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17/06/2019 às 07h17

Geral

Segue a agonia entre os moradores do Pinheiro, Mutange e Bebedouro

Rinaldo Januário, do movimento SOS Pinheiro mostra as várias rachaduras em sua residência; CPRM afirma que três bairros de Maceió foram afetados - Evellyn Pimentel

Por Carlos Amaral e Evellyn Pimentel

Mesmo com a divulgação do laudo, a via crúcis vivida pelos moradores não foi encerrada. O problema vinha tirando o sono dos moradores com rachaduras em imóveis e vias e incertezas quanto ao futuro e até agora não há uma reposta da força-tarefa que envolve Defesas Civis Nacional, Estadual e Municipal sobre o destino que será dado aos moradores e imóveis da região. O mapa de risco segue em elaboração pela Defesa Civil Nacional e a previsão, segundo a Prefeitura de Maceió, é de que até o final do mês de junho seja divulgado e as providências adotadas. O MPF cobrou celeridade nessa divulgação.

O primeiro mapa de feições, divulgado em setembro de 2018, apresentava uma situação de risco, no entanto, foi em janeiro deste ano, que as classificações em vermelho, laranja e amarelo e a necessidade de evacuação do bairro trouxeram ainda mais dor. Na primeira etapa, 500 imóveis tiveram que ser desocupados da chamada área vermelha e um cadastro social foi iniciado para recebimento de aluguel social, até o fechamento desta reportagem, sete lotes de auxílio-moradia haviam sido liberados pelo Governo Federal. Residenciais como Jardim Acácia e Divaldo Suruagy tiveram de ser completamente desocupados.

No dia 16 de fevereiro, um simulado de evacuação foi realizado no bairro do Pinheiro, coordenado pelas defesas civis Estadual e Municipal e contou com a participação do Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Força Aérea, Corpo de Bombeiros, Grupamento Aéreo, Polícia Militar, Samu, Eletrobras, Casal, Algás, Anatel, Cruz Vermelha e a empresa Viva a Vida. Houve a integração também de órgãos da Prefeitura de Maceió e do Governo do Estado, como a SMS, Semas, Semscs, SMTT, Semds, Semed e Sesau.

O processo de esvaziamento do bairro foi intensificado a partir daí, quem até então não havia saído por falta de condições precisou ser retirado. Pela falta de moradores, diversos arrombamentos e furtos foram registrados e rondas ostensivas foram iniciadas no bairro.

A cobrança dos moradores, principalmente do movimento SOS Pinheiro tem girado em torno da limitação de acesso às informações e o que eles classificam como demora em dar uma resposta ao problema.

Morador e integrante do movimento SOS Pinheiro, Rinaldo Januário, é dono de um dos imóveis mais emblemáticos da problemática. Conhecida como casa rosa, o imóvel foi espaço de estudos para pesquisadores do CPRM e para Abel Galindo. As rachaduras impressionam pela proporção e estrago que causaram a residência.

E o que era restrita até então apenas ao Pinheiro, começou a “alcançar” Bebedouro e Mutange após uma audiência pública realizada no Senado Federal em março deste ano. Convocada pelo senador alagoano Rodrigo Cunha (PSDB) a audiência reuniu diversos segmentos sociais e na oportunidade o geólogo Thalles Sampaio divulgou a informação de que havia um processo de “rastejo” em direção à lagoa que envolvia outras áreas, até então se achava que o epicentro era a área onde mais haviam rachaduras, no entanto, o especialista adiantou que essa era a parte de “quebra” da área estável com a instável.

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Fonte: Painel Alagoas

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