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A Selic aumentou, e agora?

24.03.2025 às 10:00

A Selic aumentou, e agora?

Olá,  meu querido leitor, minha querida leitora. A notícia que chamou a atenção na semana que passou foi o aumento da taxa Selic para 14,25% ao ano, em comunicado feito pelo Copom (Comite de Política Monetária) na quarta-feira dia 19. O aumento já era esperado, considerando-se que uma das tarefas do Banco Central é preservar o poder de compra da moeda, o que, trocado em miúdos, significa manter a inflação sob controle. Como isso afeta nosso dia a dia é o tema do artigo de hoje.

Sendo a Selic considerada a taxa básica de juros na economia, um patamar mais elevado é transmitido aos juros cobrados em empréstimos e financiamentos. Posto de outra forma, tomar dinheiro emprestado nas diferentes linhas de crédito – cheque especial, cartão, consignado, financiamento de automóveis ou imóveis irá encarecer a dívida, fazendo com que as prestações a pagar dos futuros financiamentos fiquem mais salgadas ou os prazos dos empréstimos sejam ampliados. O governo federal tenta alguns paliativos, tais como utilização do FGTS como garantia para consignados, por exemplo, mas a medida não atinge aos que trabalham sem carteira assinada. Eu, que pessoalmente já não era muito fã de dívidas, agora então é que não entro nesta furada.  

Pelo lado do investimento, o recente aumento torna ainda mais atrativas as aplicações em renda fixa, mas jogam um banho de água fria nas aplicações em renda variável, bolsa e multimercados. Em um rápido exercício, caso a taxa de 14,25% fique estável até o final do ano (o que para os nove meses restantes, equivale a 10,51% no período), o índice da bolsa de São Paulo, o Ibovespa, precisaria atingir 146 mil pontos (a partir do fechamento de 21/03), o que não fica distante das projeções feitas no início do ano para este indicador, a 145 mil pontos. Mas, não custa lembrar, que bolsa oscila, e muito... logo, por que encarar este vai-e-vem para ter praticamente o mesmo resultado que uma aplicação de baixo risco, não é mesmo?

O mesmo ocorre com os fundos multimercados, cujo desempenho médio para os últimos 12 meses (medidos pelo IFMM -  Índice de Fundos Multimercados, de fevereiro/2024 a fevereiro/2025) foi de 7,33%, contra 11,17% do CDI no mesmo período. Ou seja, risco maior (do que a renda fixa pós-fixada) e resultado menor... Pode isso, Arnaldo?

Mas é preciso ter muita cautela com as simplificações, pois o mercado e a economia são dinâmicos e, nada garante que as projeções feitas neste momento para o curto prazo não possam mudar para prazos maiores. Por exemplo, fala-se que nas próximas reuniões do Copom, a Selic continuará a subir, neste caso favorecendo ainda mais a renda fixa, na modalidade pós-fixada (títulos indexados ao CDI, fundos DI dentre outros). Em qual momento ocorrerá uma reversão desta tendência, parece-me a pergunta de um milhão de dólares!

Com uma projeção de Selic em queda (que no meu entender poderá ocorrer se a inflação der sinais de arrefecimento), tudo o que foi descrito nos parágrafos anteriores se reverte: financiamentos e empréstimos ficam mais baratos, bolsa e multimercados tornam-se mais atrativos. Ainda que a renda fixa continue a exercer seu papel de suavizar riscos nas carteiras de investimento, a estratégia neste caso também deve mudar, favorecendo as aplicações pré-fixadas pois no momento da aplicação o investidor garantirá sua rentabilidade independente de novas quedas nas taxas de juros.

A esta altura, você, querido leitor, querida leitora, deve estar se perguntando o que fazer diante de tanta incerteza? Não tendo bola de cristal, minha melhor recomendação é que você, respeitando seu perfil de risco (de acordo com os questionários que bancos e corretoras oferecem) diversifique. Tal estratégia certamente não colocará a sua carteira no topo dos resultados, mas evitará colocá-la no fundo do poço, que tal?

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Comodidades ou micos: você decide!

17.03.2025 às 09:40

Olá,  meu querido leitor, minha querida leitora. Já repararam na quantidade de oferta que recebemos diariamente em nossos celulares? Seja por meio de anúncios em redes sociais, seja por meio de telefonemas pra lá de indesejados, a turma não conhece limites... e tasca bloqueio! Por conta disso, achei o tema interessante para um artigo, e resolvi preparar uma lista com alguns itens presentes na nossa relação com a rede bancária, ainda que, justiça seja feita, o setor não esteja no topo do ranking dos que mais perturbam.

No caso das instituições financeiras, boa parte das ofertas e serviços referem-se a comodidades (em alguns casos vendidos como vantagens!) e que, por si só, não constituem necessariamente armadilhas, desde que corretamente utilizados.

(1) Cartão de Débito, Pix, Saques sem Cartão: todos muito convenientes e simples de usar, permitindo saques em dinheiro (ainda não disponível no Pix), transferências e compras. Não tenho dúvidas que o trio veio para substituir o antigo e quase finado talão de cheques, cada dia mais raro. O grande perigo é que raramente anotamos as despesas feitas com estes instrumentos (na época dos cheques, me lembro de anotar o gasto no canhoto!!), gerando assim um descontrole no saldo em conta corrente, com grandes chances de ficarmos no vermelho. Acessar periodicamente a conta para verificar o saldo resolve a questão.

(2) Limites da Conta: veio para substituir o cheque especial, e de certa forma é uma comodidade, ao disponibilizar um crédito pré-aprovado, permitindo assim que o cliente gaste além do saldo que possui em conta. Vale para uma emergência, e desde que o avanço no limite seja por poucos dias, devido aos elevados juros cobrados nesta modalidade. No caso de saldos negativos por prazos longos, as chances de cair no efeito bola de neve é muito alta, e a solução adequada é negociar um empréstimo pessoal com prestações fixas que caibam no orçamento.

(3) Cartão de Crédito: usado como meio de pagamento, vá lá, mas parcelar faturas, pagar com atraso ou fazer saques em dinheiro é encrenca certa: juros até mais altos que os citados no item anterior...  Muitos, irresponsável e erradamente utilizam-nos como um salário adicional, esquecendo-se, entretanto, que a fatura um dia chega... e como!

(4) Título de Capitalização: é jogo,com direito a sorteio e tudo. Encarado desta forma, é bom negócio pois afinal, em que outro jogo você receberia o valor apostado de volta (ainda que muito tempo depois)? Mas não é investimento: os que vi por aí, rendem muito pouco e possuem baixa liquidez (saques antes do final do período contratado, somente de parte do que foi depositado).

(5) Fundos Multimercados: vendidos como aplicações que sempre rendem, tenho analisado-os e percebo que em muitos casos o risco supera o de aplicações de baixo risco (renda fixa, DI) e a rentabilidade não, sendo por muitas vezes negativa. Estranha escolha, não? Maior risco e menor rentabilidade? Tomando por base um período de pelo menos 12 meses, avalie se o que você possui se enquadra neste caso e, constatada a distorção, migre para outra aplicação.

(6) Alavancagem: nome bonito, coisa de profissional. Alguns fundos oferecem-na. Você sabe do que se trata? Se não, caia fora! Em épocas de alta nas bolsas, por exemplo, um fundo alavancado pode apresentar ganhos bem superiores ao de um fundo tradicional, antecipando assim a sua aposentadoria; mas em épocas de baixa, o fundo (do poço!) chega mais rápido. Todo cuidado aqui é pouco!

(7) Conta conjunta: é bom tê-las para no caso de uma emergência, o segundo titular poder movimentá-la. Mas acho impossível controlá-la quando mais de um correntista movimenta-a regularmente. Para um casal acho adequadas duas contas correntes conjuntas, com cada um sendo o primeiro titular de uma, por exemplo!

(8) Pacote de tarifas: verifique se você paga o que realmente usa: porque pagar para ter direito a vinte saques mensais se você só faz cinco, por exemplo?

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Vale estudar?

10.03.2025 às 09:20


Pois é, meu querido leitor, minha querida leitora, estamos sempre tão preocupados com a rentabilidade das aplicações financeiras em geral, que por vezes esquecemos que o combustível necessário aos investimentos vem de nossa capacidade de gerar (e guardar!) renda e, salvo algumas exceções virtuosas (artistas, atletas, dentre outros) o cidadão comum, obtém esta renda no mercado de trabalho. Por conta disso, resolvi dar uma espiada no que acontece com quem se dispõe a investir em sua própria educação. Entendo que em assunto tão complexo, haja inúmeras variáveis que afetem sua decisão, mas, fiel ao espírito da coluna, manterei a análise sob o enfoque estritamente financeiro.

Assim, pesquisando na Internet, encontrei sites que, gratuitamente, listam os salários médios pagos a diferentes categorias profissionais em empresas de grande porte. No caso da área financeira, por exemplo, um auxiliar financeiro recebe R$ 2.363 mensais, um analista financeiro R$ 5.156 e um contador pleno R$ 7.634. Supondo que uma faculdade de contabilidade cobre em média – mensalidades e livros – algo próximo dos R$ 1.500 mensais, durante cinco anos, vejamos algumas situações. Deixo as conclusões para você!

Caso 1: Estudar sem trabalhar: Ao terminar o segundo grau, João foi direto trabalhar e hoje é auxiliar de contabilidade; José, por outro lado, preferiu esperar enquanto estudava. Durante seu estudo, seu custo será, na realidade, de R$3.863 mensais, correspondentes ao valor da mensalidade e livros de sua escola acrescido do salário (de auxiliar) de que abriu mão. É um alto investimento, não há dúvida, mas daqui a cinco anos, admitindo que consiga o cargo de analista, obterá um salário R$2.793 maior que o de seu amigo (são amigos, esqueci de avisar!) e, supondo que ambos mantenham suas posições pelos 35 anos seguintes, seu investimento terá lhe rendido 0,89% ao mês, valor que sobe a 1,44% se, formado, conseguir diretamente o cargo de contador.

Caso 2: Estudar e trabalhar: Agora suponha que Joaquim, outro amigo, aguente o esforço adicional e, mesmo cursando a faculdade, não largue o seu emprego de auxiliar. Neste caso, durante seu período de estudo, seu investimento mensal será de R$1.500, equivalente apenas à mensalidade e livros de sua escola. Se, da mesma forma que José, Joaquim conseguir o cargo de analista, seu investimento terá lhe rendido 1,77% mensais, valor que sobe para 2,54% se conseguir o cargo de contador.

As rentabilidades obtidas nas simulações anteriores superam a maioria dos resultados obtidos em aplicações financeiras, mesmo aquelas que apresentam maior risco, sugerindo, portanto, valer a pena investir em educação. Mas atenção: entendo que a formação profissional seja condição necessária à consolidação de uma carreira, mas não suficiente, já que outros fatores, tais como liderança, capacidade de comunicação, carreira escolhida, condições do mercado de trabalho, dentre outros, também contribuem para uma boa colocação.  

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Estratégia Diferenciada

03.03.2025 às 12:00


Olá, meu querido leitor, minha querida leitora! Sim, sei que é Carnaval, mas não dá para esquecer um dos temas que mais tem afligido boa parte da população: o aumento no preço dos alimentos! Considerando ser esta uma despesa essencial (não, não dá para empurrar para o mês seguinte), boa parte do orçamento familiar fica comprometido, e nas famílias de menor renda – onde o peso da alimentação é maior – a carestia avança sem freios.

Pois foi pensando nisso que decidi sobre o tema do artigo de hoje, onde procuro mostrar uma estratégia para driblar (ou pelo menos tentar!) o dragão da inflação. Vou um pouco além dos tradicionais – e necessários – conselhos, tais como pesquisar preços, substituir produtos ou reduzir quantidades, e decerto o plano dará um pouco mais de trabalho, mas o resultado eventualmente compensará o esforço. Vamos lá apresentar a ideia!

Há algum tempo, no início de minha carreira, desenvolvi uma pesquisa sobre os preços de uma lista de aproximadamente 150 produtos de consumo diário, incluindo, além dos alimentos, os principais itens de limpeza. Visitava   quatro grandes supermercados e de prancheta na mão, coletava os preços, que depois eram transferidos para uma planilha. O valor total das compras não era muito diferente entre os quatro estabelecimentos, porém, se considerássemos comprar os produtos nos estabelecimentos com as melhores ofertas, o total da fatura chegava, em algumas semanas, a ser 30% mais barato do que a compra concentrada em um único local... interessante, não? Como implementar? Segue o passo a passo, onde exemplifico com três amigos e três supermercados!

(1) Reúna os três amigos ou vizinhos (com quem você se dê bem!!) e monte a lista dos produtos que consomem. (2) Cada um dos três irá pesquisar os preços desta lista em um estabelecimento distinto. Vale notar que esta tarefa é hoje bastante simplificada em relação ao passado, pois os aplicativos e conteúdos digitais, em geral, permitem a pesquisa sem a necessidade do deslocamento físico ao local. (3) Com os preços coletados, totalize o valor da compra em cada estabelecimento. (4) Identifique a seguir, para cada item, onde é mais barato comprar e some o valor total da compra quando distribuída entre os três locais. (5) Verifique se a economia feita compensa o trabalho ainda a ser feito nos próximos itens. (6) Caso compense, monte três novas listas (uma para cada estabelecimento) que deverão conter apenas os produtos mais baratos encontrados no item (4). (7) Para cada produto, liste as quantidades que cada um de vocês irá comprar. (8) Hora das compras: cada um irá a um supermercado com a respectiva lista para adquirir os produtos. (9) Reúnam-se novamente, dividam os produtos e acertem as diferenças financeiras. (10) Confraternizem!

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Casais Financeiramente Educados

26.02.2025 às 12:00

Rumo à independência financeira, de nada adiantará o casal ter os três quesitos do artigo passado (paciência, força de vontade e imaginação), se faltar o principal combustível de seu projeto: dinheiro! Sim, será preciso fazer sobrar dinheiro a cada mês para que consigam chegar lá! E não consigo ver nenhuma outra forma que não passe: (1) pelo aumento de sua renda; (2) pela diminuição de sua despesa ou (3) pela combinação dos dois itens anteriores.

Salvo nas situações em que somente um trabalhe (neste caso vale a pena avaliar se o ganho extra para trabalhar fora não irá acarretar despesas maiores do que a renda gerada, o que por exemplo poderia ocorrer se houvesse a necessidade da contratação de ajudantes para cuidar das crianças), aumentar a renda nem sempre é simples, pois depende de decisões fora do controle do casal (por exemplo, o aumento do salário pode depender de uma promoção para o caso de um empregado, ou ainda, no aumento do número de clientes para profissionais liberais); assim, concluo que criar a sobra a partir da diminuição das despesas tem maiores chances de sucesso. Falemos sobre isso!

Anotem em um papel todos os gastos dos últimos dois meses, sem se esquecerem de nada, incluindo aí juros, taxas bancárias, impostos, etc. Classifiquem estes gastos em: (1) Financeiros: os que vocês pagam aos bancos, cartões, etc.; (2) Desperdícios: os que vocês podem eliminar sem sentir falta (por exemplo: o clube que não frequentam ou a revista que não leem); (3) Supérfluos: os associados a pequenos prazeres, mas que, diante de um objetivo maior (sua poupança), poderão ser eliminados (por exemplo: o cafezinho, o cigarro); (4) Essenciais: aqueles sem os quais vocês não vivem: aluguel, luz, gás, telefone, a escola das crianças, o plano de saúde, o lazer.

Um plano de poupança bem sucedido, deve eliminar os gastos pela ordem acima: cortem primeiro os financeiros, depois os desperdícios e supérfluos e, somente em último caso os essenciais.

E o que aconselhar àqueles que, afogados em dívidas, não conseguem sequer chegar ao estágio de cortar alguma despesa: por exemplo, os casais cuja renda esteja toda comprometida no pagamento dos juros de cheques especiais e de cartões de crédito? Bem, é um caso mais complicado pois a dívida só faz crescer, já que seus ganhos apenas cobrem gastos financeiros, obrigando-os assim a novas dívidas para cobrirem os demais gastos.

Bem, se este é o caso de vocês, não se desesperem: há soluções (todas dolorosas, não vou mentir) mas que poderão livrá-los deste martírio. E, saindo desta, no mínimo vocês terão conseguido superar um tremendo obstáculo, fortalecendo sua relação (calma, não vamos discutir a relação!) Anotem:

(1) Eliminem já os cartões; (2) Revisem os saldos das atuais dívidas, renegociando junto aos credores uma redução dos valores (acreditem nisso porque bancos e administradoras preferem recompor dívidas do que acioná-los judicialmente); (3) Recalculados os valores, tentem transformá-los em prestações fixas, que caibam no orçamento, através de empréstimos pessoais na própria rede bancária, usualmente oferecidos a taxas mais civilizadas; (4) Pensem na possibilidade da venda de algum bem (um carro, por exemplo); (5) Não entrem em novas dívidas, segurando o consumo nesta fase crítica; (6) Adiem toda e qualquer compra que puderem: lembrem-se que sua prioridade é eliminar sua dívida!  

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Projeto Conjunto

17.02.2025 às 10:40


Penso que o maior objetivo financeiro que um casal possa atingir seja o da independência financeira, onde, mesmo optando por não parar de trabalhar, suas despesas fiquem inteiramente cobertas pelo rendimento obtido pela aplicação de suas economias. É a ideia de fazer o dinheiro trabalhar pelo casal, e não o casal trabalhar pelo dinheiro. Chegar a este estágio não é impossível, mas irá exigir planejamento e disciplina.

Para exemplificar, suponha que João e Maria tenham uma despesa mensal de R$8.000. Um fundo de baixo risco (referenciado DI), com um histórico de rentabilidade em torno de 104% do CDI, rendeu 25,95% nos últimos 24 meses, (encerrados em 13/02/2025), taxa que cai para 22,06% após o desconto dos impostos (alíquota de 15%), e correspondente a 12,71% em termos reais, isto é, além da inflação quando medida pelo IPCA (8,29% acumulados no período), equivalente a 0,50% ao mês. Admitindo que esta taxa se mantenha neste patamar, o casal precisaria ter R$ 1.600.000 aplicados para atingir sua independência financeira (encontre este valor dividindo 8.000 por 0,005).

Quanto tempo João e Maria irão precisar para atingir esta meta, irá depender de sua capacidade de poupança, de quanto já têm hoje guardado e da rentabilidade média que irão obter em suas aplicações daqui em diante. Por exemplo, partindo do zero e aplicando a 0,50%am, precisarão guardar R$1.593 mensais por 30 anos ou R$3.463 por 20 anos para chegarem lá, valores que cairão para R$394 e R$2.030 se partirem de R$200.000 já acumulados. Por outro lado, se conseguirem aplicar a 0,70% ao mês (neste caso incorrendo em um pouco mais de risco) e admitindo começarem do zero, precisarão guardar R$989 mensais por 30 anos ou R$2.584 por 20 anos.

Lições importantes (e simples!): (1) quanto maior for a economia mensal, mais rápido se atinge o objetivo: o sacrifício de hoje é o conforto de amanhã; (2) quanto maior a rentabilidade, menor é o sacrifício mensal: pesquisar produtos financeiros e correr riscos tem o seu valor; (3) quanto maior a atual poupança, também menor é o sacrifício mensal: vender um bem supérfluo (por exemplo um segundo carro) também tem o seu valor.

Lógico que tudo fica muito bonito quando colocamos no papel, nosso fiel amigo que sempre aceita tudo. Mas, e na prática, quais as dicas para conseguirmos transformar o planejamento em realidade?  Aqui vão elas...

(1) Paciência: Supondo que a estratégia escolhida tenha sido poupar R$1.593 mensais a 0,50% ao mês, por 30 anos, após o primeiro ano nesta tarefa, terão acumulado R$19.648, R$19.114 referentes às parcelas que depositaram e apenas R$534 de juros (2,72% do total guardado). Parece pouco, mas, se forem pacientes, esta situação irá se alterar: em 10 anos terão acumulado R$261.028, dos quais R$69.891 (ou 26,78% do total)  gerados pelos juros. Finalmente, se perseguirem este objetivo, em aproximadamente 21 anos (na realidade 253 meses), a situação irá se reverter, e os juros recebidos superarão os valores depositados mensalmente. Ou seja, o dinheiro passará a trabalhar para a dupla, que tal?

(2) Força de Vontade: várias tentações surgirão ao longo do caminho: carro e roupas novas, viagens, e muitos outros sonhos, nem sempre prioritários. E, à medida que o saldo de suas aplicações crescer, maiores serão estes apelos... Tendo força de vontade, conseguirão se manter fiéis ao seu plano, deixando para estes excessos apenas o que sobrar além de suas economias mensais.

(3) Imaginação: enquanto não atingirem sua meta, por que não utilizá-la quando o assunto for dinheiro? Para o lazer por exemplo, ir à praia, ou ler um livro, sairá bem mais em conta do que almoçar fora, não é mesmo?

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Discutindo a Relação

10.02.2025 às 09:00

Convivo diariamente com histórias de casais que, apesar de aparentarem harmonia e amadurecimento nos principais aspectos da vida a dois, vivem uma permanente batalha quando o assunto é dinheiro. Parece-me também que o problema afeta os mais variados grupos de casais: com ou sem filhos, ambos ou apenas um empregado, alta ou baixa renda, etc. O fato de a questão não ser privilégio de nenhuma classe específica, me fez pensar sobre o assunto, tema deste e de artigo futuro.

Algumas reflexões iniciais: (1) Se você e seu parceiro(a) já compartilham o mesmo teto, cama e mesa, se discutem sobre o que fazer nas férias e fins de semana, se conversam sobre a educação e escola dos filhos, por que então não compartilhar também as finanças? É hora portanto, de acabar com aquela história de um ficar escondendo do outro quanto ganha ou quanto gasta!

(2) Porque, mesmo com a mulher ocupando um espaço cada vez maior no mercado de trabalho, a maioria dos casais ainda insiste em manter o padrão histórico do marido-provedor e da mulher-dona-de-casa? Acho que já é hora de mudarmos isso também, não é mesmo? Até porque já tem muita mulher ganhando mais do que o marido!

(3) Porque as decisões financeiras sobre quanto, onde e quando investir ficam, na maioria das vezes, na mão dos maridos? Quem foi que disse que as mulheres não têm capacidade financeira? Tenho um monte de alunas cursando Finanças e, afirmo: não ficam a dever a nenhum dos alunos da sala!

Na minha percepção, “estar casado” corresponde a buscar harmonia, compartilhamento e união, objetivos que podem ser estendidos às finanças do casal (noves fora o excelente conteúdo para quem gosta de “discutir a relação”).

Compartilhar neste caso significará administrarem a renda do casal de forma conjunta, não apenas nas questões mais simples e de curto prazo como as compras do mês ou o uso dos cartões de crédito, mas também nas questões mais complexas e de longo prazo, como as metas para a aposentadoria ou quais investimentos fazer. Harmonizar neste caso significará serem capazes de ouvir e dialogar sobre os temas financeiros mais polêmicos como por exemplo investir em ações. Unir neste caso significará reconhecer (e valorizar!) quais qualidades e capacidades cada um tem de melhor... por exemplo, esposas usualmente administram melhor as despesas da casa, enquanto maridos usualmente lidam melhor com o risco em aplicações financeiras.

Bem, falar (ou melhor, escrever!) é fácil, mas infelizmente não é o que vejo acontecer: há casais em que cada um faz a sua própria administração (perdendo-se assim eficiência, organização e tempo, já que muitas tarefas são feitas em duplicidade), casais em que um entrega ao outro o dinheiro para administrar (o que, nos casos de dificuldades financeiras, poderá ser o motivo de uma separação, com o tomador de decisão sendo declarado culpado), casais em que um (geralmente o que ganha mais) exerce o total controle sobre as finanças, deixando o outro totalmente de lado no processo. Percebo que nestes casais falta o diálogo financeiro... Que pena!

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Missão Impossível

03.02.2025 às 16:40


A notícia das últimas semanas que me chamou a atenção foi o aumento das taxas de juros para os financiamentos imobiliários; associada à diminuição de recursos para este tipo de operação, não tenho dúvidas, meu caro leitor, minha cara leitora, que a compra de um imóvel em prestações tornou-se missão impossível... e não adianta chamar o famoso ator da série para tentar resolver o problema, que dureza!

Pesquisando nos sites dos bancos que oferecem este tipo de financiamento, descobri que cobram em média 1,00% ao mês além da variação da TR. Pode-se financiar pelo sistema PRICE (prestações constantes) ou pelo sistema SAC (prestações fixas) e em prazos que variam, podendo chegar até os 420 meses, o que equivale a 35 anos.

Simulemos então um financiamento de R$1.000.000 a ser pago em 240 meses (20 anos). Pelo sistema PRICE, o valor das prestações será de R$11.010,86, que permanecerá neste patamar durante todo o prazo do financiamento (anualmente sofrem uma pequena correção pela TR, que historicamente tem ficado abaixo de 2% ao ano). Pelo Sistema SAC, as prestações serão decrescentes, a primeira valendo R$14.166,67, a segunda R$14.125,00 e assim sucessivamente (caindo R$ 41,67 a cada mês) até a última parcela, que valerá R$ 4.208,33. Também no sistema SAC, os valores são corrigidos anualmente pela TR. É comum ainda a cobrança de seguro e, em alguns bancos, taxa de administração (não incluídos nos valores citados).

Bem, se você ainda não se assustou com os valores, veja isso: (1) os bancos costumam exigir que o mutuário não comprometa mais do que 30% de sua renda com a prestação, o que no PRICE equivalerá a R$ 36.702 e no SAC R$ 47.222; (2) liquidado o financiamento, o mutuário terá pago R$ 2.642.606 no PRICE (ou seja, R$ 1.642.606 de juros), contra R$ 2.205.000 no SAC (ou seja, R$1.205.000 de juros); (3) o saldo devedor cai mais rápido no SAC, mas não consigo enxergar o mutuário animado... após 60 meses (5 anos) pagando religiosamente suas prestações, os que optaram pelo PRICE terão pago R$ 660.651, mas o saldo devedor caso quisessem liquidar o financiamento seria de R$ 917.443; pelo SAC teriam pago R$ 776.250 e ainda precisariam de R$ 750.000 para liquidar o saldo devedor... não sei por qual razão, mas me veio à mente a musiquinha do filme!

Claro que é possível contornar esta situação, quer aumentando-se o valor da entrada e consequentemente diminuindo-se o valor a financiar (o que poderá tornar o sonho da casa própria mais distante para os que não tenham os recursos necessários para este acréscimo), quer aumentando-se o prazo do financiamento. Supondo o SAC em 420 meses, a primeira parcela será de R$ 12.381, com a consequente redução da renda mínima necessária, que passa a ser de R$ 41.269. Mas não se engane com tal estratégia, pois ela é apenas paliativa e esconde o total a ser pago de juros: em 420 meses, o mutuário terá pago R$ 3.105.000 em prestações o que corresponderá a R$ 2.105.000 de juros, que tal? Em resumo, não vejo saída para quem precise de financiamento para a compra de um imóvel. Triste notícia...

Um grande abraço e até a próxima semana!

Postado por Inteligência Financeira

Você e as Taxas (2)

27.01.2025 às 14:40

Leitores e leitoras que me acompanham, viram no artigo anterior as minhas dicas de como lidar com o IPTU, que em Maceió, pelas condições de pagamento, embutem uma taxa de 3,81% ao mês para o parcelamento do imposto oferecido pela prefeitura. A conclusão neste caso foi que, diante de uma taxa alta como esta, a maior vantagem seria aproveitar o desconto oferecido pela prefeitura e liquidar o IPTU à vista, pelo menos para aqueles que tivessem os recursos necessários para isto...

No artigo de hoje, faço o mesmo exercício para o IPVA. Sendo um imposto estadual, datas de vencimento, opções de parcelamento e descontos dados pelo pagamento à vista variam de estado para estado; em alguns casos os vencimentos estão bem próximos, em outros não. De qualquer forma, minha primeira recomendação para você, meu caro leitor, minha cara leitora, é que consulte o site de seu estado, onde as instruções e opções para pagamento estão todas disponíveis. E não deixe de pagar o imposto, evitando assim encrencas quase certas!

No caso específico de Alagoas, você poderá quitá-lo em seis parcelas mensais, mas, optando pela cota única (à vista, portanto!), receberá um desconto de 5% sobre a soma das seis parcelas, conforme pesquisa feita no site da Secretaria de Estado de Fazenda de Alagoas (veja o link ao final do artigo. Fica então a pergunta: vale a pena aceitar o desconto oferecido pelo Estado? Analisemos...

O prazo para pagamento da cota única com desconto é 31/01/2025, mas chamou-me a atenção para as condições de parcelamento, que variam de acordo com o final da placa. Por exemplo, para os finais 1 e 2, a primeira parcela vence em 28/02/2025 (as restantes ao final de cada mês subsequente), para os finais 3 e 4, a primeira vence em 31/03/2025 (as restantes ao final de cada mês subsequente) e assim sucessivamente, até os finais 9 e 0, quando a primeira vence em 30/06/2025.

Considerando que o prazo para pagamento em cota única é idêntico para todos os finais, a consequência deste escalonamento é que as taxas cobradas pelo Estado para financiar o imposto variam em função do final da placa... Pode isso, Arnaldo? Colocando em números: os proprietários de veículos com placas 1 e 2, pagarão 1,49% ao mês pelo financiamento, os com final 3 e 4, 1,15% ao mês, os com final 5 e 6, 0,94% ao mês, os com final 7 e 8, 0,79% ao mês e os com final 9 e 0, 0,69% ao mês...

Tomando como base a taxa média mensal praticada pelos bancos nas aplicações de renda fixa (hoje em torno de 1,0% ao mês), e usando a metodologia vista no artigo anterior, tecnicamente, aqueles que possuam os recursos para o pagamento do imposto à vista, deveriam optar pelo parcelamento apenas nos casos em que a taxa embutida no parcelamento pelo Estado fosse menor que a taxa de suas aplicações, o que em Alagoas corresponde aos proprietários de veículos de final 5 em diante (por exemplo, para os proprietários de veículos de final 0, tomariam emprestado do Estado a 0,69% ao mês para aplicar a 1,00% ao mês). Para os demais casos, o mais adequado seria a quitação do imposto à vista.

Mas em termos práticos, será que as vantagens em aplicar o valor das parcelas do imposto para os proprietários com finais 5 em diante são tão relevantes assim? Vejamos: para um IPVA cuja soma das parcelas seja de R$ 6.000 (o que corresponde a um veículo com valor de R$ 150.000), para os que tenham veículos de final 5 e 6, pagar o imposto à vista e aplicar as parcelas a cada mês, trará um ganho financeiro de R$ 20,27 (em relação aos que prefiram aplicar o valor do imposto incluído o desconto e optem pelo parcelamento), ganhos que aumentam para R$ 81,99 (final 7 e 8) e R$ 144,33 (final 9 e 0).

Conclusão: Dado que o financiamento do IPVA em Alagoas não custa tão caro assim, talvez seja conveniente declinar do desconto oferecido, aproveitar o parcelamento e guardar os recursos que seriam direcionados ao pagamento à vista para liquidar outros compromissos à vista ou mesmo reduzir dívidas que cresçam a cada mês. Não se esquecer que ainda vão aparecer: matrícula e materiais escolares, férias e o IPTU da semana passada... todo planejamento é pouco!  

Um grande abraço e até a próxima semana!

https://www.sefaz.al.gov.br/noticias/item/3720-ipva-2025-sefaz-divulga-calendario-de-pagamento-do-imposto-em-alagoas

Postado por Inteligência Financeira

Você e as taxas

20.01.2025 às 11:20


Muito se fala, se escreve, se discute, e até se briga, quando o assunto é taxa de juros; mas será que você, meu querido leitor, minha querida leitora, é capaz de utilizar esta informação para tomar melhores decisões financeiras? Se o assunto lhe interessa, acompanhe meu raciocínio, onde o exemplo prático que irei conduzir se refere ao IPTU, imposto municipal, cujos carnês na grande maioria das prefeituras pelo Brasil afora chega neste mês.

No caso das despesas em geral, sejam elas o pagamento de impostos ou a compra de produtos ou serviços, o primeiro passo é identificar se existe ou não a cobrança de juros. Em alguns casos esta cobrança vem explícita, isto é, o vendedor informa que para o pagamento a prazo, haverá acréscimo de juros. Entretanto nem sempre isso ocorre, sendo o mais comum os juros virem disfarçados, em ofertas do tipo “6 vezes sem juros”, mas que o olho mais treinado percebe o disfarce ao descobrir que, à vista, haverá desconto. A primeira regra básica, portanto, é: haverá cobrança de juros quando os preços à vista e a prazo forem diferentes.

O próximo passo será descobrir a taxa cobrada; recomendo que seja calculada em bases mensais, conforme indicado ao final do artigo por meio do site do Banco Central do Brasil. A segunda regra básica é comparar a taxa calculada com outros taxas praticadas no mercado.

Vejamos então um exemplo prático, adaptado ao caso específico de Maceió: pesquisando no site da prefeitura, descobri que você poderá quitar o IPTU em 10 parcelas mensais, mas, optando pela cota única (à vista, portanto!), receberá um desconto de 15% sobre a soma das 10 parcelas. Supondo que cada parcela seja de R$ 100, o valor parcelado será de R$ 1.000, e o valor à vista de R$ 850. Pela primeira regra constatamos que a prefeitura está cobrando R$ 150 de juros pelo parcelamento.

Fazendo os cálculos (confira no final do artigo!), concluo que a taxa cobrada é de 3,81% ao mês. Pela segunda regra, será este o valor para comparar com as oportunidades oferecidas no mercado. Há duas situações distintas, para as quais criarei mais duas regrinhas:

(1) Você tem o dinheiro para a cota única: terceira regra básica: opte pelo parcelamento caso consiga aplicar o valor à vista a taxas superiores à taxa cobrada. Em nosso exemplo, isto seria válido se você encontrasse aplicações financeiras que remunerassem acima dos 3,81% ao mês, o que na atual conjuntura do mercado acho impossível encontrar... a renda fixa tem remunerado a taxas de aproximadamente 1% ao mês, logo não faz sentido você aceitar o empréstimo da prefeitura a 3,81% mensais para deixar aplicado a 1%, não é mesmo? Conclusão: aproveite o desconto e liquide o imposto por cota única.

(2) Você não tem o dinheiro para a cota única: quarta regra básica: opte pelo parcelamento caso não consiga encontrar financiamentos a taxas inferiores à taxa cobrada pela prefeitura. Pesquisando no site do Banco Central do Brasil (Estatísticas, Taxas de Juros), constatei que nos empréstimos consignados, as taxas para empréstimo são bem mais atrativas do que as cobradas pela prefeitura. Por exemplo, para o funcionalismo público, o Banco do Brasil cobra 1,87% ao mês, bem mais em conta que os 3,81% da prefeitura. Conclusão: tome R$ 850 emprestados do banco e pague o IPTU à vista. A esta taxa, as parcelas do consignado nas mesmas condições e prazos estipulados pela prefeitura seriam de R$ 92,26.

À primeira vista, pode parecer que as decisões para o caso de Maceió sejam idênticas nos casos das demais prefeituras... Cuidado, pois quase nunca as simplificações são companheiras das boas decisões! Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura dá um desconto de 3% pelo pagamento do imposto à vista ou parcela em até 10 vezes. Fazendo as contas, chegamos à taxa de 0,68% mensais, o que nos permite concluir, que pelo menos lá, a melhor decisão é utilizar o parcelamento da prefeitura, tendo ou não os recursos para a quitação do imposto em cota única.

Um grande abraço e até a próxima semana!

Observação: As simulações feitas neste artigo podem ser refeitas por meio da Calculadora do Cidadão, útil aplicativo disponível no site do Banco Central (https://www.bcb.gov.br/meubc/calculadoradocidadao). Para calcular a taxa de juros de sua prefeitura use a opção “Financiamento com prestações fixas”: como geralmente a primeira cota e a cota única vencem na mesma data, o “Número de meses” deverá ser a quantidade de parcelas diminuída de um (em Maceió ou São Paulo usei 9), o “Valor da prestação” será o valor da parcela do IPTU (usei R$ 100) e o “Valor financiado”, o valor à vista do imposto subtraído da primeira parcela (em Maceió usei R$ 750, em São Paulo R$ 870). Deixando o campo “Taxa de juros mensal” em branco, pressione “Calcular” para obter a taxa. 

Postado por Inteligência Financeira


Inteligência Financeira por Roberto Zentgraf

Graduado em Engenharia Civil (UFRJ), teve experiência profissional construída marcadamente na área financeira, iniciada na Controladoria do Grupo Exxon Foi professor no Grupo Ibmec lecionando disciplinas da área financeira (Matemática Financeira, Estatística, Finanças Corporativas, Gestão de Portfolios, dentre outras)

Paralelamente a estas atribuições, passou a assinar uma coluna semanal sobre Finanças Pessoais no jornal O Globo, tendo a oportunidade de esclarecer as principais dúvidas dos leitores sobre orçamento pessoal, dívidas, aposentadoria, financiamento imobiliário e investimentos. O sucesso atingido pela coluna proporcionou inúmeras participações em palestras, comentários na mídia escrita e televisiva, além da publicação de outros sete livros tratando o tema.

Após obter a certificação de planejador financeiro (CFP® Certified Financial Planner) associou-se à BR Advisors, grupo especializado em soluções financeiras.


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