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Enfim, 5!

20.09.2022 às 00:09


A Revista Painel Alagoas chega agora em setembro aos seus cinco anos de publicação e chega mais altiva, com conteúdo mais diversificado, design novo e com a mesma responsabilidade com a informação e respeito ao leitor.

Não foram cinco anos fáceis!
De lá para cá, enfrentamos primeiro a ideia de que impresso estava ultrapassado, insistimos, e aí nos deparamos com a pandemia da Covid-19, tivemos que parar um bom tempo e para voltarmos pesou muito o compromisso já assumido com um pú­blico fiel à nossa revista, que nos incentivava a seguir em frente.
Seguimos!
E nunca nos faltou colaboradores, parceiros, leitores e, sobretudo, boas pautas que têm, ao longo de toda a existência da Painel Alagoas, nos levado a um patamar de excelência no jornalismo diferenciado.  
Em 2018 vencemos o Prêmio Braskem de Jornalismo, categoria Reportagem Especial, com a matéria “Quando a disputa pelo poder vai da pistolagem ao uso da máquina pública”, assinada pelos jornalistas Carlos Victor Costa e Cadu Amaral. A Painel Alagoas disputou essa premiação com a TV Gazeta, TV Pajuçara e TV Ponta Verde, e foi a escolhida por unanimidade pelos jurados.
A matéria vencedora trouxe a saga das famílias Dantas e Boiadeiro, com uma entrevista inusitada de Baixinho Boiadeiro, foragido da polícia, um dos en­volvidos na disputa de poder político no Agreste de Alagoas, que já resultou em várias mortes.
E ainda estávamos engatinha­­do para nos inserir no merca­do de comunicação de Alagoas!
A premiação nos deu mais es­tímulo, mostrou que não estávamos loucos em investir no im­pres­so e no jornalismo investiga­tivo, que poderíamos continuar ca­minhando e caminhando para nos tornar donos do nosso próprio destino na imprensa alagoana.  
Nossa revista ganhou corpo, cresceu em números de páginas, criou novas editorias, e a cada mês, quando ela chega da gráfica, alguns exemplares seguem pelos correios além de Alagoas, para leitores em Sal­vador, Manaus, Rio de Janeiro, Milão, na Itália, Londres, na Inglaterra, e Cardiff, no Reino Unido.
A partir desta edição, a Painel Alagoas estará nas bancas de Maceió e Arapiraca mais compacta, renovada, porém sem perder na sua essência que jornalismo é informação, que opinião jornalística é pautada em fatos e não em ilações, que a sua função como veículo de co­municação é promover a cidadania, é compartilhar conhecimentos, é noticiar para o coletivo, é contribuir para a sustentação da democracia brasileira através da imprensa livre e responsável.
Durante todo o período da nossa revista, só um sentimento nos define: gratidão!
Que possamos nos manter firmes nessa pegada ainda por vários anos.  
Viva a Painel Alagoas! 


*Publicado como editorial na edição 62 da revista Painel Alagoas

Postado por Painel Opinativo

Setembro Amarelo: A vida é a melhor escolha!

19.09.2022 às 13:20


*Fernando Godoi  -Psicólogo (CRP/15-3987)

Setembro Amarelo é uma campanha global de prevenção ao suicídio. Podemos acompanhar que sempre nesse mês temos vários alertas a essa te­mática. Isso porque, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), vem organizando por todo Brasil ao longo do ano, essas importantes campanhas. E especificamente o mês de Setembro foi escolhido em função de o dia 10 ser o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
De acordo com Rigo (2013), o suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial no qual a interação de fatores individuais, sociais e culturais será determinante na decisão de tirar a própria vida.
Infelizmente hoje essa é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. Segundo os últimos dados de 2019 da Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios em todo mundo, no Brasil os casos chegam a aproximadamente 14 mil e em nosso estado de Alagoas, entre 2016 e 2019, foram registrados 543 casos de acordo com Núcleo de Estatística e Análise Criminal (NEAC) da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância pela vida e ajudar nessa prevenção do suicídio, pois infelizmente ain­da hoje essa temática é um tabu em nossa sociedade. E nunca foi tão importante quanto agora, falar do tema, ainda mais devido a pandemia da covid-19, que atingiu a toda a população, deixando graves sequelas em nossa saúde mental. Para o Conselho Federal de Psicologia (CFP), a atuação de profissionais da Psicologia na prevenção ao suicídio deve extrapolar as intervenções estritamente individuais e buscar a compreensão das condições de vida que podem contribuir para produzir sofrimentos mentais intensos.
O papel da Psicologia é acolher e ressignificar esses sofrimentos, a partir do entendimento de como são produzidos nas instâncias sociais, históricas e culturais, sempre em diálogo com outros campos do saber.
E como podemos ajudar? Segundo alguns estudos, as pessoas que planejam tirar suas próprias vidas, deixam alguns sinais que, em muitos dos casos, são reconhecidos tardiamente, impossibilitando assim uma intervenção.
Alguns sinais importantes são: falas constantes sobre a falta de esperança e/ou preocupação, visão negativa e pessimismo, falta de perspectiva futura, baixa autoestima, sentimentos de culpa, crises emocionais em diversas áreas da vida, isolamento social. De acordo com o CVV, existem quatros passos importantes para ajudar alguém com suspeitas: Conversar, Acompanhar, Proteger e Procurar ajuda profissional e de órgãos responsáveis.
Por fim, o CVV conta com alguns canais de contato chat, email, atendimento presencial e para uma urgência e atendimento imediato ligue no 188, atendimento gratuito e 24 horas por dia, será atendido por um profissional treinado e preparado para conversar com todos que procuram ajuda e apoio emocional.

*Publicado na edição 62 da revista Painel Alagoas

Postado por Painel Opinativo

Jean-Luc Godard está morto

13.09.2022 às 12:33
Divulgação

Thiago Andrade*

Jean-Luc Godard fez parte do meu panteão juvenil. Entre as aulas de jornalismo e o marasmo da capital sul-mato-grossense, descobri na nouvelle vague uma oportunidade de escapar. Por causa de Godard e cia, encontrei pessoas que dividiam ideias e sonhos semelhantes. Entendi como o mundo era maior e mais complexo do que eu imaginava. 

Numa época em que a internet não era tão popular, descobri Godard de ouvir falar. De ouvir o Tarantino falar. Godard dizia que os filmes do americano eram lixo, mas ainda assim Tarantino tinha uma produtora chamada "Bande à Part". 

Por acaso, encontrei um filme dele na locadora da cidade: Notre Musique, um filme de 2005, experimental o suficiente para que eu terminasse me perguntando o que diabos eu havia assistido. Achei estranho, confuso, mas ao mesmo tempo belíssimo. Um filme pesado e escuro, com trilhas dramáticas, que falava sobre a guerra e o imperialismo americano, sem que eu soubesse ao certo o que estava acontecendo. 

Mais ou menos nessa época, Bertolucci me apresentou Godard de forma mais didática em "Os Sonhadores". O culto ao enfant terrible, sua influência sobre o cinema, a cinefilia, maio de 68, tudo é citado naquele filme que conversou diretamente comigo. Aprendi francês e fui pra França por causa desse filme, mas sobretudo por causa de Godard.

Decorei diálogos de "À Bout de Souffle", vi e revi "Vivre Sa Vie" algumas vezes. Assisti "Une femme est une femme" no Telecine Cult às duas da tarde de algum dia de semana. Na Bienal de Arte de SP conheci "Je vous salue, Sarajevo". Dei um jeito de escrever sobre Godard na minha dissertação de mestrado. 

Vi tudo o que pude de Godard e sobre Godard. Aos poucos descobri que, como todo herói, ele era cheio de falhas. Mas o estrago já estava feito. 

Meu adeus a Godard aconteceu em São Paulo, no Reserva Cultural na Paulista, onde assisti a "Adieu au Langage". O diretor francês que capitaneou a nouvelle vague fez um filme 3D aos oitenta e tantos anos. Ele chegou a dirigir mais um último experimento, "Le Livre d'Image", mas vou guardá-lo como um pequeno mistério a ser descoberto no futuro. 

Gostaria de tê-lo visitado em Paris, talvez feito um retrato seu e contato como seus filmes ajudaram a transformar a vida de garoto no interior do centro-oeste brasileiro. Não tive a oportunidade, mas Hedi Slimane teve e fez belíssimas imagens publicadas na Vogue.

Jean-Luc Godard está morto e nenhum de nós está se sentindo muito bem.

*Jornalista, mestre em comunicação e fã de filmes antigos e estranhos que quase ninguém assiste.

Postado por Painel Opinativo

Carta aberta à imprensa alagoana sobre a invisibilidade das mulheres nos espaços de fala

06.09.2022 às 19:55
Divulgação Instagram


Hoje assistimos a telejornais e vimos matérias sobre a desnecessidade das autorizações de cônjuges para a realização de laqueaduras. Ainda que o tema alcance e importe aos homens, é sobre o corpo das mulheres que esta legislação mais toca.
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Esta alteração legislativa não foi apenas um fato jurídico, mas também político porque adveio, sobretudo, da luta de muitas mulheres.
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Apesar de ser principalmente sobre nós e termos centenas de mulheres que poderiam comentar o tema, vimos somente homens falando, de certa forma invisibilizando lutas e, mais que isso, vozes!
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Este caso foi apenas um exemplo das inúmeras situações em que homens são “convidados” a falar sobre algo que toca especialmente a vida das mulheres.
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É fundamental que os canais de comunicação atentem à importância de ter mulheres ocupando todos os espaços de fala acerca de todos os temas e, ainda mais fundamental, é que quando se tratar de nós que seja uma de nós, mulheres, a falar.
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Fazer isso é dar visibilidade e demonstrar coerência com a necessária qualidade da informação.
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Por esta razão, conclamamos a toda a imprensa alagoana que deem espaço de voz às mulheres em todas as áreas, pois depois de tantos séculos de exclusão histórica, fundamental que a imprensa também se comprometa com nossa visibilidade, principalmente quando se trata de temas que interferem direta e quase que exclusivamente no universo feminino.


Associação das Mulheres Advogadas de Alagoas - AMADA

Postado por Painel Opinativo

Dr.Hemerson Casado inicia uma cruzada pela ciência

22.08.2022 às 15:58

Por Assessoria

Quem não conhece o Dr. Hemerson Casado, deveria conhecer. Ele foi cirurgião cardiovascular por trinta anos, mas há dez anos atrás, ele foi acometido por uma doença grave, neuro degenerativa, sem cura e sem tratamento específico, chamada de Esclerose Lateral Amiotrófica, (ELA). Quem pensava que ele ia parar, se enganou, ele colocou Alagoas no mapa mundial das doenças raras. Com o seu humilde instituto, revolucionou o Brasil. 

Com o seu simpósio internacional de ELA, já convidou mais de cinquenta pesquisadores internacionais e inúmeros brasileiros. A partir dos seus esforços junto ao ministério da saúde, conseguiu recursos para a construção do primeiro laboratório de Células tronco, especializado em ELA do Brasil, além de ter viajado para os principais centros de pesquisas do mundo e feito parcerias com os principais pesquisadores do mundo e, em terapias genéticas, celulares e desenvolvimento de novas drogas, além das parcerias com os profissionais que cuidam dos pacientes raros, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionista, terapeutas ocupacionais, neurologistas, geneticistas clínicos. 

Agora o Dr. Hemerson Casado,inicia um novo projeto, uma cruzada pela ciência . Esse projeto começou hoje, no Centro Universitário  Cesmac.  A palestra intitulada “A ciência a serviço da humanidade”. Essa revolução, que tem como objetivo estimular os estudantes de escolas públicas e privadas a desenvolver o projeto interesse, curiosidade e porque não dizer o amor pela sua ciência, através da construção de laboratórios de iniciação científica, em  convênio com as universidades federais, estaduais e privadas, olimpíadas de português, química, física e escolas de reforço em inglês para que os alunos das escolas públicas de baixa renda, possa corrigir o déficit, da principal língua estrangeira científica, feiras de ciência, municipais por região do estado e uma final estadual, estimular a  criação de laboratórios de robótica, inteligência artificial,  engenharia mecânica, elétrica, ciências da computação, metaverso, bigdata,  matemática básica e aplicada, engenharia ambiental e  florestal, energias renováveis, entre outros. Como também, prêmios para os alunos que se destacarem, em forma de bolsas de intercâmbio com instituições renomadas, como o  Massachusetts Institute of Technology, Google, Universidades de São Paulo, Oxford e Harvard, entre outras.

  Para o ensino superior, ele planeja organizar eventos de diversas áreas do conhecimento. Desde congressos, simpósios, seminários e workshops nas áreas de ciências humanas, e biológicas e exatas. 

O primeiro o primeiro hack med, hackathons de ofertas de cursos profissionalizantes e acadêmicos, concursos em inúmeras áreas, com premiações em bolsas de  intercâmbios científicos. E por último, a  construção do Polo de doenças raras, que será no campus da universidade Federal de Alagoas. Ideias são muito bem-vindas. A cruzada prevê ainda  a  criação de leis, criação de disciplinas, programas de residência em doenças raras, para todos os cursos da saúde, bem como cursos de pós graduação na especialidade e por último, um projeto para o  Brasil inteiro, chamado Brasil Nobel 2050, para criar uma geração preparada para concorrer e ganhar um prêmio Nobel. 

O intuito dessa iniciativa, é estimular a atração pelas diversas áreas da ciência, tecnologia e inovação , criar  as  bases, para o preparo de novos profissionais e aumentar o nível da ciência no nosso estado, que deixa a desejar e precisa melhorar. Para que vocês tenham uma ideia, o número de pesquisadores classe A é ínfimo em Alagoas, o número de patentes registradas no nosso estado é quase  zero, isso porque existe uma relação entre causa e  consequência nas linhas de pesquisas na  academia , no Norte Nordeste. Como a maioria dos investimentos, vão para as regiões Sul e Sudeste, os professores e pesquisadores, vivem em uma realidade que não se é permitido sair dos limites impostos pela realidade econômica, em outras palavras, não se é permitido ousar e essa realidade é transmitida diretamente para os alunos de pós graduação e para as linhas de pesquisas dos laboratórios, o resultado disso é pouca pouca produção científica e de qualidade baixa,. Isto é medido pelo baixo número de publicações em revistas de  alto conceito e o número baixíssimo de patentes. Não importa apenas aumentar os recursos, é preciso criar um ambiente favorável e uma  cultura que reflita esse anseio. 

“Eu não recebi uma missão divina para iniciar esse movimento, nem sou a pessoa mais preparada para liderar essa revolução. O que eu acredito é o que move e eu acredito que o desenvolvimento econômico, uma distribuição de renda mais igualitária, uma revolução cultural que refletirá no  comportamento de toda a sociedade, passa obrigatoriamente por uma revolução tecnológica, que irá criar a economia do conhecimento”, reforçou o Dr.Hemerson Casado Gama.

Postado por Painel Opinativo

Urna eletrônica é 'referência' para o continente, diz Uniore

22.08.2022 às 11:20
Agência Brasil

O chefe da missão da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, afirmou semana passada que a urna eletrônica brasileira é uma “referência” para os países do continente americano.


A Uniore assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 2 deste mês e será uma das entidades internacionais que vão acompanhar o processo eleitoral no Brasil.

 
As urnas vêm sofrendo ataques sem provas e infundados do presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos meses, ele tem insistido em levantar suspeitas, já desmentidas por autoridades, sobre o sistema eleitoral brasileiro e o mecanismo de apuração. Em resposta a Bolsonaro, políticos e sociedade civil saíram em defesa das urnas e da democracia.

 
Na avaliação de Córdova, que falou com jornalistas em Brasília, as urnas têm contribuído para a estabilidade democrática no Brasil.

 
“A urna eletrônica tem sido um ponto de referência para todo o continente. Sabemos que há questionamentos e estamos aqui para escutar todas as partes, para entender as fontes dos questionamentos”, afirmou Córdova.
Ele explicou que o objetivo da missão é observar a atuação das autoridades eleitorais brasileiras e contribuir para uma eleição democrática.

 
“A ideia desta missão é escutar todas as vozes, escutar os questionamentos que se fazem sobre a realização do processo, contribuir com a transparência, com elementos adicionais para a construção de uma eleição que cumpra os padrões de integridade eleitoral e, sobretudo, os princípios e valores democráticos”, declarou.

 
O mais esquisito dos ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas é que ele vem sendo eleito há vários mandatos para a Câmara Federal e em 2018 para a presidência da República, por um sistema que ele JURA ser falho, possível de fraude.  


Não lógica no argumento torpe de Bolsonaro e seus seguidores sobre o processo de votação eletrônica no Brasil, embora, convenhamos, na verdade, qual o discurso lógico já feito por Jair Bolsonaro como político? 


*Publicado como editorial na edição 61 da revista Painel Alagoas

Postado por Painel Opinativo

Rui incomoda por ser preparado e cala boca dos que prediziam o fim de sua candidatura ao Governo

09.08.2022 às 17:20
Assessoria

*Claudionor Araújo -  Advogado, ex-vereador e ex-secretário do município de Maceió e do estado de Alagoas


Calaram-se os que queriam ver o fim da candidatura de Rui Palmeira ao governo do Estado. E o pior, erraram feio ao sugerir para a população que Rui baixaria a cabeça para alguns grupos políticos.

O ex- prefeito de Maceió e presidente do PSD em Alagoas, não será candidato a vice, senador nem a deputado federal na chapa de ninguém!

Altivo e sereno, importantes características de sua personalidade, Rui combateu e derrotou, ao seu estilo, todas as mentiras, invenções e fake news, artifícios sórdidos e próprios da imprensa marrom e de adversários mesquinhos, cujo objetivo era espalhar a dúvida, disseminar a  discórdia, esvaziar, e como consequência,  arruinar sua bem posicionada candidatura.

Assim como a máxima que certifica: "a verdade pode tardar, mas sempre prevalecerá sobre a mentira", Rui venceu  o primeiro round. O segundo será a passagem para o segundo turno. Sim, ele está confiante e não se intimida com factóides. 

Não é a toa que Rui é considerado o mais preparado. Ele tem equilíbrio e sabe dialogar, o que incomoda terrivelmente seus adversários falastrões, com a verdade que tentaram sufocar.

Postado por Painel Opinativo

Rui Palmeira um dos atores ao Governo de Alagoas

08.08.2022 às 12:20
Foto: Edmílson Teixeira


*Welisson Miranda

Lançado pelo PSD, o ex-prefeito começou sua caminhada política como deputado estadual em 2007-2011, eleito deputado federal em 2011-2012, tendo passagem política discreta e sem máculas dentro da arena política do complicado e obscuro cenário nacional. Ainda em 2012, sai do legislativo para sua incursão no executivo, eleito Prefeito de Maceió e reeleito em 2016 com aproximadamente 58% dos votos válidos. É um jovem com DNA político a ser respeitado na atual disputa eleitoral ao Governo de Alagoas.

O discreto político, mostra-se capacitado, afirma ter executado o “maior programa habitacional da história de Maceió com mais de 10.000 casas populares entregues, desenvolvido o maior avanço da educação dentre todas as capitais brasileiras”. Sem alardear o significativo desenvolvimento em infraestrutura de Maceió.

Sobre propostas ao Poder Executivo Estadual, Rui afirma seus propósitos em investimentos no ensino técnico profissionalizante, desenvolvimento através de incentivos fiscais para geração de emprego e renda, capacitação ao seguimento do setor hoteleiro dada a vocação turística do estado, sem esquecer dos investimentos necessários e indispensáveis à melhoria e desempenho da Educação Pública Estadual.

Esses, seus pilares de desenvolvimento socioeconômico para Alagoas, sem criar qualquer adereço com viés ideológico, posto que o objetivo é o crescimento e bem-estar social do Estado de Alagoas. Resta, contudo, saber se haverá apoio financeiro suficiente para embate com seu principal opositor o clã do Senador Renan Calheiros, representado nessa disputa política por “Preposto – Marcelo Victor”.

Noutra ponta, vê-se apenas um adereço – Rodrigo Cunha, sem expressão no cenário político doméstico e muito menos nacional. Sobre o Senador Fernando Collor, na disputa ao Governo do Estado, basta lembrar de Zélia Cardoso “sequestro da poupança”, que este some do mapa político.

Com tal perfil, Rui Palmeira pode surpreender ainda mais esse cenário em Alagoas, se alcançar maturidade política, mantendo-se adstringente em relação ao atual Governo Federal, cujos indicadores econômicos e sociais atuais, corroboram em favor do país.

*Presidente do PSD de Paripueira

Postado por Painel Opinativo

Mais Alagoas e menos Brasília

25.07.2022 às 12:40


Por Hemerson Casado*

Em Alagoas, cada um dos prefeitos tem que conhecer as suas próprias cidades. Cada uma precisa trabalhar com o seu Big Data para, a partir daí, começar a ter noção do que cada setor, como a educação, saúde, segurança, meio ambiente, vocação para o seu desenvolvimento, mobilidade urbana, necessita para tornar a sua cidade um ambiente melhor para os seus habitantes, pois a cidade só existe por causa do cidadão. As prefeituras são fundamentais para a grande mudança que é a Cidade Inteligente. Esse conceito é uma revolução do futuro, que tem que ser iniciada agora.  
As decisões tomadas em Brasília, nem sempre refletem o anseio de cada comunidade. O que torna difícil a implementação desses conceitos é a enorme dependência dos políticos de Brasília, que fazem das emendas parlamentares uma moeda de troca para as reeleições dos senadores, deputados federais, estaduais e dos próprios prefeitos e vereadores, que por mais que as demandas sejam legítimas, como um recapeamento de uma estrada, uma ponte, um ônibus escolar, prefeitos se comprometem com o deputado, que faz chantagem em troca do apoio para a próxima eleição. E ainda tem os deputados que são corruptos, e prefeitos e vereadores corruptos, que desviam recursos do erário e a cidade, assim como a região, não consegue o mínimo possível de desenvolvimento. Ainda bem que a descentralização das universidades federais, estaduais e privadas conseguem despertar o senso crítico nos estudantes, que, em sua maioria, são advindos de classes sociais baixa ou média baixa e eu espero, torcendo, pra que o futuro chegue nessas cidades e a ciência, tecnologia e inovação possam reinar nessas comunidades.
Cerca de 50% da população mundial vivem em cidades e segundo a ONU, em 2050, esse número subirá para 70%, sendo que o espaço que as cidades ocupam na superfície da Terra, é de apenas 2% . Imagina o que esses números podem significar?  Teremos que passar a conviver, ao invés da simplicidade de viver. Algumas cidades já experimentam soluções para servir a todos de forma igualitária, mas é necessária uma mudança no comportamento da população e principalmente, na escolha das nossas lideranças. O futuro que todos nós queremos, não há espaço para políticos profissionais, transmissão hereditária na política, cargos públicos ocupados por amigos, parentes, afilhados políticos.  
Teremos que ter uma reforma política, que garanta verdadeiramente o fim do número absurdo de partidos, a infidelidade partidária, as emendas de relatores, os orçamentos secretos e as reeleições. Os atores técnicos têm que participar da política, sem vergonha e sem medo e trazer a meritocracia para as administrações. Temos que ter administrações não para nós, mas com “nós”.

Para você conceituar uma cidade como inteligente, você tem que ter três pilares. Primeiro lugar, conectividade que significa sistemas inteligentes conectados entre si e juntos conectados a uma central. O segundo pilar é a quantidade de dados que existe sobre aquela cidade, em tempo real, para guiar a tomada de decisões dos gestores, para inúmeros setores, que a cidade desfruta em comum, como o destino e tratamento de lixo tratamento e distribuição de água potável, a rede de esgoto em todos os locais da cidade, a poluição e o meio ambiente, a mobilidade urbana, as inclusões digitais, laborais, Social, a segurança, educação, saúde etc.  E o terceiro pilar é o complemento de tudo, gestores comprometidos com as mudanças.

*É médico cardiologista, fundador de uma organização sem fins lucrativos que tem como missão combater as doenças raras e lutar por assistência e políticas públicas. Seu ativismo luta por estratégias que envolvem frentes e ações que deem suporte aos pacientes e familiares que convivem com doenças raras  


*Publicado na edição 60 da revista Painel Alagoas

Postado por Painel Opinativo

Racismo e o desafio de combatê-lo

27.06.2022 às 13:20

Por Mário Lima Filho*

Apesar do avanço da tecnologia, que nos traz uma gama de conhecimentos sobre o certo e errado, e da Lei Caó (lei 7.716/89) que combate o racismo no Brasil, vivemos um retrocesso na questão racial. As atitudes criminosas provêm desde o meio virtual (internet e redes sociais) ao pessoal, em que os intolerantes se manifestam sem se importar com os valores do ser humano.

 
No Brasil, as causas do racismo podem ser associadas, principalmente, à longa escravização de povos de origem africana e a demora na abolição da escravidão que, a meu ver, foi limitada, por não inserir os escravos libertos no meio social, nem lhes permitir os direitos à educação e ao mercado de trabalho, tornando-os marginalizados.

 
Em diversas leituras em que me ative para alinhar o pensamento sobre o tema, encontrei várias definições, e o modo mais simples para a compreensão, seja do intelectual, seja do mais leigo leitor, foi a perspectiva de que o racismo é a “denominação da discriminação e do preconceito (direta ou indiretamente) contra indivíduos ou grupos por causa de sua etnia ou cor”.

 
Dessa forma, apesar de alguns não admitirem, a questão da cor da pele, bem como de seus desdobramentos, é fato predominante entre nós. Para mim, não há, quando se trata destas questões, o julgamento implícito ou aquela desculpa clássica do “não quis dizer isso”. Tudo está escancarado, e a “pessoa” age de forma consciente em seus atos e palavras quando quer atingir a integridade do outro.

 
Este é o chamado racismo estrutural aflorando nas interações individuais, “que, de maneira ainda mais branda e por muito tempo imperceptível, tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção. Trata-se de um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial”.

 
Atualmente, mesmo com as leis proibitivas de atos preconceituosos, são constantes os ataques a negros, mulheres, índios e outras classes denominadas, de forma pejorativa, “minorias”. Digo pejorativa porque somos maioria no país. Há uma maioria de mulheres e negros.

 
As questões acima citadas modificam-se ao acaso das situações e dos jogos das forças sociais, mas reiteram-se continuamente. Esse é o quebra-cabeça com o qual se defrontam intolerantes e tolerantes, discriminados e preconceituosos, segregados e arrogantes, subordinados e dominantes, no Brasil e em todo o mundo.

 
Sob a ótica da discriminação, não podemos dissociar racismo e preconceito. O termo “preconceito” é conhecido na teoria e na prática por boa parte da população. Ele se apresenta de diversas maneiras, em atitudes de desrespeito, discriminação e ódio. Algumas das expressões de preconceito mais comuns no Brasil são racismo, machismo, homofobia, transfobia e xenofobia. Infelizmente, essas categorias discriminadas são empurradas para a marginalidade, a prostituição, e, consequentemente, para a morte.

 
Dados do Departamento Penitenciário Nacional, divulgados em 2020, no 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostram que, a cada três presos em 2019, dois eram negros. Os negros somam 66,7% da população carcerária, estipulada em 755.274 reclusos.

 
Outra lei que poderá ser aperfeiçoada pelos juristas é a das cotas raciais. A intenção é combater o racismo institucional no setor privado, punindo-se com mais rigor práticas de racismo nas empresas.

 
Ainda no âmbito das leis, o Bra­sil passou a fazer parte da Convenção Interamericana Contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. O texto aprovado no ano passado pelo Senado Federal passa a integrar o ordenamento jurídico brasileiro.

 
Desse modo, o Brasil “se compromete a prevenir, eliminar, proibir e punir, de acordo com suas normas constitucionais e com as regras da convenção, todos os atos e manifestações de racismo, discriminação racial e intolerância”.

Que tenhamos novos dias com melhores perspectivas e aceitação. Que venha a mudança de pensamento, antes que nos percamos entre nossos próprios conceitos (esse artigo foi publicado originalmente no Correio Braziliense).

*é Jornalista, especialista em políticas públicas 


Texto publicado na edição 59 da revista Painel Alagoas

Postado por Painel Opinativo


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