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Onde cortar?

Se você chegou a ler o artigo da semana passada, percebeu o que um dinheirinho guardado todo mês, quando aplicado, pode realizar sonhos

11.12.2023 às 07:00

Onde cortar?

Olá, meu querido leitor, minha querida leitora!

Se você chegou a ler o artigo da semana passada, certamente percebeu o que um dinheirinho guardado todo mês, quando aplicado, pode realizar de sonhos, desde que se tenha a paciência para vê-lo crescer. Com efeito, a dupla juros-tempo é capaz de transformar pequenas quantias em valores consideráveis: com R$ 100 aplicados religiosamente todos os meses (a 0,80%am), após 30 anos, pode-se chegar a R$ 209.302... E veja: R$ 100 mensais correspondem a um pouco mais do que R$ 3,00, ao dia, o que, convenhamos, não irá tirar a alegria de viver de ninguém, não é mesmo?

Animado com o conceito, nesta altura você pode estar se perguntando como fazer caso queira aumentar o valor a guardar a cada mês... já se imaginou guardando R$ 500 mensais e após 30 anos ter mais do que R$ 1 milhão acumulados (= R$ 209.302 x 5)?

Não há mágica, e a resposta é simples: para isso acontecer, será preciso que suas receitas (tudo o que você recebe como salário, comissões, aluguéis de imóveis, dentre outros) superem as suas despesas, gerando assim uma sobra periódica. Agora reflita: o que é mais fácil você conseguir, aumentar seus ganhos ou reduzir suas despesas? Acertou se optou pela segunda alternativa, já que as despesas são itens sob seu controle, enquanto as receitas não, pois irão depender de fatores fora de sua influência... Será que seu patrão concorda com um aumento de salário, por exemplo?

Tendo chegado à conclusão de que reduzir despesas é a solução, observo, entretanto, que, mesmo fortemente motivados, muitos desistem no meio do caminho, mais por falta de estratégia do que por ausência de disciplina. E é aí que entra a minha sugestão, que a partir de agora chamarei (pomposamente!) de Plano Estratégico de Cortes (PEC).

Um PEC bem sucedido começa com você listando (e classificando) todos os gastos que teve nos últimos três meses, de forma a evitar distorções devido à sazonalidade. Faça um esforço para não se esquecer de nada, incluindo aí juros, taxas bancárias, impostos, etc. Encontre seu gasto mensal para cada item dividindo os totais encontrados por três.

O passo seguinte é classificar estes gastos em: (1) Financeiros: aqueles que você paga aos bancos, financeiras, cartões, dentre outros; (2) Desperdícios: aqueles que você pode eliminar e não sentirá falta, como por exemplo o clube que você não frequenta, ou o ar-condicionado que nunca é desligado; (3) Supérfluos: aqueles associados a pequenos prazeres, mas que, diante de um objetivo maior (o seu futuro milhão), poderão ser eliminados. Por exemplo: o cafezinho, o cigarro,  a ida de carro diariamente para o trabalho, as compras de roupas em excesso; (4) Essenciais: aqueles sem os quais você não vive: o aluguel, as contas de luz, gás, telefone, a escola das crianças, o plano de saúde, o lazer, o plano de previdência.

Com tudo isto pronto, agora é obedecer à regra de ouro na hora de aplicar a tesoura nas despesas: corte os gastos onde doer menos... A ideia, conforme citada no início do artigo, é não tirar a sua alegria de viver, combinado? O que corresponderá a seguir a ordem da classificação citada no parágrafo anterior. Inicie pelos gastos financeiros (por que deixar de ir ao cinema para pagar juros bancários?) e, quando terminado, passe para a categoria seguinte, os desperdícios (por que deixar de almoçar fora com a família para deixar o ar-condicionado funcionando em um quarto vazio?). Observe que os gastos para estes dois grupos (financeiros e desperdícios) não trazem qualquer qualidade de vida, razão pela qual devem ser eliminados rapidamente, concorda?

Já as tesouradas finais significarão algum sacrifício, seja por reduzirem aqueles pequenos prazeres (os supérfluos), seja por reduzirem o que considero gastos essenciais. Tente primeiro reduzir os supérfluos e, somente após tê-los ajustado, caso ainda necessário, parta para os essenciais. Torço para que você nunca precise chegar a tanto!  

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Fazendo Planos

Inauguro a coluna fazendo uma provocação: o que você faria se ganhasse um prêmio da loteria?

04.12.2023 às 07:00
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Olá, meu querido leitor, minha querida leitora!

A partir de hoje nos encontraremos semanalmente neste espaço onde, valendo-me dos conhecimentos financeiros que acumulei, e da minha atuação como professor, consultor e colunista, abordarei, de forma simples e sem complicações, questões relevantes do nosso dia a dia, e que afetam o bolso, por muitas vezes nos tirando o sono. O orçamento familiar, a educação financeira dos filhos, dicas de como gastar menos, os cuidados na hora de aplicar ou de pedir empréstimos estarão entre os temas que iremos “conversar”... sim, pois espero que você participe, enviando-me suas dúvidas e sugestões!

E dezembro é um ótimo mês para iniciarmos este projeto pois inúmeros acontecimentos com forte impacto financeiro ocorrem neste mês: décimo-terceiro salário, festas de fim de ano, férias, pré-matrículas escolares dentre outros. Dezembro também é o mês em que muitos estabelecem suas resoluções para o ano que entra, tipo parar de fumar, emagrecer, guardar dinheiro, frequentar a academia, fazer uma pós-graduação. Religiosamente, no último dia do ano, listo meus sonhos e planos; e você,  também faz isso?

Bem, e já que falamos de sonhos, inauguro a coluna fazendo uma provocação: o que você faria se ganhasse um prêmio da loteria? (ano passado a Megasena da virada sorteou mais de R$ 500 milhões, que tal?) Certamente o que não falta são planos para gastar esse dinheiro – comprar uma casa, trocar de carro, viajar – mas quantos de nós fazemos planos para juntar dinheiro sem contar com a sorte?

Como diz o ditado, de grão em grão a galinha enche o papo, e assim, é preciso que a cada mês você guarde um dinheirinho para aplicar. Pode ser em uma poupança, pode ser em fundo disponível no banco onde você tem conta. Além disso, e o mais importante: é preciso também paciência, para que o tempo (e os juros) façam o seu dinheiro crescer. É como se você estivesse preparando um bolo... tem que colocá-lo no forno, esperar que ele cresça, deixá-lo esfriar, e somente aí tirar a primeira fatia, compreendeu?

Se você acha que isto é impossível, veja na tabela abaixo, quanto você terá acumulado a partir de diferentes economias mensais:

Economia por mês

Em 10 anos

Em 20 anos

Em 30 anos

R$ 100

R$ 20.181,92

R$ 72.690,03

R$ 209.302,45

R$ 300

R$ 60.545,76

R$ 218.070,08

R$ 627.907,36

Na tabela anterior, as simulações foram feitas considerando a taxa de 0,8% ao mês, o que corresponde à rentabilidade média dos fundos de renda fixa oferecidos pela rede bancária ao longo de 2023. Os cálculos poderão ser feitos a partir do site do Banco Central (link no final do artigo).

Agora veja que interessante: tomando como base a aplicação de R$ 100 mensais, ao final de 10 anos, dos R$ 20.181,92 acumulados, R$ 12.000 teriam vindo do seu trabalho/esforço (=R$100/mês x 12 meses/ano x 10 anos), enquanto os R$ 8.181,92 restantes teriam vindo dos juros ou, o que costumo dizer, do trabalho do seu dinheiro. Mas se você tiver paciência (olha ela aqui de novo!) ao final de 30 anos, dos R$ 209.302,45 acumulados, R$ 36.000 teriam vindo do seu trabalho, enquanto a diferença de R$ 173.302,45 teria vindo do trabalho do seu dinheiro, que tal? Não é algo a se pensar para colocar em sua listinha de resoluções para 2024? Fazer do seu dinheiro o seu parceiro?

Um grande abraço e até a próxima semana!

Calculadora do cidadão 


Postado por Inteligência Financeira


Inteligência Financeira por Roberto Zentgraf

Graduado em Engenharia Civil (UFRJ), teve experiência profissional construída marcadamente na área financeira, iniciada na Controladoria do Grupo Exxon Foi professor no Grupo Ibmec lecionando disciplinas da área financeira (Matemática Financeira, Estatística, Finanças Corporativas, Gestão de Portfolios, dentre outras)

Paralelamente a estas atribuições, passou a assinar uma coluna semanal sobre Finanças Pessoais no jornal O Globo, tendo a oportunidade de esclarecer as principais dúvidas dos leitores sobre orçamento pessoal, dívidas, aposentadoria, financiamento imobiliário e investimentos. O sucesso atingido pela coluna proporcionou inúmeras participações em palestras, comentários na mídia escrita e televisiva, além da publicação de outros sete livros tratando o tema.

Após obter a certificação de planejador financeiro (CFP® Certified Financial Planner) associou-se à BR Advisors, grupo especializado em soluções financeiras.


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