A campanha presidencial no Brasil foi polarizada entre Jair Bolsonaro e Lula desde que o STF declarou o petista elegível.
Ainda mais quando a tentativa de uma terceira via com mais força morreu na decisão do PSDB de não lançar João Dória nessa disputa.
Ciro Gomes não conseguiu articular a oposição a Lula e a Bolsonaro em seu favor, e Simone Tebet, com apoio do MDB e PSDB, não decolou.
O restante das candidaturas não faz diferença à polarização.
Então, o futuro político do nosso país é Lula ou Bolsonaro, não há outra alternativa e nesse embalo, a campanha do voto útil é pertinente para que a eleição se encerre já no primeiro turno, seja com um, ou com outro.
E na polarização, o voto tende a ser racional, muito mais do que ideológico.
Cabe ao eleitor a resposta à pergunta: “Que Brasil queremos a partir de 1 de janeiro de 2023?”
A poucos dias da eleição, a política desce o nível e usa de Deus ao Diabo para convencer o eleitorado de que os adversários “são desqualificados” em todos os sentidos.
É podre surgindo a dá com pau!
Aqui em Alagoas, até um vídeo de um pai denunciando a possível traição de um filho, virou bandeira eleitoral e percorre o estado com uma força nunca dada a uma plataforma de propostas, por exemplo!
Ou seja, na guerra das eleições, vale mais para a maioria dos candidatos o erro de seus concorrentes, do que o seu trabalho e projetos para seu estado, seu povo.
Isso é novo?
Claro que não, sempre se fez política no Brasil com uma pistola apontada para a história de vida pública ou pessoal de quem disputa mandatos, em especial os mandatos majoritários.
O ruim, ruim mesmo, é ver quem defende a nova política praticando a mesma velha política de sempre...
Com o poder de alcance da internet, são vídeos e mais vídeos desabonando pessoas públicas, fakes news, manipulação de fatos e o discurso fácil de candidatos que se dizem “mãos limpas”, mas promovem a baixaria contra os adversários.
Em tempo: mãos limpas de que?!
Com uma enxurrada de pesquisas sobre intenção de voto no Brasil, hoje, a tendência tem sido mesmo a dúvida sobre a credibilidade de muitos desses institutos. Ainda mais com a pesquisa sendo feita por empresas diferentes ao mesmo tempo, com o mesmo percentual de amostragem, e com resultados divergentes.
Em Alagoas a coordenação política da campanha de Rui Palmeira (PSD) ao governo do estado, alerta para a manipulação do uso desses resultados, espalhada em blogs e redes sociais, para confundir o eleitorado e prejudicar a eleição dele.
A nota, na íntegra, assinada pelo coordenador político de Rui Palmeira, ex-vereador Claudionor Araújo:
O CONSÓRCIO CONTRA RUI
Amigas, amigos!
Não liguem para essas pesquisas e o que dizem delas alguns jornalistas e blogueiros.
Eles participam do Consórcio Contra Rui.
Explico: representantes de candidatos encomendam e publicam "pesquisas registradas" e aqueles tais "jornalistas e blogueiros", membros auxiliares do Consórcio, respaldam seus resultados de forma orquestrada.
Muitos por serem "sócios", outros por serem aliados de algum concorrente.
E qual a motivação?
Simplesmente porque todos têm certeza de que Rui Palmeira vence, no 2° turno qualquer de seus atuais adversários.
Eles sabem que Rui é o mais preparado, é ficha limpa, tem experiência de gestão e vem mostrando o que já realizou e tem muito mais o que mostrar.
Não tem lógica e não faz o menor sentido que uma candidatura que deu partida pontuando na liderança com números acima de 20 pontos, caia ao nível de 10 e até 7% como vem mostrando o consórcio, sem ter cometido nenhum erro, um sequer, que pudesse justificar essa "queda".
Ao contrário, Rui tem feito uma campanha alegre e propositiva, com respaldo em seu patrimônio moral e nos resultados de sua ótima administração como Prefeito de Maceió, em dois mandatos consecutivos.
Acompanho Rui de perto desde a pré-campanha e dou o testemunho da resposta que as ruas têm dado, o carinho como é recebido pelas pessoas, a alegria que demonstram, os acenos, os abraços e as declarações de apoio, quando de suas caminhadas e suas Caravanas em Maceió e no interior do Estado.
Tais fatos se repetem com mais intensidade quando das caminhadas e comícios promovidos pelo Deputado Antônio Albuquerque, cuja habilidade, compromisso e lealdade com seus correligionários e amigos, tornam sua liderança cada vez mais sólida e admirada.
Portanto, amigas e amigos, sabemos que não há nenhuma eleição fácil de vencer, especialmente quando se trata de disputa pelo governo do Estado.
Mas Rui Palmeira e seu grupo estão no caminho certo.
E todos nós que fazemos parte desse grupo, temos o dever de lutar com Rui, sem esmorecimento e sem vacilação!
É o que Alagoas espera de nós!
Claudionor Araújo
(Coordenador Político da campanha de Rui Palmeira)
Em tempo: Claudionor sabe o que diz. Em 1992 ele estava na campanha do então senador Teotonio Vilela Filho a prefeito de Maceió, um dos favoritos nas intenções de voto apresentadas por institutos de pesquisa na capital, e o eleito foi Ronaldo Lessa, que nunca apareceu nessas pesquisas com mais de 10%. Em 2006, Claudionor também estava com Teotonio para o governo do estado, que pontuava sempre atrás do então deputado João Lyra, seu concorrente. Teotonio venceu a eleição em 1º turno.
Mas, enfim, cada eleição, uma eleição.
Aguardemos 2 de outubro!
Tempo de eleições, tempo de manipulação, é a máxima de que na guerra vale tudo, até mesmo criar factoides para vencer a disputa a qualquer custo.
Exemplo recente?
A ação impetrada em juízo pelo senador Rodrigo Cunha (UB), candidato a governador de Alagoas, contra o governador e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB), por suposto uso eleitoral da máquina pública.
Cunha questiona o governador pela compra sem licitação de cestas básicas, cobrando a apresentação da necessidade de dispensa licitatória, item obrigatório em uma situação como essa, que já levou dos cofres públicos R$ 15 milhões para uma única empresa no estado.
Em momento algum Rodrigo Cunha entrou na Justiça para que a população seja impedida do direito da cesta básica, como seus opositores alardeiam estado afora.
Cunha cobra o que todos nós cobramos dos gestores: transparência.
Porque, convenhamos, com dinheiro público nenhum fim justifica os meios, ainda mais quando esses meios podem privilegiar alguém numa disputa, seja ela qual for.
Em pleno 2022, ainda vemos campanha eleitoral como no século passado.
Lamentável.
Em tempo: a ação de Cunha foi disponibilizada publicamente por sua assessoria, só não viu quem não quis.
A partir da internet e mais ainda das redes sociais, esse fato ganhou nitidez e embora seja considerado crime, na vera, o rigor da lei é miúdo diante da gravidade de suas consequências.
A Justiça Eleitoral manda remover os áudio e vídeos e aos olhos do eleitorado essa é a punição para quem cria, divulga, dissemina deliberadamente notícias falsas ou desinformação. Ou seja, é mínima diante do prejuízo causado e não intimida quem pratica esse tipo de crime.
Na eleição deste ano em Alagoas, é fake news a dar com pau pra todo canto, particularmente nas candidaturas majoritárias.
O que a Justiça faz? O que manda a lei, remove os conteúdos num dia, surgem outros logo após...
Moral da história: Tá difícil conter o crime com tantos criminosos impunes!
Em tempo: os candidatos beneficiados ou até mesmo os que promovem a fake news contra os adversários, são silêncio puro! Preferem a ousadia do crime à ética na política. Deveriam ser obrigador POR LEI a, no mínimo, a se desculparem com os eleitores pela vergonha alheia de criar e/ou espalhar notícias falsas.
Que lamentável, Alagoas!
O Nova União, um projeto para transformar União dos Palmares na sede de um polo de desenvolvimento econômico que contempla toda a Zona da Mata de Alagoas, ainda não ganhou a credibilidade devida.
A explicação é simples: a política local.
É que o idealizador do Nova União é o ex-deputado João Caldas (JC) que é adversário político de Géo Cruz, ex-prefeito de Ibateguara, de Neno, ex-prefeito de São José da Laje, e de Kil, atual prefeito de União dos Palmares.
Géo Cruz e Kil têm arregaçado as mangas para tentar desacreditar a viabilidade do projeto.
Fosse o Nova União proposto por um deles, certamente a proposta já serviria até de bandeira política neste ano eleitoral.
JC criou um espaço digital para que a população tenha conhecimento sobre o projeto (novauniao.com.br), já levou um empresário do setor de têxtil e moda de Pernambuco para verificar in loco a potencialidade comercial da região, e tem conversado com o representante do espólio de João Lyra, já que o Nova União deve ser construído nas terras da antiga usina Laginha.
Alagoas tem disso.
Se surge alguém com um projeto para gerar desenvolvimento e qualidade de vida, há sempre alguém do contra lutando para ele não acontecer.
Que o diga o Estaleiro de Coruripe, que por picuinha política não chegou ao estado.
Géo Cruz, Neno da Laje e Kil estão na contramão do futuro e arriscam o presente de milhares de pessoas por conta da política miúda que se pratica em Alagoas.
Uma pena.
Em tempo: Ibateguara, Laje e União são cidades com indicadores sociais dos mais perversos em Alagoas.
O ex-governador Renan Filho (MDB), candidato ao Senado, tem massificado no Guia Eleitoral, redes sociais e discursos nos quatro cantos de Alagoas, que ao assumir o governo estadual em 2015, não havia nenhuma UPA em Maceió.
E que ele abriu sete UPAs na capital.
As duas primeiras UPAs em Maceió foram construídas no governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) e abertas pelo então prefeito da cidade, Rui Palmeira (PSD), candidato a governador na eleição deste ano.
Renan Filho construiu e garantiu a abertura de cinco UPAs em Maceió, e esse é um feito e tanto!
Ampliou de duas para sete as Unidades de Pronto Atendimento na capital alagoana!
Convenhamos: pra que mentir?
Em tempo: o atual governador Paulo Dantas (MDB), candidato à reeleição, e o ex-secretário de Saúde do Estado, Alexandre Ayres (MDB), candidato a deputado estadual, seguem o ex-governador no “equívoco”.
Só para esclarecer e dar a César o que é de César: não foram sete UPAS construídas e abertas pelo ex-governador Renan Filho, foram cinco.
Tem candidato fazendo mil piruetas para garantir um só eleitor ao seu lado! Que o diga Rodrigo Valença (UB), o Rodrigo de Neno, ex-prefeito de São José da Laje, candidato a deputado federal.
Veja só:
Rodrigo está no União Brasil, partido do senador Rodrigo Cunha, candidato a governador. No guia eleitoral, Valença aparece pedindo voto para Cunha e até já promoveu uma carreata e comício para Rodrigo Cunha em São José da Laje.
Mas também já apareceu em agenda de campanha do senador Collor (PTB), pedindo votos para ele.
O grupo político onde Valença está apoia a candidatura de Davi Davino Filho (PP) ao Senado, mas Rodrigo de Neno já declarou estar com Renan Filho (MDB) nessa disputa.
Em tempo: dá pra confiar em Rodrigo de Neno?
Não se admirem se Rodrigo Valença aparecer por aí pedindo voto para Bolsonaro junto com Collor, e para Lula, ao lado de Renan Filho.
Com Valença, é match pra todo lado!!!!!
Em quem você votou para deputado federal em 2018?
Seu candidato foi eleito? O que ele fez por Alagoas? Qual a sua postura na Câmara Federal em defesa das bandeiras que você defende?
É possível rastrear o mandato de um parlamentar federal?
O site ranking dos políticos (https://www.politicos.org.br/) nos ajuda a fiscalizar a bancada federal na Câmara dos Deputados e no Senado, com avaliações criteriosas que vão desde a simples e obrigatória presença em plenário e comissões temáticas, ao voto contra privilégios e a postura anticorrupção, se responde processos na justiça e como administra recursos públicos de seu gabinete.
Sobre candidatos a qualquer mandato que estão na disputa pela primeira vez?
Pesquisa no google, coloca lá o nome dele, e avalie se ele merece ou não o seu voto, se ele contribuirá ou não com o estado e com ações e projetos que tornarão a vida da população melhor e mais justa.
O passado reflete o futuro, não se engane, para o bem e para o mal.
Bora pesquisar, conhecer e avaliar quem se habilita na política a nos representar?
A poucos dias da eleição, a multidão que foi ontem às ruas em todo o Brasil, vestida de verde e amarelo, foi para confirmar o voto na reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Não foi para celebrar o bicentenário da Independência do Brasil!
E convenhamos, o mar de pessoas nas cores partidárias de Bolsonaro, não é para menosprezar essa candidatura, por mais que seja esse um governo possa ser, na prática, de retrocesso social, de fakes news, de afrontamento à democracia, de posições racistas e preconceituosas.
O presidente Bolsonaro virou mito, criou o bolsonarismo, e para quem deseja o “fora Bolsonaro”, terá que lutar muito nessas próximas três semanas para convencer o eleitorado de que berimbau não é gaita...
É claro que Bolsonaro violou a lei eleitoral nesse 7 de Setembro!
Não seria ele se respeitasse a lei.
Mas essa é uma barganha da oposição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apenas para “cutucar” os bolsonaristas, não é matéria com capacidade legal para impedir a candidatura de Bolsonaro.
A polarização da disputa presidencial cega a verdadeira visão sobre o Brasil de hoje, e o Brasil de amanhã.
Lamentavelmente!
Blog Político