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Fragmentos de uma noite inesquecível na companhia de Hermeto Pascoal

13.09.2025 às 22:23
Foto Eliane Aquino


A genialidade de Hermeto se confunde com a sua naturalidade no trato de "ser famoso" . Sua simplicidade é, com certeza, uma das fontes da sua gigantesca criatividade. 

Quando eu soube que Hermeto Pascoal seria um dos agraciados,com a Medalha do Mérito da República Marechal Deodoro da Fonseca, fiquei ansioso para comparecer ao evento.Minha ansiedade era consequência de uma curiosidade particular.Já tinha presenciado algumas de suas maravilhosas performances em espetáculos no Rio de Janeiro, mas como seria o mago do som fora dos palcos?

Como pensaria hoje esse jovem senhor, que saiu em 1958 da desconhecida Lagoa da Canoa para conquistar o Brasil e o mundo?O mundo sim, sem nenhum exagero.Airto Moreira,ao apresentá-lo, nos Estados Unidos, a outro gênio da música no século XX, testemunhou a imediata consonância mental entre Hermeto e ninguém menos que Miles Davis.O encontro de ambos, em 1970, virou disco do maestro e gênio do trompete, com direito a participação e inclusão de duas músicas de Hermeto: “Igrejinha” e “Nenhum talvez”.

No ano seguinte, Airto Moreira grava uma música composta pelo pai de Hermeto: “Gaio de Roseira”.A crítica inglesa rasgou-se de elogios à composição e ao arranjo.Estava consolidada a carreira do Albino Crazy( carinhoso apelido dado à Hermeto por Miles Davis) no exterior.

A história é muito mais extensa, mas não quero me alongar nela.A minha admiração por Hermeto começou justamente ao ouvir o disco Live Evil de Miles Davis e a reverência explícita, nesta obra , a Hermeto, me estimulou a acompanhar os voos e tendências sonoras do mesmo.Isso já era o suficiente para despertar a minha vontade de ver, estar perto, enfim captar alguma energia positiva que certamente emana dessas “almas diferenciadas”.

Chego bem antes da hora e ,para minha surpresa, Hermeto já se encontra no local com sua companheira: a jovem e simpática(e também instrumentista)Aline Morena.Com toda a minha emoção contida cumprimento o casal e passo a acompanhar a entrevista de Hermeto para a Rádio Gazeta.Eufórico e com excelente humor quase não deixa o repórter perguntar nada; fala, graceja e até ensaia com a companheira uns interessantes “embolados sonoros” .Quando o repórter Warner Oliveira insinua uma despedida Hermeto intervém: “Peraí meu filho,eu ainda não falei quase nada”. Em meio aos risos dos que assistiam a cena, a entrevista continua. Ao terminarem peço para tirar uma foto com o casal, e sou prontamente atendido.

Os demais homenageados e as autoridades organizadoras do evento vão chegando à sala vip, mas permaneço “grudado ao casal”. Ele agora conta que num repentino momento daquela tarde ,ao olhar pela janela , começou a cantarolar e acabou escrevendo no “bloquinho do hotel “ uma música que acabara de batizar de suíte alagoana. Sua companheira abre a bolsa e mostra as folhas do bloquinho cuidadosamente enroladas e amarradas,em forma de canudo, com um laço prateado. “Quero fazer uma surpresa para o governador.Vou presenteá-lo com os originais da minha mais nova criação”.

No início da cerimônia sentamos na mesma mesa.Ao ser chamado para receber a sua honraria Hermeto já se diferencia dos anteriores pois encaminha-se para o palco dançando e gesticulando, tirando e colocando seu chapéu várias vezes sobre sua vasta cabeleira branca.Intensificam-se os aplausos.

Ao se dirigir ao púlpito para fazer uso da palavra Hermeto desmonta a apresentadora Gilka Mafra ao recusar um aperto de mão e exigir da mesma “um cheiro”.Exigência atendida e formalidades quebradas, Hermeto pede para que o governador se aproxime pois trouxera alguns presentes.Entrega-lhe, então, um DVD, um CD e, ele mesmo, desenrola os papéis do “bloquinho do hotel” ,entregando folha por folha ao governador, fazendo com que o mesmo repetisse os números: “Folha um, folha dois etc…” Ao governador, meio sem entender do que se tratava, Hermeto finalmente explica que naquelas folhas(num total de sete) estavam os rascunhos da sua mais recente composição: “Suíte Alagoana”. Aplausos!

Em seu longo discurso de encerramento o governador Teotônio Vilela Filho exalta as qualidades e o merecimento de cada um dos agraciados com aquela homenagem.Ao chegar na parte de Hermeto o governador diz não saber exatamente o que a sua genialidade representava, quando é abruptamente interrompido por um sonoro “Nem eu!” do próprio. Risos e muitos aplausos.Mais uma vez Hermeto quebrava a monotonia protocolar da cerimônia.Ao final da fala do governador ,todos os homenageados se reúnem para a foto histórica.

O evento se aproximava do fim, mas muita gente ainda queria tirar uma foto, ter uma rápida conversa com Hermeto e Aline.O casal, sempre atencioso, atendia as solicitações de todos.Procuro o motorista para levá-los de volta ao hotel.Antes de sair, Hermeto faz questão de ir até o palco e cumprimentar os músicos que tocavam naquele já fim de noite.Os mesmos param para reverenciá-lo em sinal de agradecimento.Antes de encerrar , uma última surpresa:voltaríamos no mesmo carro. 

No rápido caminho de volta ,Aline conta que estão com a agenda cheia pelos próximos quatro meses.Hermeto lamenta que não “rolou” cerveja no coquetel pois é a bebida que mais gosta e faz uma revelação inusitada. Quando voltar à Alagoas cobrará do governador os presentes que pediu:um jumento, um galo e uma galinha. 

Depois desses agradáveis momentos fico me perguntando como são criados os mitos?O que eles têm de diferente da maioria das pessoas?Praticamente nada.No caso de Hermeto sua genialidade se confunde com a sua simplicidade.Penso que sua naturalidade é o segredo de sua gigantesca criatividade.

Simples assim…

*RL(Atualizado e republicado)

Postado por Etcetera

Cazuza-Boas Novas!

A partir de 17 de julho nas telonas do Brasil

14.07.2025 às 18:40
Divulgação


A partir de 17 de julho, o documentário "Cazuza, Boas Novas!" vai contar a história de um dos maiores ícones do rock nacional. Com raros registros do nosso poeta e depoimentos exclusivos, o filme promete revelar os momentos mais intensos da vida e carreira de Cazuza. 

Boas Novas revisita o período mais criativo e intenso da vida de um dos maiores artistas do Brasil. 

Entre os anos de 1987 e 1989, Cazuza produziu três álbuns, ganhou diversos prêmios e subiu no palco para mais de 40 apresentações do espetáculo O Tempo Não Para. Tudo isso lidava com o diagnóstico de AIDS e vivia sob o risco de morte e o agravamento contínuo de sua saúde.

 O documentário conta com imagens exclusivas e depoimentos inéditos de figuras que conviveram com o grande compositor, como Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Frejat, sua mãe Lucinha Araújo e o próprio diretor do longa, Nilo Romero, quem dirigiu o último show do cantor e com quem Cazuza foi amigo e parceiro de composições. 

Com uma riqueza de registros e vídeos de arquivo, Cazuza: Boas Novas revela o legado de um vanguardista e o impacto de uma mente criativa que mudou a trajetória da música brasileira como poucos.

Postado por Etcetera

Reencontro fora da pauta

Fiquei muito feliz com a presença de Felipe Camelo no evento da estilista Fiama Pimentel

03.06.2025 às 02:40
Felipe Camelo

O evento promovido pela estilista Fiama Pimentel na Baru Clothes, celebrando sua matéria (de capa) na Painel Alagoas, me proporcionou reencontrar Felipe Camelo, que ilustra mensalmente duas páginas da nossa publicação impressa, há  mais de 6 anos. 

Não nos víamos pessoalmente há algum tempo e reencontrá-lo num evento ligado à Painel só nos deu satisfação (a mim e a Afranio). 

Apesar de comparecer como convidado, Felipe logo começou a exercitar o que faz como ninguém: fotografar pessoas em ângulos pouco explorados e surpreender sempre com os resultados obtidos.

No dia seguinte ao evento sou surpreendido com o envio de várias dessas fotos pelo whatsapp. Era um presente de Felipe, que compartilho  com os leitores desta coluna.. 


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É a mãe!

11.05.2025 às 21:40
Divulgação

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Etcetera é 1000

Em 23/4 a coluna Etcetera chegou à sua milésima edição

24.04.2025 às 21:01
Postado por Etcetera

Só para mulheres

Noite concorrida só para mulheres, recepcionadas por Patrícia Teixeira em torno do niver da empresária Help Nunes

19.04.2025 às 22:55
Fotos:Fábio Santos e Instagram Montagem Etcetera

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SIM ao amor de Afranio e Viviane

Amigos e familiares acompanharam o dia histórico na vida do casal

24.03.2025 às 00:52
Fotos:arquivo pessoal e Instagram

Noite prestigiada por familiares e amigos, no dia 21 de março no Fama Festas&Eventos, em torno do casamento do editor geral dos veículos Painel,  jornalista Afranio Aquino e da empreendedora Viviane Livia. 

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Nossas Mulheres

10.03.2025 às 09:00
Montagem Etcetera

No Dia Internacional da Mulher homenageamos mulheres que foram destaque na coluna Etcetera em janeiro e fevereiro de 2025

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Ecos do Pinto

Maior bloco de Alagoas levou alegria, cultura e energia para a avenida, homenageando grandes nomes da arte e da história

26.02.2025 às 21:00
Etcetera 972 - Assessria/Instagram

O Pinto da Madrugada superou expectativas neste sábado (22), reunindo mais de 500 mil foliões na orla de Maceió ao som do frevo. Patrimônio imaterial da cultura alagoana e maior bloco do estado, o Pinto celebrou seus 26 anos com um desfile inesquecível. “Foi o desfile mais lindo, nunca vi nada igual”, afirmou Braga Lyra, um dos fundadores.

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Um dia histórico para a cultura alagoana

Theatro Homerinho é inaugurado no Jaraguá

16.02.2025 às 12:00
Montagem Etcetera

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Etcetera por Ricardo Leal

Publicitário, radialista, poeta e escritor. Carioca, radicado em Alagoas desde 2002, trabalhou em diversas campanhas eleitorais no estado. Foi diretor da Organização Arnon de Melo (OAM) e do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP). Atualmente  CEO - Press Comunicações, Diretor/Editor - Revista Painel Alagoas e  Editor - Coluna Etcetera (impressa e digital)

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