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Falta cidadania na saúde pública

14.12.2017 às 14:40
Arte e Foto: Afrânio Aquino

Até junho de 2017, 904 mil pessoas esperavam por uma cirurgia eletiva (não urgente) no Sistema Único de Saúde, informa levantamento do Conselho Federal de Medicina feito em 16 estados e dez capitais, com dados referentes a hospitais públicos.

Dentre as 904 mil, o CFM informa ainda que 750 procedimentos constam na fila como pendentes há mais de dez anos. Ainda, segundo a entidade, de cada mil pacientes que aguardam a cirurgia, cinco morrem por ano enquanto esperam -- a avaliação não demonstra, no entanto, se a morte ocorreu em decorrência da ausência da cirurgia.

Segundo o levantamento, a maior fila de espera se concentra em apenas cinco procedimentos: cirurgias de catarata (113.185), hérnia (95.752), vesícula (90.275), varizes (77.854) e amígdalas ou adenoide (37.776). Atualmente, as cirurgias não urgentes mais comuns são da área de ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, urologia e cirurgia vascular.

Foram analisados os estados de Alagoas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Pernambuco, São Paulo e Tocantins. O estado da Bahia só enviou dados de pacientes que ingressaram na fila em 2017; já o estado do Rio Grande do Norte, enviou somente informações da fila ortopédica.

Em entrevista à Globo News, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, creditou a situação da fila de espera aos municípios e estados. A organização do sistema também foi apontada como justificativa.

 "Esta crise é pontual. Nós temos um sistema de saúde descentralizado. Os municípios e estados são responsáveis pela execução da saúde lá na ponta. Há municípios fazendo muito bem o seu trabalho e outros não”, disse o ministro.

Os dados do estudo do Conselho Federal de Medicina foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. Apesar disso, diz o CFM, cinco estados não enviaram dados após pedido da entidade: Acre, Amapá, Piauí, Rio de Janeiro e Sergipe.Outros alegaram não ter as informações, como Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo e Mato Grosso; e dois negaram o pedido: Santa Catarina e Roraima.

Uma lástima um país onde a saúde pública não seja prioridade do poder público e entre mortos e feridos, não se salva a cidadania.

Postado por Painel Opinativo

Fome volta a crescer no Mundo

07.12.2017 às 14:40
Reprodução

Após um declínio constante por mais de uma década, a fome no mundo está novamente em ascensão, impulsionada por conflitos e mudanças climáticas. Em 2016, a fome afetou 815 milhões de pessoas ou 11% da população global. Os dados constam do relatório anual das Nações Unidas sobre segurança alimentar e nutricional, divulgado há três meses. O documento alerta também que múltiplas formas de má nutrição ameaçam a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo.

Esse aumento — de mais 38 milhões de pessoas em relação ao ano anterior — deve-se, em grande parte, à proliferação de conflitos violentos e mudanças climáticas, revelou o estudo “The State of Food Security and Nutrition in the World 2017” (O estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo em 2017). De acordo com o estudo, cerca de 155 milhões de crianças com menos de 5 anos sofrem com atraso no crescimento (estatura baixa para a idade), enquanto 52 milhões estão com peso abaixo do ideal para a estatura.

Estima-se que 41 milhões de crianças estejam com sobrepeso. A anemia entre as mulheres e a obesidade adulta também são motivos de preocupação. Essas tendências são consequências não só dos conflitos e das mudanças climáticas, mas também das profundas alterações nos hábitos alimentares e crises econômicas.

É a primeira vez que a Organização das Nações Unidas (ONU) realiza uma avaliação global sobre segurança alimentar e nutricional após a adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, cujo objetivo é acabar com a fome e com todas as formas de má nutrição até 2030, sendo essa uma das principais prioridades das políticas internacionais. O documento aponta os conflitos — cada vez mais agravados pelas mudanças climáticas — como um dos principais motivos para o ressurgimento da fome e de muitas formas de má nutrição.

O relatório traz ainda avaliação dos membros da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), em prólogo conjunto: “Na última década, o número de conflitos tem aumentado de forma dramática e se tornaram mais complexos e insolúveis pela natureza”.

Postado por Painel Opinativo

Novembro Azul

30.11.2017 às 14:40
Reprodução

*Painel Alagoas


A poucos dias de iniciar dezembro, pergunta-se se a campanha promovida por várias entidades e apoiada pelo poder público, a chamada Novembro Azul, atingiu seu propósito na conscientização sobre o câncer de próstata.

Esse tipo de câncer é o segundo que mais mata homens, o primeiro é o câncer de pulmão, apontam estatísticas médicas de vários setores de todo o planeta. A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que existe a previsão do surgimento de 1.201.619 novos casos e 335.643 óbitos no mundo devido a esta doença.

O Câncer de próstata , inicialmente ele não manifesta os sintomas, mas com o passar do tempo e a falta de prevenção, o tumor cresce e pode provocar problemas como , dificuldade para urinar,sangramento, obstrução do jato urinário e dor pélvica. Os homens devem começar, voltar a sua atenção para a prevenção, fazendo os exames devidos com 50 anos de idade.

Quem tem histórico familiar, ou homens negros, devem iniciar a prevenção, fazendo exames a partir dos 40/45 anos de idade. Outras medidas de prevenção: evitar o sedentarismo realizando exercícios físicos constantes, evitar alimentos gordurosos, e com muito açúcar, manter o peso, não fumar, e manter uma alimentação saudável...

Conforme os especialistas existem dois exames que se completam para diagnosticar este tipo de câncer no homem: seriam o PSA (exame de sangue) e o exame de toque retal. Esses exames devem ser feitos periodicamente, seguindo orientação médica.

E lembrar que o Novembro Azul não acaba dia 30.

Esse é um lembrete permanente para cada dia do mês: prevenção é preciso.


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Assédio sexual, a pauta sem tabu

23.11.2017 às 17:30
Reprodução

 O assédio sexual não é privilégio dos tempos de hoje, mas embora já não seja considerado o tabu de séculos atrás, ainda constrange vítimas que temem levar o abusador à Justiça. Em Alagoas há apenas quatro processos que tratam de assédio sexual tramitando no judiciário estadual, o que mostra que ainda é mínimo o índice de quem tem a coragem de levar o caso a público.

O Painel Alagoas ouviu algumas vítimas desses assédios e muitas ainda se acolhem no anonimato. Umas confessam que se sentem humilhadas, envergonhadas, outras, temem algum tipo de represália, mas a maioria delas tem medo mesmo é de que, no confronto, pese mais a defesa do acusado, do que a denúncia da vítima.

Cerca de 90% dos casos acontecem no trabalho, estima uma psicóloga ouvida pelo Painel Alagoas, e quase sempre a motivação é o estado de poder que domina o assediador, também avalia a terapeuta. Segundo ela, é a distância entre o chefe e a funcionária que muitos vezes intimida a vítima a denunciar ou acreditar que a versão dela vai valer mais do que a do denunciado.

No mundo das celebridades, o ator global José Mayer está no estaleiro da Rede Globo desde o início deste ano, apontado por uma auxiliar de estilista como assediador sexual.

Nos Estados Unidos, em uma semana, surgiram 15 denúncias na imprensa contra o ator Kevin Spacey, que confirmou por nota precisar de “avaliação e tratamento”. O produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, foi alvo de 80 denúncias de assédio sexual, a maioria tendo como vítimas mulheres famosas. Ele também optou por dizer que, assim como Spacey, igualmente precisa “se tratar” do problema.

Sim, é possível que o assédio sexual seja um distúrbio a ser tratado, mas é bom que assediadores e vítimas tenham a consciência de que isso é crime, está no Código Penal Brasileiro, de modo, que, passível de tratamento psicológico ou não, quem assedia sexualmente tem que sofrer punição, é a lei. E a justiça, por certo.

Postado por Painel Opinativo

Banho de sangue na esperança da paz

16.11.2017 às 10:29

O assassinato do vereador Neguinho Boiadeiro, de Batalha, mostra que o crime de mando, por questões políticas ou não, ainda está, infelizmente, em voga em nosso estado. Em poucas horas, um morto, dois feridos e duas famílias atingidas gravemente por uma rixa histórica, tenha sido ela ou não a causa do crime. A cena não é estranha a muitos, testemunhas de um passado recente, onde era fácil a contratação dos pistoleiros de aluguel para tirar a vida em nome do poder político ou/e econômico em Alagoas. Tantos tombaram sob a ordem dos poderosos, impunes na lei! Investigar crimes de pistolagem há cerca de 20 anos, aqui no estado, era apenas para inglês ver. Havia até intermediário para se contratar os matadores, havia conlu

io para se escolher as “vítimas” em troca de votos, suplentes matando titulares, fazendeiros avançando em terras alheias e mandando matar quem se queixasse, policiais civis e militares (até oficiais) sob o comando dos quem se achavam acima do bem e do mal. Alagoas era terra de ninguém, dizia a imprensa nacional e temiam os alagoanos por suas próprias vidas. Falava-se em sindicato do crime, davase nome aos mandantes, mas ninguém tocava neles. Nem a polícia, nem a Justiça. Espera-se que o caso de Batalha não seja um retrocesso na história de Alagoas, que prendam os culpados, que se faça justiça ao morto, mas, especialmente, que não se permita mais o retorno da pistolagem em nossa Alagoas. Nossa solidariedade ao povo de Batalha.

Postado por Painel Opinativo

Assim no Mundo, como no Brasil

O abismo político entre os sexos é o mais escandaloso

09.11.2017 às 10:20
Arte e Foto: Afrânio Aquino

*Editorial

O Fórum Econômico Mundial (WEF) informou, dia 2 passado, que a desigualdade entre homens e mulheres voltou a crescer este ano, depois de uma década de avanços constantes em matéria de igualdade entre sexos. O relatório envolve 144 países e analisa a situação entre sexos nas áreas de trabalho, educação, saúde e política.

O estudo avalia que mantido o ritmo atual, as desigualdades entre homens e mulheres no trabalho persistirão até 2234 (por mais 217 anos), quando no ano passado a previsão era de 170 anos para se atingir este objetivo.

Pelo quarto ano consecutivo se ampliou o abismo entre sexos na área trabalhista, um retrocesso ao nível de 2008, assinala o relatório.

Globalmente, o ano de 2017 "marca um retrocesso após uma década de avanços lentos, mas constantes em matéria de melhoria da igualdade entre os sexos, com a distância em escala mundial crescendo pela primeira vez desde a publicação do primeiro relatório, em 2006".

No ritmo atual, será preciso um século para acabar com a distância global entre homens e mulheres em escala mundial, contra os 83 anos calculados em 2016. Este retrocesso se explica pelo aumento da diferença entre homens e mulheres nos quatro pilares estudados pelos especialistas.

"As áreas onde a diferença entre sexos são mais difíceis de superar são economia e saúde, enquanto o abismo político entre os sexos é o mais escandaloso...", aponta o estudo. Diante das tendências atuais, a distância entre sexos na área da educação poderia ser eliminada no prazo de 13 anos.

A classificação geral é dominada pelos países do Norte da Europa: Islândia, Noruega e Finlândia.

No Brasil, a visibilidade dessa desigualdade dispensa estudos.

Infelizmente.

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Leitura, ainda há esperança!

26.10.2017 às 08:40
Arte e Foto: Afrânio Aquino

*Editorial

Um projeto para levar literatura às crianças roda o Brasil há sete anos, estimulando a potencialização da leitura desde a infância. O “Lê pra mim?”, criado pela atriz Sônia de Paula e pelo produtor Marcelo Aouila, esteve em Maceió de 17 a 19 deste mês de outubro, na Biblioteca Graciliano Ramos, onde atraiu alunos da rede municipal de ensino da capital, instituições filantrópicas e público espontâneo.

Em cada um desses encontros são lidos dois livros e os coordenadores do projeto fazem uma seleção de títulos que mesclam opiniões positivas da crítica especializada, com obras brasileiras que obtiveram sucesso comercial. As narrativas são as mais divertidas e o alvo é despertar nas crianças valores como ética, amizade e respeito, coisas fora de voga em tempos de adultos atolados em intolerância, preconceito e até corrupção.

Uma iniciativa louvável dos criadores do projeto, sem dúvida alguma.

Em Maceió, o “Lê pra mim?” foi iniciado pelas atrizes  Suzy Rego e Dhu Moraes, mas estiveram por lá como voluntárias para as leituras, os jornalistas Siqueira Jr, Carol Sanches, Thaise Cavalcante e Gilka Mafra, a blogueira Thalita Oliveira e os atores Ivana Iza, Paulo Poeta, Homero Cavalcante, Chico de Assis e José Marcio Prado. As escritoras de livros infantis Fátima Maia, Isvânia Marques e Cláudia Lins também participaram da atividade.

O projeto já esteve, entre outras cidades, no Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Juiz de Fora, Teresina, Belo Horizonte, Porto Alegre, São Luís e Belém.

Uma luz no fim do túnel, onde leitura e valores se completam no compromisso de futuro para o Brasil.

Que assim seja!

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Rosa, a cor de outubro

05.10.2017 às 07:50
Divulgação

* Painel Alagoas

Vinte e cinco por cento dos casos de câncer em mulheres são de mama e, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, 14.388 pessoas morreram dessa doença no Brasil em 2013, sendo 14.206 mulheres e 181 homens.

De acordo com dados divulgados pela Rede Feminina de Combate ao Câncer de Alagoas, o estado fechou 2016 com mais de 500 casos de câncer de mama registrados, sendo mais da metade só na capital. Essas estatísticas mostram que anualmente mais de 150 mulheres no estado morrem por conta da doença.

O diagnóstico cedo salva vidas, esse é o objetivo do Outubro Rosa, abraçado pelo mundo inteiro, mas como em um Brasil onde o sistema de saúde público é falho, as pessoas podem se prevenir?

É fato que hoje o poder público já se movimenta no apoio aos movimentos que apoiam essa bandeira, mas o processo ainda é moroso e não há prioridade na saúde pública para se agilizar os primeiros exames.

Para se ter uma ideia, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até se conseguir fazer um exame de mamografia, se leva semanas, até meses, e para receber o diagnóstico, no mínimo 30 dias. Conseguir uma consulta a partir daí com um mastologista e, mais ainda, entrar na fila para a quimioterapia, caso seja necessário, é mais um prazo absurdo de idas e vindas até ser atendido.

O Outubro Rosa tem servido para pressionar o estado a cumprir o seu papel.

É importante que a sociedade, de uma forma geral, se una a essa luta para que o número de óbitos seja cada vez menor, e para que as pessoas portadoras de câncer, em especial o de mama, já que a campanha se refere a essa tipificação especificamente, tenham a atenção e o tratamento corretos para a cura.

Que chegue rosa, a esperança de vida neste mês de outubro.

Postado por Painel Opinativo

Pregorexia: um transtorno alimentar na gravidez ligado à visão distorcida do corpo

12.09.2017 às 10:08

Sarah Lopes*

Para algumas mães, gestação é sinônimo de aumento de peso. Algumas usam a desculpa do “comer por dois”, para cometer excessos na quantidade de alimento ingerido, ou até mesmo, a ingestão de “gordices” durante os meses gestacionais. Mas, há exceções, como as grávidas que sofrem de um transtorno pouco conhecido, chamado de pregorexia.

De acordo com Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida Saúde, “A pregorexia é um transtorno alimentar que acomete as gestantes e as causas são praticamente as mesmas de todo transtorno alimentar, estão diretamente ligadas à manutenção do corpo e da estética, sem se importar com as consequências destas atitudes. Geralmente, a pregorexia se desenvolverá com mães que já possuem um histórico alimentar precário, ou seja, já houve histórico bulímico ou anoréxico”.

 Os sintomas estão ligados a uma descompensação entre a alimentação balanceada e atividades físicas. “Sabemos que atualmente as pessoas estão, cada vez mais, procurando estar com o corpo bonito, bem definido e alimentação equilibrada, o que de fato é excelente, o problema é quando sai da medida e o foco passa a ser a beleza física e não somente a saúde da mamãe e do bebê”, explica Sarah.

O termo “comer por dois” às vezes faz um pouco de sentido. Para Sarah, “os efeitos são realmente graves, levando-se em consideração que a mamãe está sendo o suporte alimentar de uma criança, a falta de uma nutrição adequada prejudica o desenvolvimento fetal, e dentre as causas psicológicas podemos citar um agravamento na alteração da visão corpórea e desnutrição geral”, diz a profissional.

A psicóloga lembra que as consequências estão diretamente ligadas a nutrição e esforço físico. “Quando as gestantes não se alimentam de forma adequada, seja na quantidade ou até mesmo na qualidade, o feto tende a uma má formação, tanto física, quanto neurológica, como também, no momento do parto podem ocorrer algumas complicações”, adverte.

É comum a perda de peso nos primeiros meses de gestação em decorrência dos enjoos comuns neste período. Sobre a prática de atividade física, Sarah alerta: “Após o primeiro trimestre da gestação, em comum acordo com seu ginecologista/obstetra, é necessário uma avaliação e recomendação do exercício que está de acordo com a sua condição. Se você já é atleta e possui bom condicionamento físico, pode dar continuidade à atividade com as recomendações de seu médico, bem como a alimentação, que deve estar atenta para que não haja um ganho excessivo de peso e também não haver tanta restrição alimentar, levando-se em consideração os nutrientes necessários para o feto. Recomenda-se que o ganho de peso deve estar entre 9 e no máximo 12 quilos”.

O tratamento para quem sofre este tipo de transtorno alimentar está diretamente ligado à alteração da visão corpórea. “Se a mamãe se olha no espelho e não se sente confortável com o peso nem como a sua estrutura, mesmo sabendo que é temporário e que é necessária a mudança para o desenvolvimento fetal adequado, neste momento, não se recomenda o uso de medicação, mas a psicoterapia pautada na terapia cognitivo comportamental possui bons resultados”, finaliza a psicóloga 

*Psicóloga do Hapvida Saúde

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Os desmandos da Previdência Social Brasileira

20.07.2017 às 20:38

 

 Janguiê Diniz*

A reforma previdenciária é um dos grandes debates da atualidade no Brasil. Inúmeros são contra e outros tantos a favor. Entretanto, antes de qualquer posicionamento, é preciso entender o que significa a previdência social por aqui e como ela funciona. Como em todas as discussões, é preciso se desarmar, o máximo possível, das paixões político-ideológicas, pensar mais no social do que em si e se informar, para que não se fale do que não existe ou coisas que não fazem sentido.

A previdência social se traduz em uma poupança compulsória que garante ao cidadão condições financeiras para se sustentar quando não fizer mais parte da população economicamente ativa (PEA). Ela é o resultado de contribuições feitas por trabalhadores, através dos impostos, e é administrada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A Previdência Social instaurada no Brasil apoiou-se no princípio político alemão, definido pela expressão Sozialstaat (Estado Social) e, por isso, apresentou algumas semelhanças com o modelo bismarckiano, tais como o sistema de repartição, o financiamento tripartite e a necessidade de contribuição prévia para a concessão de benefícios, formando as bases da atual estrutura previdenciária. Tanto no Brasil quanto na Alemanha, o que se percebe é que a expansão das políticas ligadas ao seguro social ocorreu em um contexto marcado por intensas mudanças sociais que acompanharam a modernização da sociedade, as demandas impostas pelo aumento dos riscos e situações de emergência, a exigência por direitos sociais e a insuficiência do mercado em prover o bem-estar social.

É pertinente afirmar que não há superavit na Previdência brasileira, pelo contrário, o que existe é um amplo e crescente déficit. De acordo com o Ministério do Planejamento, o déficit - que em 2014 foi de R$130 bilhões -, praticamente dobrou em um período de dois anos, chegando a R$ 258,7 bilhões em 2016, valor que corresponde a aproximadamente 4,2% do PIB nacional.

Entretanto, é preciso observar, também, os gastos da Previdência. Hoje, a média de aposentadorias no setor público Executivo é de R$ 9 mil. Para o setor Judiciário esse valor sobre para R$ 25 mil, no setor Legislativo chega aos R$ 28 mil e atinge R$ 30 mil no Ministério Público. Enquanto isso, o setor privado tem a aposentadoria em uma média de R$ 1.900,00. Esses dados nos levam a outro ponto relevante: o setor público gasta, por ano, R$ 115 bilhões para cada 1 milhão de aposentados, enquanto o setor privado gasta R$ 500 bilhões para 33 milhões de aposentados.

O déficit da previdência social  de servidores públicos da União e militares já é maior do que o dos trabalhadores da iniciativa privada que recebem pelo INSS. Em 2016, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), dos trabalhadores do setor privado, teve déficit de 151,9 bilhões de reais e o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), funcionários dos municípios, estados e União, ficou negativo em 155,7 bilhões de reais.

O problema da Previdência brasileira não é demográfico nem atuarial. A má administração dos recursos, a sonegação, as fraudes, a corrupção e os benefícios absurdos destinados à casta do funcionalismo público e aposentadorias especiais quebrou a previdência. Fato é que não há dinheiro para custear as pensões atuais, muito menos as vindouras. A população está envelhecendo e as sucessivas crises econômicas impediram a entrada de jovens suficientes no mercado formal de trabalho. O problema é simples: menos contribuição resulta em mais despesa.

Para uma estratégia bem-sucedida no âmbito previdenciário, não se pode excluir do Estado a função de promotor do bem-estar e também não se deve isentar os setores privados que, em parceria com o governo, podem auxiliar na construção de um sistema mais igualitário e sustentável. Entretanto, é preciso tornar o sistema público mais eficiente e empenhado no atendimento da população. Apenas assim será possível construir um sistema previdenciário que seja equilibrado financeiramente e, ao mesmo tempo, universal, igualitário e sustentável a longo prazo.


*Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional 

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