o outro balança.

E nesse xaxado novo, o povo do nordeste, os cabra da peste, vem arrastâno as chinela até aqui, cantando

em Aboio, pra mostrar pra esse Brasil todo que a cultura da gente tem uma grande importância.

Tem as casas, aquelas casinhas, tem café, aquele cafezinho doce, tem aquele pano de prato

alvejadinho e aquela cama esticadinha com lençol bem colorido, pra deixar a nossa dormida mais feliz.

Tem vaqueiro MC, tem Reisado Flash Dance, tem Romeira Hot Couture. E os Caretas são os mais hipsters,

com seus trajes norm core fubazentos.

Todos indo pra essa festa popular, esse baile do Coração Coroado, pra saldar seu Espedito Seleiro,

mestre dos mestres, que aos seus 80 anos, nos ensina a aceitar a vontade das cores.

CAVALERA

O streetwear da Cavalera viaja para a Jamaica e, numa apresentação cheia de energia, o utilitarismo ganha versão reggae cheia de charme. Com skatistas na passarela, o que se viu foram bons coletes cheios de bolsos e shorts destacáveis que ganham estampas coloridas e convivem com um ensolarado céu estampado numa saia de cauda longa refletindo o mood perfeito para a coleção brilhar. Legal ver a moda de Turco Loco mantendo-se fiel a seu público que entrou e saiu dançando e carregando a bandeira e discurso dos jovens como se espera ser.

Confira os melhores momentos desses desfiles na nossa Galeria de Fotos