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Lula e Tarcísio empatados tecnicamente no 2º turno da última pesquisa Quaest

E outra pesquisa da Genial/Quaest, mostra que 57% dos brasileiros desaprovam o terceiro mandato de Lula na Presidência da República.

08.06.2025 às 13:00
Ricardo Stuckert


A maré não anda boa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Levantamento divulgado há pouco pela Genial/Quaest mostra que, caso o segundo turno das eleições presidenciais de 2026 acontecesse hoje, ele estaria em empate técnico com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 41% a 40% das intenções de voto. Lula teria um pouquinho mais de folga se o adversário fosse o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 40% a 38%; ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 43% 39% — em todos esses casos a diferença está dentro da margem de erro. A maioria dos entrevistados, 66%, considera que o presidente não deveria concorrer à reeleição. Em março, esse número estava em 62%. “Pela primeira vez a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. O eleitor passou a conhecer melhor nomes como Tarcísio, Ratinho e [Romeu] Zema, e começa a tê-los como opção na eleição presidencial”, avalia o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest. 

Não foi a única má notícia. Após mais de uma semana de crise irresoluta com o Congresso em torno do aumento do IOF, outra pesquisa da Genial/Quaest, divulgada ontem, mostra que 57% dos brasileiros desaprovam o terceiro mandato de Lula na Presidência da República. O levantamento aponta que o índice de rejeição ao governo no Sudeste — onde está quase metade do eleitorado brasileiro — é o maior do país: 66%. Entre os evangélicos, a reprovação chega a 64%. 

A pesquisa, que ouviu mais de 2 mil brasileiros em 120 municípios, também mostrou que a popularidade do presidente segue em baixa, com 43% dos eleitores afirmando ter uma visão negativa da gestão. Outros 28% disseram que o governo tem uma atuação regular, e apenas 26% afirmaram ver positivamente a maneira como o país está sendo conduzido. De acordo com a pesquisa, 3% dos ouvidos disseram não ter opinião ou preferiram não responder. 

O levantamento também trouxe algumas boas notícias para o Planalto. Houve uma melhora na percepção da condução econômica em relação ao último levantamento. Para Felipe Nunes, a repercussão do escândalo do INSS foi o principal responsável pelo alto índice de rejeição ao governo. 

O resultado acendeu o sinal de alerta no governo. Fontes do Palácio do Planalto disseram que a estratégia, a partir de agora, será evitar que novas crises impactem o governo. O foco estará em uma agenda positiva, com entregas que impactem diretamente a vida da população

*Com informações do Meio/Globo/UOL/Metropoles eG1. 

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Congresso sobe o tom das conversas com o Planalto após crise do IOF

01.06.2025 às 22:40
Marcelo Camargo - Agência Brasil


O embate entre o Congresso e o Ministério da Fazenda em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) subiu de tom nesta quinta-feira, após uma reunião entre o titular da pasta, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Em entrevista coletiva, Motta afirmou que o presidente Lula precisa entrar nas discussões e apresentar alternativas ao aumento do imposto para não forçar a Câmara a suspender a decisão tomada pelo Executivo na última semana. O presidente da Câmara disse ainda que deu um prazo de dez dias para que o governo apresente justificativas sobre a necessidade de elevar o IOF. De acordo com ele, também ficou acordado que nesse mesmo prazo o Executivo apresentará um plano concreto para reduzir os gastos públicos. 

Haddad informou a Motta e a Alcolumbre que não existem alternativas viáveis ao aumento do IOF no curto prazo. No encontro, o ministro da Fazenda afirmou que não trabalha com a hipótese de revogar a medida e que, sem ela, o funcionamento da máquina pública ficaria em situação delicada. Haddad disse ainda que as alternativas exigidas pelo Congresso só poderiam ser apresentadas a partir de 2026. 

O encontro com os líderes do Parlamento aconteceu na casa do presidente do Senado, já no final da noite de quarta-feira. O clima da reunião, que durou duas horas, foi tenso, e Haddad pediu bom senso aos parlamentares. Motta e Alcolumbre disseram ao ministro que a decisão de aumentar o IOF caiu muito mal no Congresso e que o clima entre os parlamentares era de revogar, por decreto legislativo, o aumento do imposto. 

*Com informações de CNN Brasil/UOL/O Globo

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Ex-comandante da Aeronáutica confirma apoio da Marinha ao golpe

Carlos de Almeida Baptista Júnior confirmou também ameaça de prisão a Bolsonaro pelo comandante do Exército

25.05.2025 às 22:20
Tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior - Roque de Sá/Agência Senado


O ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, confirmou em depoimento ao STF que acompanhou as discussões para o planejamento de um golpe de Estado orquestrado para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Baptista Júnior afirmou que teve acesso à minuta do golpe, preparada no Planalto, e que testemunhou o então comandante do Exército, general Freire Gomes, ameaçar prender o ex-presidente Jair Bolsonaro caso ele levasse a cabo os planos golpistas. “O general Freire Gomes é educado e não falou com agressividade ao presidente [Bolsonaro]. Foi isso que ele falou, com calma e tranquilidade: ‘Se você tentar isso, eu vou ter que lhe prender’. Foi isso que ele disse.” 

Baptista Júnior disse que participou de um “brainstorm” com Bolsonaro e outros ministros do seu governo acerca das possibilidades de prisão de diversas autoridades, entre elas o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que investiga a trama golpista. Segundo ele, Bolsonaro apresentou em uma reunião a proposta de diferentes medidas para reverter o resultado das eleições. “Eu lembro bem, houve a seguinte discussão: Vai prender o Alexandre de Moraes, presidente do TSE? Vai.” 

Ainda em seu depoimento à Primeira Turma do STF, o tenente-brigadeiro confirmou que o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, colocou-se à disposição de Jair Bolsonaro para executar o plano golpista. “O almirante Garnier não estava na mesma sintonia, na mesma postura que o general Freire Gomes. Em uma dessas reuniões, chegou a um ponto em que ele falou que as tropas da Marinha estariam à disposição do presidente.” 

O tenente-brigadeiro disse que o general Braga Neto, candidato derrotado à vice na chapa de Bolsonaro, incentivou ataques a ele e à sua família. Segundo contou, a intenção do general era fazer com que ele mudasse de ideia e passasse a apoiar o golpe. “Ainda me chamam de melancia.” 


Com informações de CNN Brasil/Globo/Estadão/Valor Econômico

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Escândalo no INSS abala popularidade de Lula

Pesquisas internas do governo mostram que a avaliação positiva do presidente voltou a cair em maio, depois que a fraude dos descontos de aposentados e pensionistas foi revelada

18.05.2025 às 20:20


O escândalo do INSS, como era de se esperar, afetou a popularidade do presidente Lula. A colunista Mônica Bergamo revelou que pesquisas internas do governo já mostram que a avaliação positiva do presidente, que vinha subindo lentamente desde março, voltou a cair em maio, depois que a fraude dos descontos de aposentados e pensionistas foi revelada. As sondagens apontam que o percentual dos que consideram o governo “ruim ou péssimo” voltou a ser maior do que o percentual dos que consideram que ele é “bom ou ótimo” — o último Datafolha havia indicado um aumento de 24% para 29% de “bom ou ótimo”. A frase de um dirigente do PT resume o estrago: “Caiu tudo de novo”. As próximas pesquisas Datafolha, Quaest e Ipec, que seguem a avaliação de Lula e vinham apontando recuperação em abril, devem confirmar a nova queda captada nas sondagens internas do governo. Apesar disso, marqueteiros que assessoram Lula acreditam que o presidente ainda pode se recuperar até 2026, contando com a força da máquina para tentar se reeleger. 

Enquanto isso, em Nova York, os governadores à direita e potenciais presidenciáveis, entre eles Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Ronaldo Caiado, de Goiás, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, se reuniram na Brazilian Week, do grupo Lide, onde também está o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foi uma espécie de festival da oposição. O assunto foi praticamente só 2026, segundo a colunista Renata Agostini. A proposta do fim da reeleição ganhou força, num consenso de que isso permitiria uma maior alternância de candidatos e abriria chances para todos, em especial a essa geração de jovens governadores. Do outro lado, segundo Malu Gaspar, o presidente Lula já pediu a Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que deixe a pasta em abril de 2026 para concorrer a algum cargo pelo PT — possivelmente, ao Senado por São Paulo. 

O INSS notificou, via mensagem por celular, cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios em favor de entidades associativas. Os segurados devem usar o aplicativo Meu INSS (disponível para Android e iOS) para dizer se autorizaram ou não os descontos. Depois disso, as entidades terão 30 dias para comprovar as autorizações; caso não o façam, serão obrigadas a ressarcir os aposentados e pensionistas. Veja como proceder caso receba a notificação. 

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Blindando Lula do escândalo do INSS

11.05.2025 às 19:20


Bode expiatório

A crise do escândalo no INSS está instalada no Palácio do Planalto de vez. Em entrevista ao Globo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, culpou a Controladoria-geral da União (CGU), comandada por Vinicius Carvalho (que não quis comentar), por não fazer os alertas devidos “a nível de ministro” assim que as primeiras apurações sobre as fraudes apareceram. Por isso, Costa acredita que o governo perdeu a chance de enfrentar o problema mais cedo e afastar a crise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ao fim e ao cabo, nós deixamos passar dois anos, período no qual mais pessoas foram lesadas, para poder corrigir o problema? O papel da Polícia Federal não é mesmo o de avisar nada a ninguém, é apurar ato criminoso. Ela está no papel dela, correto, sem reparo. Agora, a função de qualquer Controladoria é preventiva e não corretiva ou punitiva”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que a extensão dos desvios não teria sido apresentada diretamente ao ex-ministro Carlos Lupi e que a atuação contra as fraudes deveria ter começado ainda em 2023.

Desmentindo Nikolas

Enquanto isso, um vídeo feito pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre as fraudes do INSS, com a mesma linguagem e estética daquele feito na crise do PIX, ultrapassou a marca de 103 milhões de visualizações. Só que o Planalto optou por delegar a parlamentares do PT a resposta ao vídeo. O governo avaliou que ainda não é o caso de uma resposta institucional via Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). A liderança do PT na Câmara distribuiu aos deputados uma cartilha de 30 páginas, com o título “Desmentido Nikolas Ferreira – INSS”, com uma série de argumentos para rebater Nikolas.

Antídoto

Um possível antídoto, segundo uma ala do PT, seria o partido apoiar a instauração da CPMI do INSS para tentar rebater o discurso da oposição. Mas isso depende do aval do Planalto, que já se declarou contra. Esses petistas defendem que entrar no debate seria uma chance de expor publicamente que as fraudes começaram nos governos Temer e Bolsonaro e desarmar os bolsonaristas. No governo, a percepção é de que a crise ainda não chegou a Lula e que uma CPMI daria a chance de a narrativa de corrupção colar no presidente.

Prazo para explicações

Por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), o INSS tem 15 dias para explicar como será feito o ressarcimento do dinheiro descontado irregularmente dos aposentados e pensionistas. 

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Oposição quer CPI para investigar a fraude no INSS

04.05.2025 às 12:40
Divulgação


Assinaturas

A oposição conseguiu as assinaturas necessárias para protocolar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a fraude de R$ 6,3 bilhões no Instituto Nacional de Seguridade Social. O requerimento foi apresentada pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e teve aval de 171 parlamentares. O foco da CPI, segundo Chrisóstomo, será apurar a atuação de sindicatos, servidores e intermediários envolvidos no esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Parlamentares signatários do pedido de abertura da CPI prometem esclarecer a proposta em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União apontou que pelo menos 11 entidades sindicais teriam desviado o valor bilionário de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. 

Casa arrombada, ferrolho na porta

O governo federal publicou um despacho suspendendo todos os acordos do INSS com entidades. As fraudes aconteciam por meio de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) pelos quais o instituto descontava diretamente das pensões e aposentadorias contribuições não autorizadas. A ação da PF levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e provocou o afastamento de diretores e procuradores do órgão. 

Denúncias & Reclamações

As reclamações e denúncias à Ouvidoria do INSS dispararam a partir de 2022, ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL) e seguiram crescendo no governo Lula (PT), indica levantamento. De 2018 a 2021, o número anual de queixas à Ouvidoria estava numa média de 20 mil, mas saltou 221,5% em 2022, chegando a 198,2 mil reclamações. O pico aconteceu em 2023, com 220,3 mil registros, recuando para 201,9 mil no ano passado. Apesar da redução nas queixas, o total de descontos de benefícios em 2024 foi o maior registrado, atingindo R$ 2,848 bilhoes. 

Nova crise governamental

O caso pode arrastar o governo para uma nova crise por envolver o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem o irmão do presidente Lula, Frei Chico, como vice-presidente. Os valores repassados ao Sindnapi cresceram 564% de 2020 para 2024 a partir dos descontos nas mensalidades de aposentados e pensionistas. 

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Recusa a ministério escancara fragilidade da base aliada

Após ser anunciado como novo ministro das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), decidiu recusar o convite

26.04.2025 às 15:20
Câmara dos Deputados

Após ser anunciado como novo ministro das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), líder do seu partido na Câmara, decidiu recusar o convite. Em nota, ele agradeceu ao presidente Lula pela “confiança depositada” em seu nome e afirmou que, neste momento, pode contribuir mais com o país e com o próprio governo na função de líder do União Brasil. “A liderança me permite dialogar com diferentes forças políticas, construir consensos e auxiliar na formação de maiorias em pautas importantes para o desenvolvimento do país”, escreveu. Ele pediu “sinceras desculpas” a Lula por declinar o convite. “Recebo seu gesto com gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em favor do Brasil.” 

Pessoas próximas a Lula afirmam que Pedro Lucas aceitou o convite no dia 8 de abril, em conversa com o presidente, mas fez uma ressalva ao dizer que só poderia assumir a pasta se conseguisse fazer um sucessor do seu grupo na liderança na Câmara. O mais cotado era justamente o ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas não pelo chefe nacional da sigla, Antônio Rueda. O senador acumula divergências com a cúpula da legenda a respeito da participação do partido no governo Lula e dos rumos a tomar na eleição de 2026. Rueda e seu vice-presidente, ACM Neto, defendem uma postura mais distante do governo. 

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É uma “dor de cabeça” para o Palácio do Planalto, mas também para a sigla. Não será fácil definir uma nova indicação ao cargo. O governo não aceita nenhum deputado que tenha assinado o pedido de urgência para o projeto de lei que pretende anistiar golpistas do 8 de janeiro. O problema é que 41 dos 59 integrantes da bancada endossaram a proposta bolsonarista. O deputado cearense Moses Rodrigues chegou a ser cogitado como alternativa, porém está na lista dos vetados por ser signatário do requerimento de urgência. 

Há quem diga que o União Brasil, marcado por divisões desde que surgiu em 2022 após a fusão do antigo DEM com o PSL, pode perder espaço no governo, e não apenas o Ministério das Comunicações. A legenda comanda três ministérios: além das Comunicações, está à frente do Turismo e Desenvolvimento Regional. Dono da maior bancada da Câmara, o PSD sonha com a pasta do Turismo. Apesar disso, um ministro de Lula defende que o governo não tome nenhuma decisão que possa tensionar ainda mais a relação com o partido, que tem a terceira maior bancada na Câmara, com 59 deputados, e mais sete senadores. 

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Trump e o "Dia da Libertação"

Tarifaço imposto pelo presidente provoca caos nos mercados globais

06.04.2025 às 14:58
Reprodução/CNN

Donald Trump tentou batizar a data em que anunciou suas tarifas comerciais para todo o planeta de “Dia da Libertação”, alegando que os Estados Unidos vinham sendo “saqueados” por nações “amigas e inimigas”. Para a revista britânica The Economist, o nome mais apropriado para a ocasião seria “Dia da Ruína”. 

Segundo o veículo, o anúncio das novas taxas, feito na véspera por Trump, representa “o erro econômico mais profundo, prejudicial e desnecessário da Era Moderna”. Um erro comparável ao desastre histórico da Grande Depressão – abalo econômico global que teve origem nos Estados Unidos, em 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York. De acordo com a revista, a guerra comercial do presidente americano é sustentada por premissas falsas. Ao afirmar que o déficit comercial enfraquece o país, Trump ignora que isso reflete uma escolha doméstica na qual os americanos consomem mais do que produzem.

As tarifas, dessa forma, não trarão trilhões de dólares para o país, como o republicano garantiu no Rose Garden, na Casa Branca, em seu discurso. Na verdade, as medidas encarecerão os produtos que os americanos importam, além de reduzirem a competitividade da indústria dos EUA e de distorcerem as cadeias globais. 

A reação às medidas foi imediata. O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, disse que o país vai aplicar tarifas retaliatórias de 25% sobre veículos fabricados no país vizinho em resposta aos impostos de importação sobre automóveis estrangeiros anunciados por Trump. Já o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu que empresas europeias suspendam investimentos nos Estados Unidos “até que as coisas sejam esclarecidas”. E a China, taxada em 54%, pediu aos EUA que “cancelem imediatamente” as tarifas, prometendo retaliação – a começar por medidas contra o gás e produtos agrícolas importados dos Estados Unidos. 

Um dos sinais de alerta veio da Organização Mundial do Comércio (OMC), que em outubro passado previa crescimento de 3% do comércio mundial em volume para 2025. Com o tarifaço, a entidade estima que as exportações e importações no mundo sofrerão contração de 1% em volume. Para a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, o tarifaço desmorona o sistema global de comércio, baseado em regras comuns, ao impor tarifas ditas recíprocas para negociar bilateralmente com cada parceiro. 

As chamadas “Sete Magníficas”, como são conhecidas as maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos – Nvidia, Tesla, Microsoft, Meta, Apple, Alphabet e Amazon – perderam coletivamente mais de US$ 1 trilhão em ações nas negociações desta quinta-feira, de acordo com análise da CNBC. É um marco impressionante de como as tarifas de Trump prejudicaram os mercados financeiros. 

A tensão não ficou restrita ao mercado acionário. O petróleo tipo brent caiu quase 7%, para US$ 69,82, pressionado tanto pelo temor de desaceleração global quanto pelo anúncio da Opep+ de que aumentará a produção em maio. O bitcoin também recuou forte, com retração 5,5% e voltando à faixa dos US$ 81 mil, enquanto o Ethereum e outras criptos seguiram o movimento de baixa. 

Já no Brasil, o cenário foi mais tranquilo. O Ibovespa oscilou bastante, mas fechou com leve queda de 0,04%, aos 131.140 pontos. O dólar, por sua vez, caiu 1,23% e encerrou cotado a R$ 5,62. 

E o governo Lula não pretende retaliar os Estados Unidos por enquanto, segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Ele afirmou que o Brasil continuará apostando em “diálogo e negociação”. 

 

Com informações de The Economist/Bloomberg/Valor Econômico/CNBC/Poder 360/CNN Brasil/Infomoney e Estadão

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Governo vai mexer em impostos de alimentos

Geraldo Alckmin, anunciou que o imposto de importação de café, carne, açúcar, milho, óleo de girassol, azeite de oliva, sardinha, biscoitos e massa alimentícia será zerado

10.03.2025 às 08:00
Medida anunciada por Alkmin ainda precisa passar pela Câmara de Comércio Exterior. Foto: Agência Brasil

Para tentar conter a inflação dos alimentos e recuperar a popularidade do presidente Lula, o governo anunciou uma série de medidas para baixar os preços de alguns itens. O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que o imposto de importação de café, carne, açúcar, milho, óleo de girassol, azeite de oliva, sardinha, biscoitos e massa alimentícia será zerado. A medida ainda precisa passar pela Câmara de Comércio Exterior. “É questão de dias”, disse Alckmin. Para ele, a decisão não deve prejudicar produtores locais, pois não se trata de uma substituição, mas de uma complementação. Além disso, o Ministério da Agricultura vai acelerar a análise das questões fitossanitárias em relação a outros países para acelerar a comercialização. O vice-presidente também pediu aos estados que zerem o ICMS incidente sobre itens da cesta básica, como já faz o governo federal. Alckmin destacou que Lula aprovou uma série de medidas sobre o tema, e que os anúncios desta quinta-feira são os primeiros de um pacote. 

A alta no preço dos alimentos é apontada como uma das razões para a perda de popularidade de Lula, que atingiu na última pesquisa Datafolha o pior nível de aprovação de sua história. O IPCA fechou 2024 em 4,83%, puxado principalmente pelo grupo Alimentação e Bebidas, cujos preços subiram 7,69%, sendo que comer em casa ficou 8,23% mais caro ante deflação de 0,5% em 2023. “Acreditamos que esse conjunto de medidas vai ter sim um resultado importante. Claro que é preciso destacar que tivemos no ano passado uma queda grande nos preços dos alimentos no país. Depois é que aumentou, motivado por uma seca excepcional e pelo dólar”, disse Alckmin. 

Economistas avaliam que o efeito prático das medidas do governo será limitado e que elas serão confundidas com a redução de preços já aguardada com a safra maior de grãos. “Para setores que produzem muito no mercado doméstico, zerar a alíquota de importação é mais uma questão de marketing do que real impacto”, afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. Já Juliana Inhasz, economista e professora do Insper, avalia que o efeito positivo não deve ser duradouro. “[As medidas] não resolvem os problemas em si, que são de taxa de câmbio mais alta, pressões que vêm de oferta menor aqui e lá fora. Ou seja, não são medidas que perdurarão muito tempo se não atacarem os problemas em si”, diz ela. 

Ao ser questionado sobre a renúncia fiscal provocada pela medida, Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, afirmou que os produtos englobados na decisão “têm pouca importação relevante” por causa das alíquotas mais altas. E disse que a expectativa é elevar a competitividade e reduzir os preços internos, com eventuais impactos fiscais a serem estimados a partir das notas técnicas que ainda serão divulgadas. 

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Pix Gate: Atitudes depois do "leite derramado"

Governo estuda formas de conter a onda de notícias falsas sobre o “imposto do Pix”

19.01.2025 às 12:00

Um dia depois de se ver forçado a revogar a instrução normativa da Receita Federal que determinava a fiscalização de operações via Pix que somassem mais de R$ 5 mil mensais, o governo publicou uma medida provisória equiparando essa modalidade de pagamento ao dinheiro em espécie e garantindo que não haverá – como não estava previsto, aliás – cobrança de impostos sobre essas transações. Na prática, a MP proíbe a cobrança de valores diferentes para pagamento em Pix ou em dinheiro para o mesmo produto ou serviço. Foi a forma que o governo encontrou para conter a onda de notícias falsas sobre o “imposto do Pix”. 

Na prática, porém, o estrago já estava feito. Nas redes sociais, vídeos como do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) criticando a norma da Receita bateram mais de 200 milhões de visualizações e conseguiram dominar a narrativa. O engajamento da oposição foi 20 vezes maior do que os conteúdos de parlamentares governistas, segundo levantamento da Bites. Enquanto isso, o Google registrou o maior pico de buscas sobre o Pix desde o lançamento do sistema, em 2020.

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