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O sangue da sua empresa: Por que o fluxo de caixa é mais importante que você imagina

27.10.2025 às 23:40

Muitos empresários acham que o coração da empresa é o faturamento. Que o segredo está em vender, vender e vender. E aí, quando o caixa começa a secar, vem o desespero: “mas estamos vendendo bem, por que o dinheiro sumiu?”. Pois é. Vender muito nunca foi sinônimo de ter dinheiro em caixa — e é aí que a maioria começa a sangrar sem perceber.

O fluxo de caixa é o sangue da sua empresa. É o que mantém o negócio vivo, irrigando cada despesa, pagamento, salário e investimento. Sem ele, não adianta ter um ótimo produto, um marketing impecável ou um time motivado. Uma empresa pode até estar cheia de clientes e ainda assim sofrer com a falta de caixa, porque não tem liquidez — aquele dinheiro disponível pra pagar as contas de hoje enquanto o que foi vendido ainda não entrou.

Você já sentiu aquele frio na barriga quando olha o extrato e percebe que não tem saldo pra cobrir a folha, mas ainda falta uma semana pra entrar o pagamento dos clientes? É uma sensação estranha de “tô vendendo, mas tô quebrado”, não é?

Daí em diante começam os perrengues: Primeiro, você deixa de separar o pró-labore porque “esse mês tá apertado”. Depois, atrasa um fornecedor e promete compensar na próxima semana. Logo, começa a usar o limite da conta ou o cartão empresarial pra tapar buracos. E quando percebe, já está rodando em círculo, pagando juros, renegociando, e tentando “ganhar tempo”. Mas tempo é exatamente o que o caixa não te dá.

Isso é o reflexo de um fluxo de caixa doente. É como se sua empresa tivesse o corpo crescendo, mas o coração não desse conta de bombear sangue suficiente pra todos os órgãos.

O problema é que muita gente encara o fluxo de caixa como uma planilha chata, uma burocracia do financeiro. Sempre rola um “depois eu vejo isso”. E quando percebem, já estão tomando empréstimo pra pagar fornecedor, empurrando imposto, atrasando pró-labore e rezando pra fechar o mês no positivo. A falta de clareza sobre o fluxo de caixa é o que transforma pequenas empresas promissoras em negócios sufocados por dívidas, atrasos e ansiedade.

Agora me responda uma coisa: Quantas vezes você já tomou decisão olhando só o extrato bancário? Se o saldo está positivo, acha que está tudo bem; se está negativo, então está ruim. Não é isso que acontece?

Mas essa é a pior forma de tomar decisão. Isso é o mesmo que dirigir olhando só pro retrovisor. Pois o extrato mostra o passado, o que já aconteceu. É totalmente diferente de analisar o fluxo de caixa.

Fluxo de caixa não é só registrar entrada e saída. É entender o ritmo financeiro do seu negócio, o pulso. Saber quando o dinheiro entra, quando sai e, principalmente, quando ele vai faltar. É planejar pra não ser pego de surpresa, pra ter fôlego quando o mês aperta. Porque ele sempre aperta. E é nessa hora que quem tem previsibilidade dorme tranquilo — e quem vive no escuro passa a noite acordado fazendo conta.

Sabe o que é mais curioso? Quando o empresário começa a controlar o fluxo de caixa, ele percebe que o problema nunca foi “falta de dinheiro”, mas sim falta de clareza. O dinheiro estava lá, só estava mal distribuído, mal planejado ou mal-entendido. E o pior: muitas vezes estava sendo sugado por pequenos vazamentos que pareciam inofensivos — aquele gasto “temporário”, aquele fornecedor que ficou caro, aquele cliente que sempre atrasa, aquele desconto que virou rotina.

Você pode até crescer sem controle, mas vai crescer com medo. Medo de não conseguir pagar, medo de se enrolar, medo de quebrar. E medo consome energia, tira o foco e impede decisões estratégicas. O fluxo de caixa é o que transforma o medo em direção. Ele te mostra exatamente onde você está e o que precisa fazer pra chegar onde quer.

Então, antes de culpar o mercado, o governo, a concorrência ou a “falta de vendas”, olha pro seu caixa. Se ele está fraco, sua empresa está anêmica. Se ele para, acabou. É simples assim: quem não controla o caixa, está brincando de empresa. E quem controla, constrói futuro.

Você pode até não gostar de lidar com números, mas precisa entender o fluxo de caixa do seu negócio. Porque, no fim das contas, é ele que decide se a sua empresa vai crescer, sobreviver... ou sangrar até morrer.

Então, pare um momento e pense: Você sabe quanto dinheiro sua empresa realmente tem em caixa hoje? Sabe quanto vai sobrar no fim do mês? E quanto vai gerar nos próximos 3 meses? Ou não sabe nada disso e está apenas torcendo pra dar certo?

Se a resposta for “estou torcendo”, então o caixa já está te avisando — e bem alto: ou você assume o controle agora, ou ele vai te ensinar do jeito mais caro possível.

Postado por Negócios & Economia

Quando vender mais vira um problema: o erro financeiro que todo empresário ignora

17.10.2025 às 16:20

Quando vender mais vira um problema; O erro financeiro que todo empresário ignora 

Crescimento é o objetivo natural de qualquer empresa. Ver o faturamento subir, conquistar novos clientes e ganhar visibilidade no mercado são sinais de que o negócio está no caminho certo.

Mas, em determinado ponto, o sucesso pode se tornar o próprio inimigo — especialmente quando o crescimento vem mais rápido do que a estrutura financeira consegue acompanhar: o crescimento pode ser o início da crise se a gestão financeira não acompanhar o ritmo.

É comum ouvir empresários dizendo: “Estamos vendendo como nunca, mas o caixa não fecha.”

Esse é o primeiro sinal do erro financeiro mais comum nas pequenas empresas que crescem rápido demais: confundir aumento de faturamento com aumento de lucro.

Quando vender mais vira um problema

Imagine uma escola de idiomas que dobra o número de alunos em seis meses.
Para atender à nova demanda, ela contrata professores, aluga salas extras e investe em marketing.

As matrículas disparam — mas as mensalidades demoram a entrar.
Enquanto isso, os custos fixos já subiram.

O resultado?

O caixa fica negativo, mesmo com o faturamento nas alturas. Esse é o retrato do crescimento desorganizado: o negócio cresce na operação, mas não cresce em gestão.

Sem uma estrutura financeira sólida — com planejamento de fluxo de caixa, controle de prazos e análise de custos —, o empresário perde visibilidade sobre o próprio dinheiro.

É como dirigir um carro a 150 km/h com o painel apagado.

Crescimento sem gestão é ilusão

O problema não está no crescimento em si, mas na falta de previsibilidade. Cada nova venda traz novos compromissos financeiros: mais fornecedores, mais salários, mais despesas recorrentes.

E se o controle de caixa não estiver preparado, o dono vive apagando incêndios.

O pior é que, na correria, muitos passam a tomar decisões “de momento”:

·  Pagam o que está mais urgente.

·  Atrasam fornecedores “menores”.

·  Esquecem de separar o pró-labore.

E acham que o problema é “falta de dinheiro”. Mas, na verdade, o problema é falta de gestão.

Crescimento vs. Expansão: entender a diferença é o ponto de virada

Muitos empresários confundem os dois conceitos. Crescer é aumentar a rentabilidade e melhorar a eficiência da operação. Expandir é aumentar o tamanho da empresa, contratando mais, abrindo filiais, comprando equipamentos.

Uma empresa só deve expandir depois de crescer com consistência — ou seja, quando o lucro e o caixa estão saudáveis. Sem isso, cada passo à frente pode virar um tombo financeiro.

Antes de expandir, o empresário precisa olhar para indicadores simples, mas essenciais:

·  Margem de lucro líquido mensal.

·  Geração de caixa acumulada.

·  Ponto de equilíbrio operacional.

·  Índice de inadimplência.

Esses números mostram se a empresa está pronta para sustentar o próprio crescimento.

Como evitar o erro mais comum

A prevenção começa com organização financeira. Três pilares ajudam a equilibrar o crescimento com segurança:

1.  Controle de caixa real e projetado: saber quanto dinheiro entra, sai e vai entrar nos próximos 90 dias.

2.  Plano de contas gerencial: separar entradas e saídas por categoria para entender de onde vem e para onde vai o dinheiro.

3.  Revisão periódica de custos e precificação: garantir que o aumento de demanda não esteja corroendo a margem de lucro.

Com isso, o empresário deixa de “ver o financeiro como controle” e passa a usá-lo como ferramenta de decisão.

Agora reflita: o crescimento da sua empresa está se traduzindo em mais dinheiro no caixa e lucro real, ou você está apenas movimentando mais, sem ver o resultado esperado no final do mês?

Lembre-se: crescimento verdadeiro não é sinônimo de vender mais. É sobre extrair mais valor do que você já vende, com previsibilidade, clareza e uma estrutura sólida.

Até breve...

Postado por Negócios & Economia

A estratégia que faz empresas crescerem em qualquer cenário (até mesmo na crise)

07.10.2025 às 20:45

Nos últimos meses você deve ter notado: fornecedores subindo preços, clientes demorando para fechar, impostos aumentando, crédito sumindo… parece que a corda sempre arrebenta do lado do empreendedor, não é? Pois saiba que essa é a realidade de milhares de micro e pequenos empreendedores no Brasil — e não é de hoje.

O problema é que, diante desse cenário, a maioria dos donos de negócio entra em “modo pânico”. Cortam investimentos importantes, atrasam fornecedores, perdem noites de sono. Mas existe um caminho diferente. Um caminho que não é baseado em sorte nem em “reza brava”, mas em gestão. E é isso que vamos conversar agora.

Respira fundo. A ideia aqui não é te dar uma aula chata, mas abrir os olhos para um jeito mais inteligente de conduzir seu negócio quando tudo parece conspirar contra.

Gestão Financeira Anticíclica: o nome complicado para uma ideia simples

Você já reparou como algumas empresas parecem “imunes” às crises? Enquanto uns fecham as portas, outros anunciam expansão. Enquanto uns cortam equipe, outros contratam.

Foi exatamente isso que vimos na pandemia: muitos negócios não estavam preparados, não tinham caixa, não tinham visão de futuro — e acabaram fechando. Ao mesmo tempo, outros empresários conseguiram se reinventar, ajustar seus processos e até aproveitar oportunidades que surgiram. Não foi sorte, foi preparo.

Parece mágica, mas não é. Isso se chama Gestão Financeira Anticíclica. Esse termo chique nada mais é do que preparar seu negócio para agir de forma inteligente quando o mercado está turbulento. Em vez de “andar no escuro”, você acende a luz e enxerga o que precisa fazer. Você cria margem de manobra para decidir e deixa de ser refém do mercado.

Isso envolve três coisas simples, mas poderosas:

1.  Conhecer profundamente seus números;

2.  Revisar processos antes de cortar custos;

3.  Ter uma reserva estratégica para investir quando todos estão paralisados.

Quando você domina esses três pilares, o medo dá lugar à clareza. E clareza é poder. Então vamos analisar cada um deles

1. Conhecer profundamente seus números

Muita gente acha que conhece os números da própria empresa, mas no fundo só olha o básico: faturamento e saldo na conta. É como dirigir um carro só olhando o marcador de combustível. Você até anda, mas não faz ideia da velocidade, da temperatura do motor, do óleo, da pressão dos pneus… qualquer descuido pode parar tudo.

Conhecer profundamente os números é ter consciência real do que tá acontecendo no negócio. É saber qual é a margem de lucro de cada serviço ou produto, qual é o ponto de equilíbrio mensal, quanto custa manter a operação de pé, onde o dinheiro realmente entra e onde ele tá sendo drenado.

E por que isso é tão importante? Porque sem essa clareza, você toma decisões no escuro. Aí vem a pergunta que dói: você tá comandando o negócio de forma estratégica ou só reagindo ao que aparece? Se a resposta for a segunda, cuidado. O “achismo” pode até segurar por um tempo, mas cedo ou tarde ele cobra caro. Quem domina os números, domina o futuro do negócio.

2. Revisar processos antes de cortar custos

Na hora do aperto, o instinto natural do empresário é sair cortando tudo. Tira daqui, enxuga dali, cancela um monte de coisa e pronto: o problema parece resolvido. Mas a verdade é que isso é só um alívio temporário e muitas vezes destrutivo. Cortar custos sem critério pode comprometer a qualidade, desmotivar a equipe e até afastar clientes.

A saída inteligente é diferente: é olhar os processos de perto antes de meter a tesoura. Perguntar: “Será que estamos fazendo isso da forma mais eficiente?” “Será que existe um jeito mais simples, mais rápido, mais barato de entregar o mesmo resultado?”

E aqui vem a provocação: quantas vezes você parou pra questionar a forma como sua empresa faz as coisas? Se a resposta for “quase nunca”, pode ter certeza de que há dinheiro escorrendo pelos dedos sem você perceber. Às vezes, não é sobre gastar menos, e sim sobre gastar do jeito certo. Quando você revisa processos, você elimina desperdícios invisíveis, ganha eficiência e consegue cortar custos sem cortar valor.

3. Ter uma reserva estratégica para investir quando todos estão paralisados

Agora vamos falar de um ponto que separa os sobreviventes dos que crescem: a reserva estratégica. E não estou falando aqui de guardar dinheiro por guardar. Estou falando de construir um colchão financeiro que te dá tranquilidade e, ao mesmo tempo, poder de decisão.

Essa reserva funciona como um escudo e como uma arma. Escudo, porque te protege quando os imprevistos aparecem: atraso de cliente, aumento de fornecedor, queda nas vendas. Você não entra em desespero, porque tem fôlego pra aguentar. Mas também é uma arma, porque te dá a chance de aproveitar as oportunidades que surgem justamente quando todo mundo tá paralisado.

E a história mostra: é nos momentos de crise que aparecem as melhores chances. Fornecedores mais abertos a negociar, concorrentes enfraquecidos, talentos disponíveis no mercado. Quem tem reserva consegue avançar. Quem não tem, só sobrevive.

Então me responde sinceramente: se amanhã surgisse uma oportunidade única pra sua empresa crescer, você teria caixa pra agir ou ficaria de mãos atadas? Essa resposta pode dizer muito sobre o futuro do seu negócio.

Crises não definem empresas, revelam quem está preparado

No fim das contas não é sobre números frios, planilhas complicadas ou termos técnicos. É sobre sobrevivência e liberdade. É sobre ter controle do seu próprio negócio, em vez de ser controlado pelas crises, pelo banco ou pelos fornecedores.

E o que mais assusta é perceber quantos empreendedores ainda tocam suas empresas no “piloto automático”, sem clareza, sem reserva, sem margem de manobra.

E aqui deixo uma reflexão: Você está construindo um negócio preparado para o futuro ou apenas tentando apagar incêndio todo mês, se apoiando no “achismo” e na intuição?

Porque crises sempre vão existir. Pandemias, inflação, juros altos, concorrência mais agressiva… cada ano traz um novo desafio. A questão é: você vai esperar ser engolido por eles ou vai se preparar para atravessá-los de cabeça erguida?

A boa notícia é que nunca é tarde pra começar. Mas cada dia que você adia, mais dinheiro escorre pelos dedos e mais refém do mercado você se torna.

Então, se ficou alguma coisa desse artigo, que seja isso: em tempos de crise, não é a turbulência que define o destino de uma empresa, mas sim o quanto ela estava preparada para enfrentá-la.

Postado por Negócios & Economia

O Boom dos Pequenos Negócios em 2025: Será Que Você Está Perdendo o Bonde?

17.09.2025 às 16:00


De acordo com uma pesquisa recente do Sebrae, o Brasil viveu um verdadeiro boom de empreendedorismo no primeiro semestre de 2025. Em apenas seis meses, foram abertas 2,6 milhões de novas empresas de pequeno porte, o que representa um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2024. É o maior número já registrado na série histórica.

Esse dado, por si só, já é impressionante. Mas ele fica ainda mais relevante quando paramos para pensar que não estamos falando de grandes corporações com capital bilionário. Estamos falando de pessoas comuns, como eu e você, que decidiram dar um passo rumo ao próprio negócio. Gente que resolveu sair da informalidade, que não quis mais depender apenas de um emprego formal ou que, simplesmente, enxergou uma oportunidade e não deixou passar.

O rosto por trás dos números

A pesquisa mostra que os MEIs (Microempreendedores Individuais) lideraram esse crescimento. Sozinhos, eles foram responsáveis por quase 77% de todas as novas empresas abertas. Ou seja, a cada 10 negócios que surgiram neste ano, 7 nasceram na forma de MEI.

Com isso, podemos observar duas leituras muito interessantes. A primeira é a formalização do que já existia: Muita gente que já trabalhava por conta própria, prestando serviços, vendendo produtos ou mesmo atuando em atividades pontuais, resolveu se regularizar. Emitir nota fiscal, contribuir para a previdência, ter um CNPJ. Tudo isso dá mais segurança e abre portas para atender empresas maiores e acessar crédito.

A segunda leitura é que cada vez mais brasileiros estão escolhendo o empreendedorismo como saída para a geração de renda. Em um mercado de trabalho que, apesar da melhora nos números nesses últimos meses, ainda apresenta altos e baixos, abrir um pequeno negócio se torna uma alternativa concreta, uma forma de ganhar autonomia e assumir o controle do próprio futuro.

O mapa do empreendedorismo brasileiro

Os dados do Sebrae apontam que o setor de serviços continua sendo o grande campeão. E não é difícil entender o motivo. Em muitas atividades, basta conhecimento, tempo e força de vontade para começar. Um designer gráfico, um personal trainer, um consultor, um cabeleireiro… todos podem iniciar praticamente sem grandes investimentos em estrutura física.

O comércio tem se beneficiado tanto da retomada do consumo em lojas de bairro quanto do crescimento do e-commerce, que hoje já faz parte do dia a dia do consumidor brasileiro.

Outro ponto que chama atenção no levantamento é a geografia desse crescimento. Não surpreende que a maior parte das novas empresas esteja concentrada no Sudeste, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Afinal, essa é a região mais populosa e com maior concentração de atividades econômicas do país.

O que surpreende é o desempenho acima da média nacional em estados do Nordeste e do Norte, como Ceará, Piauí e Amazonas. Isso indica que o empreendedorismo está se espalhando, deixando de ser exclusividade dos grandes centros e se tornando uma alternativa real em diferentes cantos do Brasil. Para regiões historicamente menos industrializadas, essa é uma excelente notícia, pois mostra que a economia local pode ganhar fôlego a partir do dinamismo dos pequenos negócios.

O que tudo isso significa para você?

Pode parecer apenas um dado de pesquisa, mas essa onda de novos CNPJs carrega um recado importante. Os micro e pequenos negócios já são responsáveis por mais de 30% do PIB brasileiro e por 70% dos empregos formais. Quando 2,6 milhões de pessoas decidem empreender em apenas seis meses, isso nos mostra que há uma mudança de mentalidade em curso.

Muitos estão cansados de depender do “emprego dos sonhos” que nunca chega. Outros resolveram transformar um talento ou hobby em fonte de renda. Alguns começaram pequenos, sozinhos, e já pensam em contratar alguém para ajudar. O ponto é: cada uma dessas histórias tem em comum a decisão de agir, de não esperar as condições perfeitas, mas de aproveitar o que se tem agora para dar o primeiro passo.

E aqui entra a reflexão que eu quero provocar em você: onde você entra nessa estatística? Você vai continuar assistindo de fora enquanto milhões de pessoas estão construindo negócios do zero, ou vai decidir que chegou a sua vez de tentar?

Sempre que leio pesquisas como essa do Sebrae, fico com a sensação de que existem dois tipos de pessoas. O primeiro grupo é aquele que pensa: “Se todo mundo está abrindo negócio, é sinal de que o mercado está saturado, não tem espaço pra mim.” O segundo grupo, por outro lado, olha para os mesmos números e pensa: “Se milhões estão entrando, é porque oportunidades existem, e eu só preciso descobrir qual é a minha.”

A grande diferença entre esses dois grupos não está no cenário econômico, nem nos recursos financeiros. Está na mentalidade.

A questão é: em qual grupo você vai estar?

Referências das Pesquisas

Postado por Negócios & Economia

A falta de lucro do seu negócio – e não estou falando de faturamento

10.09.2025 às 10:20


Outro dia, tomando um café com um colega que tem uma gráfica, ele me contou, orgulhoso e com um sorriso no rosto, que o faturamento tinha aumentado quase 30% nos últimos meses. Mas antes que eu comemorasse ele soltou um desabafo:

“Antonio, não sei o que acontece… o dinheiro entra, mas nunca sobra nada. Parece que quanto mais eu vendo, mais eu fico devendo. Trabalho feito louco e, no fim do mês, não tenho nada para mim.”

Se você tem um negócio, essa história deve te soar familiar, não é? Talvez já tenha até acontecido na sua empresa: semana movimentada, caixa cheio, cliente pagando em dia… e, mesmo assim, você fecha o mês sem ver dinheiro de verdade no caixa.

Pois é! Isso acontece com mais empresários do que você imagina.

A ilusão do “quanto mais eu vendo, melhor”

Existe uma armadilha perigosa que quase todo dono de negócio cai: acreditar que faturar mais é sinônimo de ganhar mais. É aquela lógica simples – e que é ilusória): “Se eu vender o dobro, vou lucrar o dobro”. Mas a realidade é dura: não importa quanto entra, mas sim quanto fica.

De que adianta se o negócio fatura R$ 100 mil no mês, por exemplo, mas R$ 98 mil já estão comprometidos com aluguel, folha de pagamento, impostos, fornecedores e gastos extras? No final das contas, sobra quase nada.

E deixa eu te provocar com uma pergunta bem simples: você sabe exatamente quanto sobra para você no final do mês, depois de pagar todo mundo e todas as contas? Não estou falando de “ter uma ideia” ou “mais ou menos”. Estou falando de saber o número exato.

A maioria dos empresários não tem essa clareza. E é justamente aí que nasce aquela sensação frustrante: você trabalha feito um louco, a empresa fatura, os clientes pagam… mas no fim parece que é o negócio que está vivendo a vida dele, enquanto você fica para trás, sem ver resultado real no seu bolso.

Faturamento x Lucro explicado de forma simples

Seu negócio pode estar faturando bem, mas se parece com um balde furado. A torneira da receita despeja água todo dia, mas ela vaza pelos furos: impostos, custos fixos, dívidas, desperdícios. Resultado? Você corre, trabalha, vende… e o balde nunca enche de verdade. O que sobra, o lucro, é só o que você consegue salvar depois de tapar esses vazamentos.

No papel, ele é dono de um escritório respeitado. Na prática, está sobrevivendo com menos do que ganharia como empregado em uma grande empresa. A boa notícia é que não precisa esperar anos para enxergar lucro. Algumas ações simples já podem te ajudar a virar o jogo:

1. Conheça seus números de verdade

Antes de tudo, você precisa saber exatamente quanto entra e quanto sai. Liste todas as receitas, despesas fixas, variáveis e impostos. Quando você tem clareza total sobre seu dinheiro, deixa de “sobreviver no escuro” e começa a identificar onde é possível economizar ou aumentar a margem de lucro.

2. Separe lucro imediatamente

Assim que receber qualquer pagamento, já reserve uma parte do dinheiro só para lucro. Mesmo que seja um valor pequeno (5%, 10%), transfira para uma conta exclusiva. Esse hábito simples cria uma disponibilidade real de lucro, e você começa a perceber que ele existe de verdade.

3. Ajuste a precificação dos serviços

Muitos negócios sobrevivem porque aceitam preços abaixo do necessário para competir ou “girar o caixa”. Revise seus preços e defina uma margem mínima de lucro para cada serviço ou contrato. Não tenha medo de negociar com clientes de forma justa — lucrar é sinal de que você está mantendo o negócio saudável.

4. Reduza desperdícios e gastos invisíveis

Olhe com atenção para todos os custos do seu negócio. Muitas pequenas despesas passam despercebidas, mas somadas influenciam na falta de caixa: material de expediente, retrabalho, taxas bancárias ou materiais desperdiçados. Corte o que não gera valor real e você vai perceber o dinheiro “sobrando” no final do mês.

Para fechar

Não adianta ser dono de uma empresa que “fatura bonito” se, no final, você continua sem tranquilidade financeira. Faturar muito e lucrar pouco é como correr em esteira: você sua, cansa, mas não sai do lugar.

E pra finalizar eu te deixo essas duas reflexões: Você está construindo um negócio para ter orgulho do faturamento ou para ter tranquilidade no lucro? Qual é o seu maior desafio para transformar faturamento em lucro real no seu negócio?

Pense nisso! Até a próxima.

Postado por Negócios & Economia


Negócios & Economia por Antonio Siqueira

Antonio Siqueira é alagoano, natural de Água Branca. Graduado em Administração de Empresas (UNIT) com especialização em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria, possui formação técnica em Gestão da Qualidade e em Gestão de Ativos e Investimentos para Empreendedores.

Atuando com gestão financeira há mais de10 anos, seu objetivo como Consultor é elevar os resultados financeiros a um patamar de excelência para empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar em ambientes desafiadores.

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