Hélio Moraes*
Lá pras bandas do sertão de minha Alagoas querida tão cheia de belezas no agreste e litoral,
e embora o sertão também seja lindo, bradava uma seca sem tamanho pior que praga de sogra
torrando o solo, matando o gado e arrebentando as esperanças do nosso povo sofrido,
que apesar das orações e da fé com olhos sem lágrimas nem esperança suplicava: E agora?
Moravam naquele pequeno estado uma Tartaruga que não era chegada a correrias, mas sem maldade,
e também ali havia um Macaco Espertalhão, muito avexado pelo luxo e pela riqueza além de endiabrado
que pra conseguir seus intentos mentia, iludia, vomitava provocações e chateava o povo pobre,
com promessas enganosas, falsas crendices, mentiras e agressões...tudo muito bem misturado!
Depois de um certo tempo onde os louvores a São Pedro não chegaram
a Tartaruga tomou a frente da luta contra a seca flageladora, imoralmente presente e sem dó,
trazendo água do São Francisco para as gentes e bagaços de cana para os bois
não desfazendo a tragédia da falta de chuvas, mas tirando da burocracia seu impiedoso nó!
Eita, que o Macaco Esperto danou-se a reclamar, praguejar, urrar e desdizer com a inveja que é pecado capital,
inveja incontida, cheia de rancor, raiva canina ou macaquina? desamor e até cada vez mais falava feio palavrão,
que aquilo tudo não passava de paliativos, adiamentos, postergações e mais palavras difíceis
esquecendo que ao povo sertanejo necessitado o pouco ou tudo que chegava era de bom grado no coração!
A Tartaruga seguiu em frente a pensar, sabendo que mais coisas além da esperança fincada,
a palavra empenhada e o socorro emergencial, tinha que trazer pra esse povo a solução verdadeira; povo bom e sofrido
que já não aguenta embromação, falsa valentia, discurso enganador, vaidade doentia e juízo de menos a pior...
o que esse povo bom, ordeiro, trabalhador sertanejo quer é ver sua criação viçosa e estampar um sorriso!
O que eu soube por esses dias vinda de fonte de valia foi que o Macaco Espertalhão e tagarela
foi baixar em outras bandas já falando que vai de novo tentar emprenhar pelo ouvido outras freguesias,
pois o mesmo não sossega enquanto não tem tudo que cobiça, mesmo sabendo que a inveja
nada constrói e tudo atrapalha, principalmente se no lugar de trabalho só oferece feias e vãs estripulias!
Quanto ao outro vivente que trouxe alegria mesmo contada e contida pro povo ressequido mas esperançoso,
tem a obrigação de lá voltar com soluções duradouras, para que o sertanejo continue com o sorriso escancarado
ciente de que todo sofrimento um dia finda ainda que de difícil solução seja pelas graças de Deus ou dos homens.
O que não pode é a Tartaruga benfeitora deixar espaço pro Macaco Espertalhão voltar berrando feito bezerro desmamado!
*É médico
A despeito do imenso problema social que causará e do caos que provocará no Sistema Único de Saúde (SUS), um eventual colapso das Santas Casas e dos hospitais filantrópicos decorrente de dificuldades financeiras crescentes não surpreenderá quem acompanha a situação da saúde pública no País. Trata-se de um problema antigo, de causas perfeitamente diagnosticadas, e que se agrava a cada dia, mas para o qual as autoridades responsáveis - em boa parte por comodismo - não deram e continuam a não dar a atenção que merece. O preço que o País terá de pagar, caso os problemas se agravem a ponto de a situação se tornar insustentável num futuro próximo, certamente será maior do que o custo de uma solução racional, que ainda é possível adotar.
A Constituição estabeleceu que a saúde é um direito fundamental do cidadão e, para garanti-lo, sem dispor de estrutura própria suficiente para isso, o Estado brasileiro estabeleceu o que deveria ser uma parceria com as instituições filantrópicas. Estas responderam bem à proposta de parceria e, por isso, sua presença nas operações do SUS é cada vez maior.
Em 2004, por exemplo, os hospitais públicos respondiam por 41,4% das internações pelo SUS, os hospitais privados sem fins lucrativos (Santas Casas e instituições filantrópicas), por 39,9% e os privados lucrativos, por 18,7%. Por causa da remuneração inadequada dos serviços, os hospitais particulares reduziram sua participação para 10,2% do total das internações em 2011, de acordo com dados do Ministério da Saúde utilizados no relatório da subcomissão especial da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, que discutiu o problema. Em contrapartida, aumentou a participação dos hospitais públicos e dos privados não lucrativos, para, respectivamente, 45,0% e 44,8%.
Hoje, as Santas Casas e os hospitais filantrópicos têm a mesma importância dos hospitais públicos no atendimento aos pacientes do SUS. Os dados recentes mostram também o que poderia acontecer no sistema público de saúde caso as Santas Casas deixassem de operar por absoluta incapacidade financeira.
A crise nas finanças das Santas Casas é conhecida há vários anos, e, sem medidas adequadas por parte dos responsáveis pelos programas de saúde pública, só piora. Em 2005, a dívida dessas instituições era estimada em R$ 1,8 bilhão, em 2009 saltou para R$ 5,9 bilhões e, em 2011, alcançou R$ 11,2 bilhões, de acordo com o relatório da subcomissão formada na Câmara dos Deputados. Mantido o ritmo de crescimento anual desse período, de cerca de 35% ao ano em valores nominais, deve ter alcançado R$ 15 bilhões no fim do ano passado (os dados consolidados ainda não foram divulgados).
O simples exame dos custos dos serviços prestados pelas entidades filantrópicas ao SUS em 2011 e da receita com os serviços prestados não deixa dúvidas quanto à causa do crescimento da dívida. Em 2011, essas entidades gastaram R$ 14,7 bilhões com os serviços, mas sua remuneração, pelo SUS, ficou em R$ 9,6 bilhões. Isso quer dizer que o pagamento do SUS cobre apenas 65% dos gastos desses hospitais. Só em 2011 (não há dados para 2012), o déficit foi de R$ 5,1 bilhões. A defasagem é maior para procedimentos considerados de média complexidade.
Reportagem do jornal O Globo (10/2) mostra que, sem recursos financeiros, hospitais têm adiado cirurgias, enfrentam ameaças de greve, carecem de materiais e chegam a suspender suas operações.
Essenciais para o SUS, as Santas Casas são insubstituíveis em muitas comunidades. Do total de 2,1 mil estabelecimentos hospitalares sem fins lucrativos, 56% estão em cidades com até 30 mil habitantes e são o único hospital em quase mil cidades.
Evitar o agravamento de sua crise exige o reajuste imediato da tabela de pagamento do SUS para cerca de 100 procedimentos, mas, até agora, não há previsão do governo para a correção desses valores, reconheceu o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães. O governo abriu uma linha de crédito no BNDES para esses hospitais, mas, já muito endividados, eles temem contrair novas dívidas. Sua saúde financeira aproxima-se do ponto crítico.
Dr. George Toledo
Com o objetivo de obter um corpo perfeito e "sarado" em pouco tempo, muitos homem e mulheres recorrem ao uso de esteróides anabolizantes. Pesquisa inédita revela que essas substâncias degeneram a saúde do coração, do cérebro e elevam o risco de morte súbita. Os prejuízos ao corpo são impressionantes.
Os usuários apresentam um risco cinco vezes maior de ter acidente vascular cerebral, parada cardíaca ou morte súbita do que a população em geral. Os anabolizantes são substâncias análogas à testosterona, fabricada nos testículos. São uma classe de hormônios esteróides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão. O resultado é o desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo, por isso são usados com a finalidade de aumentar a massa muscular e reduzir a fadiga.
Se a testosterona já existe em quantidade suficiente no organismo, doses adicionais inibirão a produção orgânica (natural). A questão é que as substâncias sintéticas não são aceitas da mesma forma que a testosterona natural por outras glândulas, o que inicia um desequilíbrio na troca de mensagens entre os hormônios que regulam os ritmos do corpo. Elas agem, por exemplo, sobre a glândula supra-renal, estimulando a maior liberação de noradrenalina, que pode aumentar o risco de desenvolvimento de arritmias cardíacas (alterações do ritmo cardíaco), podendo levar até a morte súbita.
O uso indevido de anabolizantes pode acarretar inúmeros problemas como:
Homens e adolescentes: redução da produção de esperma, impotência, dificuldade ou dor em urinar, calvície e crescimento irreversível das mamas (ginecomastia).
Mulheres e adolescentes: aparecimento de sinais masculinos como engrossamento da voz, crescimento excessivo de pelos no corpo, perda de cabelo, diminuição dos seios, pelos faciais (barba).
Em pré-adolescentes e adolescentes de ambos os sexos: finaliza, prematuramente, o crescimento deixando-os com estatura baixa para o resto de suas vidas.
Em homens e mulheres de qualquer idade: aparecimento de tumores (câncer) no fígado, perturbação da coagulação do sangue, alteração no colesterol, hipertensão, ataque cardíaco, acne, oleosidade do cabelo e aumento de agressividade que pode manifestar-se em brigas.
Usuários que injetam esteróides anabolizantes com técnicas inadequadas e não estéreis (livre de contaminação), ou dividem agulhas contaminadas com outros usuários, correm o risco de contrair infecções como HIV, hepatite B e C. Há ainda, o problema com preparações ilegais dessas drogas, as quais são elaboradas em condições não estéreis colocando em risco os que as utilizam.
Portanto nada mais "natural" do que; deixar sua Genética agir, uma malhação com disciplina, alimentação adequada e orientação com um profissional especializado, o seu coração vai agradecer.
(*) Dr. George Toledo é cardiologista e médico clínico
*Jorge Vieira - Jornalista
*Thelma de Oliveira
*Jorge Vieira - Jornalista
Jorge Vieira – Jornalista
O Partido dos Trabalhadores, popularmente conhecido pela sigla PT, foi criado em uma conjuntura de grande efervescência social e política, com o objetivo de romper com as estruturas do velho regime ditatorial então em vigor e com a uma perspectiva de forjar uma nova representação política de uma sociedade que se movimentava em busca de mudanças sociais, políticas e econômicas.
Nesse contexto, a grande mídia impressa, radiofônica e televisiva confundia intencionalmente a população identificando os seus militantes com os chavões de comunistas e baderneiros vermelhos. Para parcelas significativas da sociedade, leia-se classe média e alta, o partido representava os interesses do Comunismo Soviético; a massa absolvia os ditames midiáticos; enquanto que outros segmentos, ligados principalmente a partidos de esquerda, movimento sindical, associação de moradores e Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) da Igreja Católica cuidavam em discutir um novo modelo de sociedade e de participação política.
No imaginário social, independentemente dos interesses ideológicos de uns ou ausência de formação política de outros, o PT nasce de uma militância que quer construir uma nova perspectiva política para o Brasil, pregando um socialismo à brasileira, fundamentado em princípios éticos e cristão. Pode-se afirmar, utilizando as melhores das expressões da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire e da Teologia da Libertação, que reconhece o excluído e oprimido como sujeito de sua própria libertação. Inegavelmente, esse é o novo jeito de fazer política no Brasil. E o PT representa isso e Lula é sua maior expressão.
Ao longo das últimas décadas da história brasileira a sociedade, mesmo não estando de acordo, foi se acostumando com a militância petista nas mobilizações sociais, reivindicações por melhores salários, por moradias dignas, na luta pela demarcação das terras indígenas e pela reforma agrária. Onde tinha uma luta dos trabalhadores, ali se encontrava a bandeira do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Este era o partido dos movimentos. Entretanto, o PT, obviamente, almeja o poder. E, aos poucos, foi conquistando espaços institucionais no parlamento e nas administrações municipais, estaduais e, nos últimos dez anos, o nível federal. Nesta trajetória, adquire experiência administrativa, mas também dissabores e revezes políticos, provocando frustrações e decepções no seio da sociedade.
Indubitavelmente, a contribuição dos PT para a sociedade brasileira, é inegável! O Brasil mudou com a participação da militância petista, com o modo petsita de governar, com o diálogo com os movimentos e segmentos sociais, religiosos, étnicos e de gêneros. O acúmulo social é incomensurável. E pode-se afirmar, do ponto de vista social, ainda não se identifica nenhuma força política com base social suficiente que possibilite a construção de uma nova alternativa partidária no campo da esquerda popular.
No entanto, a atual conjuntura vivida pelo Partido dos Trabalhadores é marcada pelo que se pode chamar de crise da militância com a governabilidade. O partido encontra-se numa encruzilhada: como ser governo e, ao mesmo, coerente com sua origem, fazer militância política. O PT sabe que para governar precisa de alianças, que exige acordos e renúncia em determinados pontos programáticos; mas, ao mesmo tempo, não pode abdicar do projeto de sociedade que defende.
Parece ser este o dilema que precisa ser encarado pela militância do Partido dos Trabalhadores. Como governar o Brasil sem abdicar do modo petista de fazer política e de governar. A sociedade espera por esta resposta!
Jorge Vieira - Jornalista
A Assembleia Legislativa prestará homenagem pelo centenário do Padre Teófanes, em Sessão Especial proposta pelo deputado Judson Cabral (PT/AL), que se realizará no plenário Tarcísio de Jesus, a partir das 9h do dia 15 de junho. À frente das atividades comemorativas estão o Magnífico Reitor Dr. João Sampaio e o vice-reitor Prof. Dr. Douglas Apratto. Será aberta à participação da sociedade em geral, com contará com a presença de autoridades civis, militares e religiosas, pró-reitores, coordenadores, professores e alunos dos cursos de Graduação e Pós-Graduação do Centro Universitário CESMAC.
A sessão pública é a continuidade de inúmeros eventos que serão realizados durante o ano de 2012, aberto com a celebração da missa presidida pelo padre Manoel Henrique de Melo Santana, às 19h do dia 14 do corrente mês, no pátio do prédio do antigo Colégio Guido de Fonttgalland, localizado à Rua Ângelo Neto. Espaço simbólico, visto que foi o local de sua residência e onde teve início a série de obras educativas por ele realizadas.
Durante o ano a programação será divulgada através dos meios de comunicação de massa, documentário, galhardetes, cartazes, banners e folders. Além das atividades acima mencionadas, destacam-se a Sessão Pública na Câmara de Vereadores de Maceió proposta pelo vereador Sílvio Camelo e as que serão promovidas pela Prefeitura Municipal de São José da Lage, sua terra natal. Em nível do CESMAC, serão realizados concursos de textos, poesias, charges e crônicas, exposição de obras e fotos e mesa-redonda com pessoas que acompanharam e participaram de sua vasta produção social e acadêmica.
As comemorações do centenário do padre Teófanes se justificam pelo significado de suas obras por si mesmas, além de sua visão de sociedade e de mundo, sua relevância e contribuição para a sociedade alagoana. Entretanto, no atual contexto, faz-se urgente e necessário resgatar a história de personalidades que marcaram a sociedade com suas obras, como também a daquelas que continuam contribuindo efetivamente com o desenvolvimento social, política e econômico do Estado de Alagoas.
A história de Alagoas é marcada por massacres e escravização das populações etnias nativas e africanas, índices de miserabilidade da maioria da população e de analfabetismo em contraposição a concentração de renda nas mãos de uma minoria, e mais recentemente de violência urbana, especialmente contra a juventude.
Neste cenário, o CESMAC dar continuidade à utopia do seu fundador na educação de milhares de jovens, com o resgate da história, das obras e da força simbólica do padre Teófanes, despertando, formando e contribuindo com a construção de uma nova sociedade.
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