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Escândalo no INSS abala popularidade de Lula

Pesquisas internas do governo mostram que a avaliação positiva do presidente voltou a cair em maio, depois que a fraude dos descontos de aposentados e pensionistas foi revelada

18.05.2025 às 20:20


O escândalo do INSS, como era de se esperar, afetou a popularidade do presidente Lula. A colunista Mônica Bergamo revelou que pesquisas internas do governo já mostram que a avaliação positiva do presidente, que vinha subindo lentamente desde março, voltou a cair em maio, depois que a fraude dos descontos de aposentados e pensionistas foi revelada. As sondagens apontam que o percentual dos que consideram o governo “ruim ou péssimo” voltou a ser maior do que o percentual dos que consideram que ele é “bom ou ótimo” — o último Datafolha havia indicado um aumento de 24% para 29% de “bom ou ótimo”. A frase de um dirigente do PT resume o estrago: “Caiu tudo de novo”. As próximas pesquisas Datafolha, Quaest e Ipec, que seguem a avaliação de Lula e vinham apontando recuperação em abril, devem confirmar a nova queda captada nas sondagens internas do governo. Apesar disso, marqueteiros que assessoram Lula acreditam que o presidente ainda pode se recuperar até 2026, contando com a força da máquina para tentar se reeleger. 

Enquanto isso, em Nova York, os governadores à direita e potenciais presidenciáveis, entre eles Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Ronaldo Caiado, de Goiás, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, se reuniram na Brazilian Week, do grupo Lide, onde também está o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foi uma espécie de festival da oposição. O assunto foi praticamente só 2026, segundo a colunista Renata Agostini. A proposta do fim da reeleição ganhou força, num consenso de que isso permitiria uma maior alternância de candidatos e abriria chances para todos, em especial a essa geração de jovens governadores. Do outro lado, segundo Malu Gaspar, o presidente Lula já pediu a Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que deixe a pasta em abril de 2026 para concorrer a algum cargo pelo PT — possivelmente, ao Senado por São Paulo. 

O INSS notificou, via mensagem por celular, cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios em favor de entidades associativas. Os segurados devem usar o aplicativo Meu INSS (disponível para Android e iOS) para dizer se autorizaram ou não os descontos. Depois disso, as entidades terão 30 dias para comprovar as autorizações; caso não o façam, serão obrigadas a ressarcir os aposentados e pensionistas. Veja como proceder caso receba a notificação. 

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Blindando Lula do escândalo do INSS

11.05.2025 às 19:20


Bode expiatório

A crise do escândalo no INSS está instalada no Palácio do Planalto de vez. Em entrevista ao Globo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, culpou a Controladoria-geral da União (CGU), comandada por Vinicius Carvalho (que não quis comentar), por não fazer os alertas devidos “a nível de ministro” assim que as primeiras apurações sobre as fraudes apareceram. Por isso, Costa acredita que o governo perdeu a chance de enfrentar o problema mais cedo e afastar a crise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ao fim e ao cabo, nós deixamos passar dois anos, período no qual mais pessoas foram lesadas, para poder corrigir o problema? O papel da Polícia Federal não é mesmo o de avisar nada a ninguém, é apurar ato criminoso. Ela está no papel dela, correto, sem reparo. Agora, a função de qualquer Controladoria é preventiva e não corretiva ou punitiva”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que a extensão dos desvios não teria sido apresentada diretamente ao ex-ministro Carlos Lupi e que a atuação contra as fraudes deveria ter começado ainda em 2023.

Desmentindo Nikolas

Enquanto isso, um vídeo feito pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre as fraudes do INSS, com a mesma linguagem e estética daquele feito na crise do PIX, ultrapassou a marca de 103 milhões de visualizações. Só que o Planalto optou por delegar a parlamentares do PT a resposta ao vídeo. O governo avaliou que ainda não é o caso de uma resposta institucional via Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). A liderança do PT na Câmara distribuiu aos deputados uma cartilha de 30 páginas, com o título “Desmentido Nikolas Ferreira – INSS”, com uma série de argumentos para rebater Nikolas.

Antídoto

Um possível antídoto, segundo uma ala do PT, seria o partido apoiar a instauração da CPMI do INSS para tentar rebater o discurso da oposição. Mas isso depende do aval do Planalto, que já se declarou contra. Esses petistas defendem que entrar no debate seria uma chance de expor publicamente que as fraudes começaram nos governos Temer e Bolsonaro e desarmar os bolsonaristas. No governo, a percepção é de que a crise ainda não chegou a Lula e que uma CPMI daria a chance de a narrativa de corrupção colar no presidente.

Prazo para explicações

Por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), o INSS tem 15 dias para explicar como será feito o ressarcimento do dinheiro descontado irregularmente dos aposentados e pensionistas. 

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Oposição quer CPI para investigar a fraude no INSS

04.05.2025 às 12:40
Divulgação


Assinaturas

A oposição conseguiu as assinaturas necessárias para protocolar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a fraude de R$ 6,3 bilhões no Instituto Nacional de Seguridade Social. O requerimento foi apresentada pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e teve aval de 171 parlamentares. O foco da CPI, segundo Chrisóstomo, será apurar a atuação de sindicatos, servidores e intermediários envolvidos no esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Parlamentares signatários do pedido de abertura da CPI prometem esclarecer a proposta em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União apontou que pelo menos 11 entidades sindicais teriam desviado o valor bilionário de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. 

Casa arrombada, ferrolho na porta

O governo federal publicou um despacho suspendendo todos os acordos do INSS com entidades. As fraudes aconteciam por meio de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) pelos quais o instituto descontava diretamente das pensões e aposentadorias contribuições não autorizadas. A ação da PF levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e provocou o afastamento de diretores e procuradores do órgão. 

Denúncias & Reclamações

As reclamações e denúncias à Ouvidoria do INSS dispararam a partir de 2022, ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL) e seguiram crescendo no governo Lula (PT), indica levantamento. De 2018 a 2021, o número anual de queixas à Ouvidoria estava numa média de 20 mil, mas saltou 221,5% em 2022, chegando a 198,2 mil reclamações. O pico aconteceu em 2023, com 220,3 mil registros, recuando para 201,9 mil no ano passado. Apesar da redução nas queixas, o total de descontos de benefícios em 2024 foi o maior registrado, atingindo R$ 2,848 bilhoes. 

Nova crise governamental

O caso pode arrastar o governo para uma nova crise por envolver o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem o irmão do presidente Lula, Frei Chico, como vice-presidente. Os valores repassados ao Sindnapi cresceram 564% de 2020 para 2024 a partir dos descontos nas mensalidades de aposentados e pensionistas. 

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Recusa a ministério escancara fragilidade da base aliada

Após ser anunciado como novo ministro das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), decidiu recusar o convite

26.04.2025 às 15:20
Câmara dos Deputados

Após ser anunciado como novo ministro das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), líder do seu partido na Câmara, decidiu recusar o convite. Em nota, ele agradeceu ao presidente Lula pela “confiança depositada” em seu nome e afirmou que, neste momento, pode contribuir mais com o país e com o próprio governo na função de líder do União Brasil. “A liderança me permite dialogar com diferentes forças políticas, construir consensos e auxiliar na formação de maiorias em pautas importantes para o desenvolvimento do país”, escreveu. Ele pediu “sinceras desculpas” a Lula por declinar o convite. “Recebo seu gesto com gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em favor do Brasil.” 

Pessoas próximas a Lula afirmam que Pedro Lucas aceitou o convite no dia 8 de abril, em conversa com o presidente, mas fez uma ressalva ao dizer que só poderia assumir a pasta se conseguisse fazer um sucessor do seu grupo na liderança na Câmara. O mais cotado era justamente o ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas não pelo chefe nacional da sigla, Antônio Rueda. O senador acumula divergências com a cúpula da legenda a respeito da participação do partido no governo Lula e dos rumos a tomar na eleição de 2026. Rueda e seu vice-presidente, ACM Neto, defendem uma postura mais distante do governo. 

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É uma “dor de cabeça” para o Palácio do Planalto, mas também para a sigla. Não será fácil definir uma nova indicação ao cargo. O governo não aceita nenhum deputado que tenha assinado o pedido de urgência para o projeto de lei que pretende anistiar golpistas do 8 de janeiro. O problema é que 41 dos 59 integrantes da bancada endossaram a proposta bolsonarista. O deputado cearense Moses Rodrigues chegou a ser cogitado como alternativa, porém está na lista dos vetados por ser signatário do requerimento de urgência. 

Há quem diga que o União Brasil, marcado por divisões desde que surgiu em 2022 após a fusão do antigo DEM com o PSL, pode perder espaço no governo, e não apenas o Ministério das Comunicações. A legenda comanda três ministérios: além das Comunicações, está à frente do Turismo e Desenvolvimento Regional. Dono da maior bancada da Câmara, o PSD sonha com a pasta do Turismo. Apesar disso, um ministro de Lula defende que o governo não tome nenhuma decisão que possa tensionar ainda mais a relação com o partido, que tem a terceira maior bancada na Câmara, com 59 deputados, e mais sete senadores. 

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Trump e o "Dia da Libertação"

Tarifaço imposto pelo presidente provoca caos nos mercados globais

06.04.2025 às 14:58
Reprodução/CNN

Donald Trump tentou batizar a data em que anunciou suas tarifas comerciais para todo o planeta de “Dia da Libertação”, alegando que os Estados Unidos vinham sendo “saqueados” por nações “amigas e inimigas”. Para a revista britânica The Economist, o nome mais apropriado para a ocasião seria “Dia da Ruína”. 

Segundo o veículo, o anúncio das novas taxas, feito na véspera por Trump, representa “o erro econômico mais profundo, prejudicial e desnecessário da Era Moderna”. Um erro comparável ao desastre histórico da Grande Depressão – abalo econômico global que teve origem nos Estados Unidos, em 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York. De acordo com a revista, a guerra comercial do presidente americano é sustentada por premissas falsas. Ao afirmar que o déficit comercial enfraquece o país, Trump ignora que isso reflete uma escolha doméstica na qual os americanos consomem mais do que produzem.

As tarifas, dessa forma, não trarão trilhões de dólares para o país, como o republicano garantiu no Rose Garden, na Casa Branca, em seu discurso. Na verdade, as medidas encarecerão os produtos que os americanos importam, além de reduzirem a competitividade da indústria dos EUA e de distorcerem as cadeias globais. 

A reação às medidas foi imediata. O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, disse que o país vai aplicar tarifas retaliatórias de 25% sobre veículos fabricados no país vizinho em resposta aos impostos de importação sobre automóveis estrangeiros anunciados por Trump. Já o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu que empresas europeias suspendam investimentos nos Estados Unidos “até que as coisas sejam esclarecidas”. E a China, taxada em 54%, pediu aos EUA que “cancelem imediatamente” as tarifas, prometendo retaliação – a começar por medidas contra o gás e produtos agrícolas importados dos Estados Unidos. 

Um dos sinais de alerta veio da Organização Mundial do Comércio (OMC), que em outubro passado previa crescimento de 3% do comércio mundial em volume para 2025. Com o tarifaço, a entidade estima que as exportações e importações no mundo sofrerão contração de 1% em volume. Para a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, o tarifaço desmorona o sistema global de comércio, baseado em regras comuns, ao impor tarifas ditas recíprocas para negociar bilateralmente com cada parceiro. 

As chamadas “Sete Magníficas”, como são conhecidas as maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos – Nvidia, Tesla, Microsoft, Meta, Apple, Alphabet e Amazon – perderam coletivamente mais de US$ 1 trilhão em ações nas negociações desta quinta-feira, de acordo com análise da CNBC. É um marco impressionante de como as tarifas de Trump prejudicaram os mercados financeiros. 

A tensão não ficou restrita ao mercado acionário. O petróleo tipo brent caiu quase 7%, para US$ 69,82, pressionado tanto pelo temor de desaceleração global quanto pelo anúncio da Opep+ de que aumentará a produção em maio. O bitcoin também recuou forte, com retração 5,5% e voltando à faixa dos US$ 81 mil, enquanto o Ethereum e outras criptos seguiram o movimento de baixa. 

Já no Brasil, o cenário foi mais tranquilo. O Ibovespa oscilou bastante, mas fechou com leve queda de 0,04%, aos 131.140 pontos. O dólar, por sua vez, caiu 1,23% e encerrou cotado a R$ 5,62. 

E o governo Lula não pretende retaliar os Estados Unidos por enquanto, segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Ele afirmou que o Brasil continuará apostando em “diálogo e negociação”. 

 

Com informações de The Economist/Bloomberg/Valor Econômico/CNBC/Poder 360/CNN Brasil/Infomoney e Estadão

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Governo vai mexer em impostos de alimentos

Geraldo Alckmin, anunciou que o imposto de importação de café, carne, açúcar, milho, óleo de girassol, azeite de oliva, sardinha, biscoitos e massa alimentícia será zerado

10.03.2025 às 08:00
Medida anunciada por Alkmin ainda precisa passar pela Câmara de Comércio Exterior. Foto: Agência Brasil

Para tentar conter a inflação dos alimentos e recuperar a popularidade do presidente Lula, o governo anunciou uma série de medidas para baixar os preços de alguns itens. O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que o imposto de importação de café, carne, açúcar, milho, óleo de girassol, azeite de oliva, sardinha, biscoitos e massa alimentícia será zerado. A medida ainda precisa passar pela Câmara de Comércio Exterior. “É questão de dias”, disse Alckmin. Para ele, a decisão não deve prejudicar produtores locais, pois não se trata de uma substituição, mas de uma complementação. Além disso, o Ministério da Agricultura vai acelerar a análise das questões fitossanitárias em relação a outros países para acelerar a comercialização. O vice-presidente também pediu aos estados que zerem o ICMS incidente sobre itens da cesta básica, como já faz o governo federal. Alckmin destacou que Lula aprovou uma série de medidas sobre o tema, e que os anúncios desta quinta-feira são os primeiros de um pacote. 

A alta no preço dos alimentos é apontada como uma das razões para a perda de popularidade de Lula, que atingiu na última pesquisa Datafolha o pior nível de aprovação de sua história. O IPCA fechou 2024 em 4,83%, puxado principalmente pelo grupo Alimentação e Bebidas, cujos preços subiram 7,69%, sendo que comer em casa ficou 8,23% mais caro ante deflação de 0,5% em 2023. “Acreditamos que esse conjunto de medidas vai ter sim um resultado importante. Claro que é preciso destacar que tivemos no ano passado uma queda grande nos preços dos alimentos no país. Depois é que aumentou, motivado por uma seca excepcional e pelo dólar”, disse Alckmin. 

Economistas avaliam que o efeito prático das medidas do governo será limitado e que elas serão confundidas com a redução de preços já aguardada com a safra maior de grãos. “Para setores que produzem muito no mercado doméstico, zerar a alíquota de importação é mais uma questão de marketing do que real impacto”, afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. Já Juliana Inhasz, economista e professora do Insper, avalia que o efeito positivo não deve ser duradouro. “[As medidas] não resolvem os problemas em si, que são de taxa de câmbio mais alta, pressões que vêm de oferta menor aqui e lá fora. Ou seja, não são medidas que perdurarão muito tempo se não atacarem os problemas em si”, diz ela. 

Ao ser questionado sobre a renúncia fiscal provocada pela medida, Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, afirmou que os produtos englobados na decisão “têm pouca importação relevante” por causa das alíquotas mais altas. E disse que a expectativa é elevar a competitividade e reduzir os preços internos, com eventuais impactos fiscais a serem estimados a partir das notas técnicas que ainda serão divulgadas. 

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Pix Gate: Atitudes depois do "leite derramado"

Governo estuda formas de conter a onda de notícias falsas sobre o “imposto do Pix”

19.01.2025 às 12:00

Um dia depois de se ver forçado a revogar a instrução normativa da Receita Federal que determinava a fiscalização de operações via Pix que somassem mais de R$ 5 mil mensais, o governo publicou uma medida provisória equiparando essa modalidade de pagamento ao dinheiro em espécie e garantindo que não haverá – como não estava previsto, aliás – cobrança de impostos sobre essas transações. Na prática, a MP proíbe a cobrança de valores diferentes para pagamento em Pix ou em dinheiro para o mesmo produto ou serviço. Foi a forma que o governo encontrou para conter a onda de notícias falsas sobre o “imposto do Pix”. 

Na prática, porém, o estrago já estava feito. Nas redes sociais, vídeos como do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) criticando a norma da Receita bateram mais de 200 milhões de visualizações e conseguiram dominar a narrativa. O engajamento da oposição foi 20 vezes maior do que os conteúdos de parlamentares governistas, segundo levantamento da Bites. Enquanto isso, o Google registrou o maior pico de buscas sobre o Pix desde o lançamento do sistema, em 2020.

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Debate sobre sucessão em 2026 no PT é antecipado após cirurgia de Lula

15.12.2024 às 10:30
Reprodução CNN


Bem antes da drenagem de um hematoma provocado por hemorragia intracraniana, o debate sobre a sucessão do presidente Lula em 2026 já movimentava os bastidores de Brasília. Prestes a completar 45 anos, o PT precisa de Lula para dar continuidade a seu projeto de poder. Só que nem o partido do presidente tem certeza se ele concorrerá ao quarto mandato. E Lula diz uma coisa diferente a cada interlocutor. Uma ala da legenda acredita que ele é “candidatíssimo”, mesmo com os 81 anos que terá em 2026. Outro grupo diz que tal definição depende do que ocorrer até lá: da saúde do chefe do Executivo a como estará o governo. Embora tudo indique que Lula irá se recuperar rapidamente, vários petistas consideram provável que ele próprio comece a planejar um “plano B” para as próximas eleições. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é a principal aposta, apesar de enfrentar críticas no próprio PT.

A equipe médica que operou o presidente disse que ele está bem, conversando e se alimentando normalmente e que não haverá qualquer sequela, pois não houve lesão cerebral. Segundo os médicos, as funções neurológicas de Lula estão preservadas após a cirurgia de emergência para drenar o hematoma decorrente da queda que ele sofreu há dois meses. Lula está proibido de receber visitas de trabalho no hospital até ficar completamente recuperado. A previsão é que ele retorne a Brasília no começo da próxima semana. 

O vice-presidente Geraldo Alckmin estava em São Paulo e voou para Brasília às pressas para representar Lula na visita oficial do primeiro-ministro da Iugoslávia, Robert Fico. As demais agendas do presidente foram canceladas. Mas o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, afirmou que por ora não há necessidade de um afastamento oficial de Lula da Presidência. 

Igor Gielow: “Falar de saúde de autoridades é um tabu no mundo todo, mas ganha ares de blasfêmia no Brasil. Em público, claro, dado que em privado mensagens entre atores políticos nesta manhã já colocavam água no moinho de especulações de cenário. Lula mantém-se como o único nome de seu campo para 2026. Ele tem tudo para se recuperar e seguir competitivo, mas o incidente da cirurgia em si é um lembrete de quão precária é a posição política da esquerda no país”. 

José Roberto de Toledo: “Volta a discussão sucessória, volta mesmo. Até para o próprio Lula. É mais do que simbólico o fato de essa coisa ter sido deflagrada no momento que ele estava discutindo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), emendas parlamentares. É só dor de cabeça mesmo, simbólicas e reais”.


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Pacote fiscal do governo não acalma mercado

Dólar sobe e bate novo recorde

01.12.2024 às 10:40
Ministro Fernando Haddad anuncia em rede nacional de televisão o novo pacote fiscal do governo Reprodução/TvBrasil


O detalhamento do pacote fiscal e das mudanças no Imposto de Renda não convenceram o mercado financeiro. O dólar disparou 1,30% e registrou novo recorde de fechamento, cotado a R$ 5,989. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,003, maior valor nominal da história. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, terminou com baixa de 2,40%, aos 124.610,41 pontos. Para muitos analistas, as medidas são tímidas e dão sobrevida ao arcabouço fiscal, mas não resolvem o dilema das contas públicas. A equipe econômica prevê poupar R$ 71 bilhões até o fim do mandato do presidente Lula. Entre 2025 e 2030, o total deve chegar a R$ 327 bilhões. As medidas envolvem uma desaceleração gradual do ritmo de crescimento de algumas despesas. Também há uma avaliação de que a pressão política se sobrepôs à equipe econômica, especialmente por causa do anúncio de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Há economistas que consideram negativa a mudança na regra do salário mínimo, por reduzir ganhos reais dos trabalhadores, e há quem celebre a manutenção dos pisos constitucionais de saúde e educação. Não há certeza alguma de que as medidas serão suficientes para tornar o arcabouço fiscal sustentável ao longo do tempo.

Ao detalhar o pacote, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que pode ser necessário adotar novas medidas para controlar as contas públicas. E afirmou que voltará a Lula, se necessário. “São passos muito importantes que estão sendo dados. E, se precisarem outros, e certamente haverá necessidade, vamos estar aqui para voltar à mesa do presidente com as nossas ideias e tentando sintonizar as nossas ações em torno desse projeto”, afirmou. “O trabalho não se encerra, não acredito em bala de prata.” 

Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a equipe econômica buscará diálogo com o mercado – que, para ele, vai se acalmar. “O que se cobrava foi 100% atendido. O que se dizia é que estava trazendo para valor presente uma incerteza futura de desalinhamento entre receita e despesa e que haveria um descompasso no médio e longo prazos entre o arcabouço e o ritmo das despesas. As medidas adotadas trazem para dentro do arcabouço a projeção de médio e de longo prazos de todas as despesas.” 

Lula classificou o pacote de “medida extraordinária de contenção do excesso de despesas”, o que possibilita cumprir o arcabouço fiscal e garantir justiça tributária. “O Congresso Nacional vai discutir e, no momento certo, a gente vai conseguir aprovar para que esse país continue sendo um país de muita inclusão social, de muita justiça social, para que a gente possa dar ao povo brasileiro o direito de viver com uma certa dignidade.” 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliou positivamente as medidas e disse que a análise pelo plenário da Casa deve ocorrer ainda neste ano. Apesar da “boa impressão”, destacou a necessidade de discutir as propostas com as lideranças do Senado. E disse que o pacote será levado diretamente ao plenário após passar pela Câmara. 

Reunião entre Lula, Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocou na mesma mesa, na noite de quarta-feira, dois personagens que se tornaram “desafetos”: Lira e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. E o clima entre os dois foi ameno, disse Padilha ao Meio: “Nunca tive uma reunião tão tranquila”. Isso indica ao governo que o momento político para a apresentação do pacote não poderia ser mais propício. Lira está de saída, mas deve conseguir eleger seu sucessor, Hugo Motta (Republicanos-PB), com apoio do governo.



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A proposta de Donald Trump a Vladimir Putin

Presidente eleito dos EUA conversou por telefone com o presidenta da Rússia

17.11.2024 às 11:20
Reprodução France24

Donald Trump voltará à Casa Branca em 20 de janeiro de 2025, mas já começou a atuar nos bastidores. Em conversa telefônica, aconselhou o presidente russo Vladimir Putin a não intensificar a guerra na Ucrânia e o lembrou da considerável presença militar americana na Europa. Segundo fontes, Trump expressou interesse em conversar sobre o fim da guerra – uma promessa de campanha – e sinalizou que apoiaria um acordo em que a Rússia mantenha algum território invadido. Revelado agora, o diálogo ocorreu na quinta-feira, um dia após Trump falar com o ucraniano Volodymyr Zelensky — da qual também participou Elon Musk. A conversa com Putin ocorre em meio à incerteza geral sobre como Trump redefinirá o xadrez diplomático de aliados e adversários dos EUA. 

Não será um telefonema que resolverá a tensão crescente na região. O exército russo reuniu uma força de 50 mil soldados, incluindo tropas norte-coreanas, e se prepara para recuperar Kursk, na Rússia, tomada pelos ucranianos. Moscou concentrou os homens sem precisar retirar soldados do leste da Ucrânia — sua prioridade no campo de batalha. Tropas russas têm recuperado parte do território que a Ucrânia capturou em Kursk, mas ainda não começaram um grande ataque no local. Kiev acredita que isso acontecerá nos próximos dias.

E o governo brasileiro teme que a eleição de Trump enfraqueça a posição do país na presidência do G20. Embora Joe Biden ainda vá representar os EUA na reunião do grupo, que começa no próximo dia 18, no Rio, a avaliação é de que o futuro presidente não vá respaldar os acordos firmados no encontro. Além de ser avesso a compromissos internacionais, o republicano é negacionista climático e contrário a iniciativas como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. 

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